Comentário Bíblico
Adventista
Com água - (cba)
Mateus 3:11
[João dá testemunho de Cristo, Mateus 3:11,12 = Marcos 1:7,8 =Lucas 3:15-17 = João 1:19-28]. João deixou claro que seu batismo era apenas preparatório para a obra de Cristo.
- 11 Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo. 12 A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo ao celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível. Mateus 3:11,12 7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, inclinando-me, desatar a correia das alparcas. 8 Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo. Marcos 1:7,8 15 Ora, estando o povo em expectativa e arrazoando todos em seus corações a respeito de João, se porventura seria ele o Cristo, 16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. 17 A sua pá ele tem na mão para limpar bem a sua eira, e recolher o trigo ao seu celeiro; mas queimará a palha em fogo inextinguível. Lucas 3:15-17 19 E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? 20 Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. 21 Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. 22 Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? 23 Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. 24 E os que tinham sido enviados eram dos fariseus. 25 Então lhe perguntaram: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis. 27 aquele que vem depois de mim, de quem eu não sou digno de desatar a correia da alparca. 28 Estas coisas aconteceram em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando. João 1:19-28
Aquele que vem - (cba)
Mateus 3:11
João já tinha falado de sua missão como a de um arauto que anuncia a vinda do Senhor (Mateus 3:3). “Aquele que vem”, ou “O que vem”, era uma expressão judaica comum para o Messias.
Depois de mim - (cba)
Mateus 3:11
Com referência a tempo, João era o “mensageiro” enviado “diante” da “face” do Senhor (Marcos 1:2).
Mais poderoso do que eu - (cba)
Mateus 3:11
João mais tarde testemunhou a respeito de Cristo: “convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). A pregação de João era tão cheia de poder que muitos criam que ele era o Messias. Até mesmo os líderes da nação foram forçados a considerar seriamente essa possibilidade (João 1:19,20). O próprio Cristo disse que “ninguém apareceu maior do que João Batista” (Mateus 11:11). Apesar dessa aclamação pública, João sempre manteve o verdadeiro conceito de sua relação com Aquele que era “mais poderoso” do que ele. Bendito é aquele que tem êxito e popularidade e, contudo, permanece humilde aos próprios olhos.
- 30 É necessário que ele cresça e que eu diminua. João 3:30 19 E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? 20 Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. João 1:19,20 11 Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. Mateus 11:11
Sandálias - (cba)
Mateus 3:11
Do gr. hupodêmata, literalmente, “o que se ata embaixo”. Estas “sandálias” eram solas atadas sob os pés com tiras. Apenas os romanos usavam sapatos.
Não sou digno de levar - (cba)
Mateus 3:11
De acordo com Lucas, “não sou digno de desatar-lhe” (Lucas 3:16). A frase de Mateus significa tirar as sandálias. Para um judeu, o sapato era a parte mais humilde da vestimenta. A expressão “sobre Edom atirarei a minha sandália” (Salmos 60:8; Salmos 108:9) significava completo desdém. Na presença de Deus, ordenou-se a Moisés que retirasse as sandálias (Êxodo 3:5). Comprar ou vender o necessitado por um par de sapatos (Amós 2:6; Amós 8:6) era colocar-lhe o preço mais baixo possível. Desatar as sandálias ou levá-las era a tarefa servil de um escravo. Ao afirmar que era indigno de fazer até isso para Cristo, João se colocava abaixo do nível de um escravo. Era como se João dissesse: “cujo escravo sou indigno de ser”. Esperava-se que os seguidores de um grande mestre realizassem muitos serviços pessoais para ele, mas segundo um ditado rabínico: “tudo que um escravo faz para seu amo, um aluno deve fazer por seu mestre, exceto tirar-lhe os sapatos" (Talmude, Kethuboth 96a, ed. Soncino, Talmude, p. 610).
