Comentário Bíblico
Adventista
Reunis - (cba)
1 Coríntios 11:20
Isto é, para celebrar a ceia do Senhor.
Não é [...] que comeis - (cba)
1 Coríntios 11:20
Quaisquer que fossem as intenções dos crentes, não era possível naquelas circunstâncias observar o serviço sagrado da comunhão. Eles se reuniam para uma ceia, mas não para a Ceia do Senhor. Isso não se devia à falta de recursos, mas à falta do ambiente espiritual necessário e do discernimento para que apreciassem a importância da celebração. Os coríntios não deviam continuar achando que as práticas permitidas entre eles, nessas ocasiões, eram coerentes com a celebração da Ceia do Senhor. Cobiça, egoísmo e intemperança se opõem por completo ao espírito de Cristo, que deixou as alegrias do Céu para dar tudo que tinha pela salvação dos pecadores (ver 1 Coríntios 11:21,22; João 3:16; Filipenses 2:6-8).
- 21 porque quando comeis, cada um toma antes de outrem a sua própria ceia; e assim um fica com fome e outro se embriaga. 22 Não tendes porventura casas onde comer e beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo. 1 Coríntios 11:21,22 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16 6 o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, 7 mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Filipenses 2:6-8
Ceia do Senhor - (cba)
1 Coríntios 11:20
Do gr. kuriakon deipnon, literalmente, “uma ceia que pertence ao Senhor”, que pode significar uma ceia consagrada ao Senhor ou instituída por Ele, ou ambas. Os cristãos apostólicos tinham o costume de celebrar antes da Ceia do Senhor o que chamavam de refeição da amizade, ou agapê. Assim, todo o evento constituía a comemoração da última ceia da Páscoa, em que Cristo instituiu o rito da Ceia do Senhor (ver Mateus 26:17-21; Mateus 26:26-28; 1 Coríntios 11:23-26). Na refeição da amizade, cada membro trazia um prato especial a ser compartilhado com todos os demais. Assim, a igreja demonstrava companheirismo, amor e fraternidade sem distinção de casta ou classe. Essa refeição, seguida pela Ceia do Senhor, mostrava que não havia parcialidade entre eles e que todos compartilhavam das provisões que Deus faz para Seu povo, tanto materiais quanto espirituais. Esse costume continuou até o final do 4° século, quando, por causa do crescimento da igreja e do tamanho das congregações, foi necessário separar as refeições da amizade da Ceia do Senhor.
- 17 Ora, no primeiro dia dos pães ázimos, vieram os discípulos a Jesus, e perguntaram: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa? 18 Respondeu ele: Ide à cidade a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a páscoa com os meus discípulos. 19 E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa. 20 Ao anoitecer reclinou-se à mesa com os doze discípulos; 21 e, enquanto comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me trairá. Mateus 26:17-21 26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27 E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; 28 pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados. Mateus 26:26-28 23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; 24 e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim. 25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. 1 Coríntios 11:23-26
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
A ceia do Senhor pervertida
1 Coríntios 11:18,19,20,21,22,23,24,35,26,27,28,29,30,31,32,33,34
Ver Mateus 26:26-29. Os coríntios estavam se afastando amplamente da simplicidade da fé e da harmonia da igreja. Eles continuaram a se reunir para a adoração, mas com corações distantes um do outro. Eles haviam pervertido o verdadeiro significado da Ceia do Senhor, seguindo em grande medida as festas idólatras. Eles se reuniram para celebrar os sofrimentos e a morte de Cristo, mas transformaram a ocasião em um período de festa e alegria egoísta.
Era costume, antes de participar da comunhão, reunir-se para uma refeição social. Famílias que professavam a fé traziam sua própria comida ao local de reunião e a comiam sem esperar cortesmente que as outras estivessem prontas. A sagrada instituição da Ceia do Senhor era, para os ricos, transformada em uma festa glutona; enquanto os pobres ficavam envergonhados quando seus parcos alimentos eram trazidos em contraste com os caros alimentos de seus irmãos ricos.
Paulo repreende os coríntios por fazerem da casa de Deus um lugar de festa e folia, como um grupo de idólatras: “O quê? Não tendes casa para comer e beber? ou desprezai a igreja de Deus e envergonha os que não o fazem? ” As festas religiosas públicas dos gregos eram conduzidas dessa maneira, e era por seguir os conselhos de falsos mestres que os cristãos foram levados a imitar seu exemplo. Esses professores começaram assegurando-lhes que não era errado assistir a festas idólatras e, finalmente, introduziram práticas semelhantes na igreja cristã.
Paulo passou a dar a ordem e o objetivo da Ceia do Senhor, e então advertiu seus irmãos contra a perversão desta ordenança sagrada ( Sketches from the Life of Paul, 170, 171 ).
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
1 Coríntios 11:17-22
O apóstolo repreende as desordens na celebração da ceia do Senhor. As ordenanças de Cristo, se não nos tornarem melhores por causa de nossa desobediência, terão a tendência de piorar a nossa situação, se o uso delas não corrigir, endurecerá. Ao se reunirem, eles caíram em divisões e partidarismos. Os cristãos podem se separar da comunhão uns dos outros, mas ainda serem caridosos uns com os outros; ou podem continuar na mesma comunhão, mas sem serem caridosos. Este último caso é uma divisão maior do que o primeiro.
Participar da ceia do Senhor de forma descuidada e irregular acrescenta a culpa. Parece que muitos coríntios ricos agiram de maneira má na participação da mesa do Senhor, ou nas festas fraternais que aconteciam ao mesmo tempo que a ceia do Senhor. O rico desprezava o pobre, comia e bebia das provisões que trazia e não permitia que o pobre participasse; assim, alguns ficavam sem nada, enquanto outros tinham mais que o suficiente. O que deveria ser um vínculo de amor e afeto mútuo, foi transformado em instrumento de discórdia e desunião. Devemos ser cuidadosos para que nada de nossa conduta à mesa do Senhor pareça desconsiderar esta sagrada instituição. A ceia do Senhor não é, agora, uma ocasião de glutonaria ou de festa, mas às vezes, pode converter-se em um apoio para a soberba da justiça própria ou em um manto para a hipocrisia! Não descansemos nas formas exteriores de adoração, mas examinemos os nossos corações.
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