- 16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. Lucas 3:16 8 Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia darei o brado de vitória. Salmos 60:8 9 Moabe a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia bradarei em triunfo. Salmos 108:9 5 Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Êxodo 3:5 6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque vendem o justo por dinheiro, e o necessitado por um par de sapatos. Amós 2:6 6 para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo? Amós 8:6
Espírito Santo - (cba)
Mateus 3:11
Os judeus estavam familiarizados com esse termo. Davi orou: “nem me retires o Teu Santo Espírito” (Salmos 51:11). Isaías disse que Israel contristou o “Espírito Santo” de Deus (Isaías 63:10,11), e que “o Espírito do Senhor Deus” estaria sobre o Messias (Isaías 61:1). João parece não ter enfatizado o batismo com o Espírito Santo (Atos 19:2-6; sobre o significado dessa expressão ver com. de Mateus 1:18).
- 11 Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito. Salmos 51:11 10 Eles, porém, se rebelaram, e contristaram o seu santo Espírito; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles. 11 Todavia se lembrou dos dias da antigüidade, de Moisés, e do seu povo, dizendo: Onde está aquele que os fez subir do mar com os pastores do seu rebanho? Onde está o que pôs no meio deles o seu santo Espírito? Isaías 63:10,11 1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; Isaías 61:1 2 perguntou-lhes: Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes? Responderam-lhe eles: Não, nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo. 3 Tornou-lhes ele: Em que fostes batizados então? E eles disseram: No batismo de João. 4 Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em Jesus. 5 Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. 6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam. Atos 19:2-6 18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo. Mateus 1:18
Fogo - (cba)
Mateus 3:11
Água e fogo são dois grandes agentes naturais purificadores, então é apropriado que ambos sejam usados para representar a regeneração do coração. De modo similar, são os dois agentes pelos quais Deus purificou, ou irá purificar, esta terra do pecado e dos pecadores (2 Pedro 3:5-7). Se os seres humanos com persistência se apegam ao pecado, serão por fim consumidos com ele. Quão melhor é permitir que o Espírito Santo realize a obra purificadora agora, enquanto ainda há graça! O ser humano será limpo do pecado ou destruído com ele. Paulo disse: “a obra de cada um o próprio fogo o provará” (1 Coríntios 3:13).
- 5 Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; 6 pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água; 7 mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios. 2 Pedro 3:5-7 13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será reveldada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 1 Coríntios 3:13
Não se sabe ao certo em que sentido Cristo batizaria com fogo. Essa afirmação talvez se refira ao Pentecostes, quando os discípulos foram batizados com o Espírito Santo com a forma simbólica do fogo (Atos 2:3,4). Também pode se referir ao fogo dos últimos dias, como se pode entender pelo paralelismo de Mateus 3:12 (ver com. de Mateus 3:12). Pode se referir à graça de Deus que purifica a alma, ou às provas de fogo que, segundo Pedro, os cristãos experimentariam (1 Pedro 4:12; Lucas 12:49,50). Talvez as palavras de João Batista incluam mais do que um aspecto do simbolismo bíblico com relação ao fogo.
- 3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. 4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Atos 2:3,4 12 A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo ao celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível. Mateus 3:12 12 Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 1 Pedro 4:12 49 Vim lançar fogo à terra; e que mais quero, se já está aceso? 50 Há um batismo em que hei de ser batizado; e como me angustio até que venha a cumprir-se! Lucas 12:49,50
Nota Adicional 1 a Mateus 3 - (cba)
Mateus 3:1-17
De acordo com Mateus 3:4 e Marcos 1:6 a alimentação de João Batista consistia de “gafanhotos [do gr. akrides, plural de akris] e mel silvestre”. Não se sabe se com isso os escritores dos evangelhos quiseram dizer que João não comia nada mais, ou apenas que esses eram os principais alimentos de sua dieta. Também é possível que “gafanhotos e mel silvestre” fossem considerados a dieta difereneiada de um profeta, assim como as “vestes de pelo de camelo e um cinto de couro” indicavam que João Batista era sucessor dos profetas antigos (ver DTN, 102). João pode ter se alimentado de “gafanhotos e mel silvestre” apenas quando não havia outros alimentos disponíveis. Também pode ser que “gafanhotos e mel silvestre” representassem simplesmente os vários alimentos disponíveis no deserto e que a expressão fosse uma forma gráfica oriental para dar ênfase à sua vida solitária, sóbria, distante do convívio humano.
- 4 Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Mateus 3:4 6 Ora, João usava uma veste de pêlos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. Marcos 1:6
Devido à palavra “gafanhoto” indicar um inseto, naturalmente se levanta a questão quanto a que alimento, além do mel, constituía a dieta de João.
Em outras partes nas Escrituras e também na literatura grega contemporânea, a palavra akris sempre se refere a um inseto, o gafanhoto. Esse fato inegável levou a maioria dos comentaristas atuais a concluir que o relato sobre João Batista trata desse inseto. Também é fato que o gafanhoto fazia parte da dieta dos povos do antigo Oriente Médio. A lei de Moisés classifica certos tipos de gafanhotos como limpos (Levítico 11:22), portanto, seriam permitidos na dieta de um judeu. Esses fatos levaram alguns comentaristas à conclusão de que akris em Mateus e Marcos deve ser compreendido como o inseto “gafanhoto”, em vez de uma espécie de árvore.
No entanto, há muito tempo existe uma tradição difundida e persistente de que em Mateus e Lucas a palavra akris denota algo diferente de inseto. Sugeriram-se pequenos pássaros, caranguejos, lagostim, peras silvestres ou outras frutas, bolos, vagem de alfarrobas, etc. Em Diatessaron, de Taciano, a palavra foi traduzida como “leite”, em vez de “gafanhotos". Grande parte dessa discussão obviamente é apenas suposição, mas parece haver evidência linguística e antropológica para a vagem de alfarroba.
A alfarrobeira (Ceratonia siliqua) é cultivada em grande quantidade na fronteira com o mar Mediterrâneo e é comum na Palestina. Seu fruto, que amadurece no final da primavera, é uma vagem com feijões e tem de 15 a 25 em de comprimento. As vagens e feijões podem ser comidos crus, cozidos ou moídos como farinha de trigo. Podem ser secados e preservados por tempo indefinido. Embora não seja saborosa, a alfarroba tem valor nutritivo substancial e é, há muito, um artigo básico da dieta das classes mais pobres do Oriente Médio. A Toseftah (Maaseroth, 2.19, Talmude, p. 84) alista vagens de alfarroba como um tipo de alimento, e a Mishnah (Maaseroth, 1.3, ed. Soncino, Talmude, p. 256) especifica que, como alimento, devem ser dizimadas. O filho pródigo dava alfarrobas aos porcos (ver com. de Lucas 15:16). Incidentalmente, na língua inglesa, a alfarroba é comumente conhecida como gafanhoto, e as vagens são chamadas popularmente de “pão de São João”. Diz-se que agricultores dão alfarrobas chamadas de “gafanhotos” como alimento para o gado.
A seguir estão algumas evidências que favorecem a crença de que a alfarroba é o “gafanhoto” do qual se alimentava João Batista:
1. Evidências disponíveis indicam que o inseto gafanhoto é uma fonte pobre de alimento e que seria incapaz de sustentar a vida humana. De acordo com a Encyclopaedia of Religion and Ethics (verbete “gafanhoto”) de James Hastings, “o valor nutritivo do inseto gafanhoto é extremamente baixo e insuficiente, [mesmo] com mel, para sustentar a vida”. O fato de o “gafanhoto” que João comia aparentemente ter sido o elemento principal de sua dieta depõe contra o inseto e favorece o fruto da alfarrobeira. A inadequação do gafanhoto como alimento deve ser considerada um argumento válido de que a palavra akris indica outro tipo de alimento e não o inseto.
E um fato interessante que os feijões da alfarroba foram alimento de muitos pobres em várias partes do Oriente Médio, e ainda o são. Antigamente, os judeus tinham um ditado que dizia: “quando um judeu tem que se servir de uma alfarroba, ele se arrepende” (Midrash Rahhah, sobre Levítico 11:1, ed. Soncino, Talmude, p. 168). Não é irrelevante observar que João foi o grande pregador do arrependimento e que uma dieta de feijões de alfarroba e mel silvestre certamente seria apropriada para um pregador da justiça. Como já observado, a rigorosa dieta de João pode, assim como sua vestimenta rude, ter tido o propósito de caracterizá-lo na mente do povo como alguém semelhante aos profetas antigos.
2. Dentre os primeiros a questionarem a ideia de que a dieta de João incluía o inseto gafanhoto estavam os ebionitas, um grupo de judeus-cristãos da Síria cuja origem pode ser traçada a elementos judaizantes da época do NT. Como os essênios, eram de certa forma ascéticos em suas tendências e defendiam a dieta vegetariana. Aparentemente, os ebionitas omitiram a menção de “gafanhotos” em Mateus 3:4, embora Epifânio, escritor cristão do 4° século, afirme que eles substituíram egkrides, “bolos”, por akrides, “gafanhotos” (ver M. R. James, The Apocryphal New Testament, p. 9; H. A. W. Meyer, Commentary on the New Testament, sobre Mateus 3:4). Não parece que os ebionitas receberam manuscritos do evangelho que dissessem egkrides, mas que devem ter feito essa substituição ou alteração em harmonia com seus princípios de alimentação. Todos os manuscritos bíblicos antigos trazem akrides.
3. Os pais da igreja grega, que supostamente tinham melhor entendimento do uso do grego bíblico do que escritores posteriores, estavam muito longe de concordar que akris em Mateus e Marcos significava o inseto conhecido como gafanhoto. Na verdade, a maioria deles parece ter pensado diferentemente. Por exemplo, muitos consideravam o akrides (ou akridas) dos evangelhos como equivalente a akrodrua, “frutas”, ou ponta de galhos de árvores ou ervas.
Num sermão sobre a profecia de Zacarias, erroneamente atribuído a Crisóstomo (c. 400 d.C.), faz-se uma comparação entre Elias e João Batista na qual se diz: “um viveu nas montanhas, o outro passou o tempo no deserto; um foi alimentado por corvos, o outro comia gafanhotos de plantas [akridas botanõn]”. A frase akridas botanõn é traduzida para o latim como herbarum summitates, que quer dizer “extremidades” ou “brotos de plantas” (ver Migne, Patrologia Graeca, vol. 50, colunas 786, 787). Em outro sermão também atribuído a Crisóstomo, sobre João Batista, a expressão akridas ek botanõn ocorre numa descrição de sua dieta e é traduzida para o latim como summitates plantarum, “brotos de plantas" (ibid., vol. 59, col. 762). Uma nota da tradução para o latim explica que a Vulgata Latina traz locustas para akrides, e acrescenta que com locustas a Vulgata quer dizer não só gafanhotos, mas também summitates plantarum, “pontas de plantas”. Uma nota do texto grego declara que Isidoro de Pelusiota e muitos outros escritores dão a mesma explicação para akrides. Isidoro de Pelusiota (c. de 425 d.C.) declara especificamente (Epístola 132) que “os gafanhotos que João comia não são o que algumas pessoas ignorantes imaginam, criaturas parecidas com besouros. Longe disso, pois na realidade são pontas [gr. akremones; latim summitates] de plantas ou árvores” (ibid., vol. 78 col. 270). Na Epístola 5, Isidoro outra vez fala do alimento de João como “pontas de plantas e folhas” (ibid., cols. 183, 184). Em seu comentário sobre Mateus (Mateus 3:4), Teofilacto da Bulgária (c. 1075 d.C.) observa: “Alguns dizem que gafanhotos \akrides] são plantas, chamadas chifres pretos; outros [dizem que são] frutas silvestres de verão” (ibid., vol. 123, cols. 173, 174). Em Historia Ecclesiastica (i. 14) Callistus Nicephorus (c. 1400 d.C.) diz que João “se retirou a lugares remotos, alimentando-se de partes de árvores” (ibid., vol. 145, col. 675, 676). Os autores gregos e seus tradutores latinos aparentemente entendem que os “gafanhotos’’ de Mateus 3:4 fazem parte da dieta vegetariana.
Não se pode dizer que o pensamento dos pais da igreja foi influenciado, como parece ter sido o dos ebionitas, por alguma hesitação em aceitar a ideia de que João Batista comeu alimento cárneo. Até onde se sabe, os pais da igreja não eram vegetarianos. Talvez seja mais difícil fornecer uma explicação válida para o consenso dos pais da igreja de que os akrides dos evangelhos designa algo diferente de gafanhotos (insetos), a menos que houvesse alguma base linguística ou indicação nos hábitos das pessoas que viveram nos primeiros séculos do cristianismo.
4. Parece que o nome “pão de São João”, dado ao fruto da alfarrobeira, foi introduzido em várias línguas europeias por peregrinos medievais que voltavam da Terra Santa. Por exemplo, em alemão, esse é o nome específico para essa fruta. De acordo com o Oxford English Dictionary, “St.-John’s-bread”, a expressão “pão de São João”, foi explicada num dicionário do inglês para o espanhol do ano 1591, como sinônimo de “alfarroba”.
5. Thomas Kelly Cheyne, um eminente erudito da Bíblia, da virada do século 19 para o 20, defende que o alimento de João Batista consistia em alfarrobas e mel silvestre. Ele raciocinava que a palavra akrides, em todos os casos conhecidos de seu uso, significa especificamente “inseto”, que o inseto gafanhoto é comido desde antigamente, mas que “o senso comum, no entanto, nos diz que gafanhotos não teriam sido preferidos por João Batista como seu alimento habitual em lugar da nutrição que o solo poderia prover. Sua humildade não ignoraria o alimento comum da classe mais pobre, isto é, alfarrobas” (Encyclopaedia Bíblica, verbete “casca”).
6. A confusão quanto ao significado de akris nos evangelhos parece estar relacionada ao fato de que, em vários idiomas, a palavra “gafanhoto” designa tanto um tipo de inseto quanto uma espécie de árvore. A palavra inglesa locust vem do latim locusta, que originalmente denota uma lagosta ou crustáceo similar, e, mais tarde, devido à semelhança no formato, também representa o inseto gafanhoto. O verdadeiro gafanhoto é um inseto que pertence à família Acridiidae, termo derivado do latim que, por sua vez, deriva do gr. akrides.
Ao explicar a aplicação do termo “gafanhoto’’ para a alfarroba e algumas outras árvores, o Oxford English Dictionary comenta: “O substantivo gr. akris, que apropriadamente indica o inseto, é empregado no Oriente para designar a alfarroba, devido à semelhança no formato; e, desde antigamente, muitos creem que os gafanhotos’ de João Batista eram essas alfarro-bas” (verbete “gafanhoto ”). No árabe moderno, a palavra nahat, que designa o inseto gafanhoto, também se aplica ao fruto da alfarrobeira. A razão para se aplicar o termo “gafanhotos’’ a alfarrobas está no fato de que, no grego, são chamados de keratia, literalmente, “chifres pequenos”, nome que descreve seu formato, e que o tipo de gafanhoto chamado akris, da família Acridiidae, é “caracterizado por chifres pequenos” (Oxford English Dictionary, verbete “gafanhoto”). Essa semelhança no formato parece ser a base para o duplo significado da palavra “gafanhoto” na língua inglesa, bem como no grego e árabe coloquial. De acordo com a Encyclopaedia of Religion and Ethics, de James Hastings, verbete “gafanhoto”, “a semelhança [na língua inglesa] entre o inseto e a vagem é a razão para o nome”.
7. Não se pode dizer se o hebraico e o aramaico refletiram a semelhança. Contudo, pode-se notar que o heb. chagah, “gafanhoto”, é traduzido como akris pela LXX (ver Levítico 11:22; Números 13:33; 2 Crônicas 7:13; Eclesiastes 12:5; Isaías 40:22). No hebraico da Mishnah, charuh denota a alfarroba, e é equivalente ao árabe kharrüh, do qual vem a palavra alfarroba, e ao gr. keratia. Alguns sugeriram que, na Palestina e na Síria, onde o aramaico era usado pelos cristãos, a forma consonantal ch-r-b pode em algum momento ter sido confundida com ch-g-h, devido a uma semelhança de som e grafia. De acordo com essa explicação, charuh, “alfarroba”, se tornou chagai7, “gafanhoto”, e essa substituição se refletiu no texto grego de Mateus 3:4 e Marcos 1:6.
- 22 isto é, deles podereis comer os seguintes: o gafanhoto segundo a sua espécie, o solham segundo a sua espécie, o hargol segundo a sua espécie e o hagabe segundo a sua especie. Levítico 11:22 33 Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos. Números 13:33 13 Se eu cerrar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; 2 Crônicas 7:13 5 como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça; Eclesiastes 12:5 22 E ele o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e o desenrola como tenda para nela habitar. Isaías 40:22 4 Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Mateus 3:4 6 Ora, João usava uma veste de pêlos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. Marcos 1:6
Alguns sugerem que o heb. cheryonim do texto massorético deve ser charubim e creem que 2 Reis 6:25 se refere a alfarrobas (ver com. ali). Também sugerem que o heb. chereb, traduzido como “espada” em Isaías 1:20, deveria ser charuh, “alfarroba ”. No texto hebraico consonantal, as duas palavras são idênticas. A tradução então seria: “comerás a alfarroba ”, que se ajusta bem ao contexto. Alguns imaginam que Mateus, sendo hebreu e tendo em mente charuh, “alfarroba”, com seu nome coloquial chagah, “gafanhoto”, pode ter escolhido o gr. akris, “gafanhoto”, ao escrever. Também é possível que existisse no grego daquela época uma terminologia coloquial similar.
- 25 E houve grande fome em Samária, porque mantiveram o cerco até que se vendeu uma cabeça de jumento por oitenta siclos de prata, e a quarta parte dum cabo de esterco de pombas por cinco siclos de prata. 2 Reis 6:25 20 mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; pois a boca do Senhor o disse. Isaías 1:20
8. A partir do ponto de vista estritamente linguístico, o argumento favorece a correspondência de akris com o inseto. Mas, tendo em vista todas as evidências contrárias apresentadas, não há certeza de que essa seja a compreensão correta do termo de Mateus 3:4 e Marcos 1:6. A evidência disponível não garante uma conclusão dogmática quanto a que alimentos João comia. É digno de nota que Ellen G. White caracteriza João como vegetariano (T3, 62; CS, 72).
- 4 Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Mateus 3:4 6 Ora, João usava uma veste de pêlos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. Marcos 1:6
Nota Adicional 2 a Mateus 3 - (cba)
Mateus 3:1-17
Em várias partes dos evangelhos, os escritores relatam as palavras de Cristo de maneira diferente. Também apresentam relatos distintos sobre certos temas, como por exemplo, a inscrição na cruz. Os céticos têm se valido dessas variações como prova de que os evangelhos não são confiáveis, ou até mesmo falsos e, assim, não teriam sido inspirados. Uma análise cuidadosa prova o contrário. Aqueles que escreveram os evangelhos, junto com outros seguidores de Cristo, consideravam-se testemunhas dos eventos da vida de nosso Senhor. Tudo foi baseado na veracidade de seu testemunho.
Atualmente, num tribunal, se as testemunhas todas testificam precisamente o mesmo com respeito a um incidente, a conclusão é que estão mentindo. Por quê? Porque a experiência nos ensina que duas pessoas não veem um evento exatamente do mesmo modo. Um ponto impressiona uma testemunha, e outro ponto, outra. Pode ser que tenham ouvido exatamente as mesmas palavras ditas sobre o acontecimento, mas cada um as relata de forma um pouco diferente. Uma testemunha pode até relatar certas partes de um diálogo que a outra testemunha não relata. Mas, contanto que não exista clara contradição de ideias ou significado nas declarações diferentes, pode-se considerar que as testemunhas disseram a verdade. De fato, declarações aparentemente contraditórias podem com frequência se provar não contraditórias, mas complementares (ver com. de Mateus 27:37; Marcos 5:2; Marcos 10:46).
- 37 Puseram-lhe por cima da cabeça a sua acusação escrita: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS. Mateus 27:37 2 E, logo que Jesus saíra do barco, lhe veio ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, Marcos 5:2 46 Depois chegaram a Jericó. E, ao sair ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, estava sentado junto do caminho um mendigo cego, Bartimeu filho de Timeu. Marcos 10:46
Observa-se que somente uma pessoa honesta pode se dar ao luxo de ter memória limitada. Aqueles que contam mentiras precisam decorar sua história para sustentá-la. A pessoa honesta pode não recontar sua história toda vez com as mesmas palavras - é quase certo que não o fará - mas sua consistência e harmonia internas são evidentes a todos. Além disso, tal história tem vida e reluz diante dos olhos porque quem a conta revive o espírito e o sentimento da situação. Mas, quando alguém conta e reconta uma história como um fonógrafo, o melhor que se pode dizer dele é que se tornou um tedioso escravo de uma mera forma de palavras e não apresenta um quadro vívido do que aconteceu realmente ou do que na verdade foi dito. E, se não formos bondosos, podemos até suspeitar de sua veracidade, ou ao menos estarmos certos de sua senilidade.
A experiência e, principalmente, a experiência dos tribunais ao longo dos anos, leva à conclusão de que o verdadeiro testemunho não precisa e não deve ser uma cópia dos vários testemunhos de um fato, incluindo o testemunho do que foi dito num determinado evento.
Portanto, a acusação de que os escritores dos evangelhos não são dignos de confiança porque seus relatos diferem se revela sem fundamento. Pelo contrário, esses escritores fornecem a prova mais clara de que não houve conspiração entre eles, que eles de forma independente relataram o que mais impressionou sua mente divinamente iluminada com respeito à vida de Cristo. Eles escreveram seus relatos mais ou menos diferentes em épocas e lugares diferentes. Contudo, não há dificuldade em se descobrir harmonia e unidade no que escreveram sobre incidentes e eventos, incluindo as palavras de nosso Senhor ou a inscrição na cruz (ver com. de Mateus 27:37).
À luz desses fatos, a acusação de que os diferentes relatos das palavras de Cristo provam que os evangelhos não foram inspirados parece absurda. Que garantia tem o cético para supor que, se fossem inspirados, teriam escrito ao pé da letra as palavras de nosso Senhor? Nenhuma. Palavras são meramente um veículo para expressar ideias e, infelizmente, a linguagem humana muitas vezes é inadequada para expressar plenamente a ideia de alguém. O fato de os escritores dos evangelhos apresentarem as palavras de nosso Senhor de formas diferentes não fornece em si uma prova de seu discernimento inspirado quanto ao alcance e intenções de Suas palavras? Cristo falava aramaico; os evangelhos foram escritos em grego. E não é verdade que diferentes eruditos podem fazer traduções fiéis dos escritos de determinado autor e ainda divergir nas palavras usadas? De fato, traduções demasiadamente literais em geral sacrificam algo da verdadeira ideia ou intenção da mente do autor original.
Feitas as devidas adaptações, podemos aplicar aqui as palavras das Escrituras: “A letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3:6). Há um espírito vivificante ao longo dos quatro evangelhos, um espírito que facilmente poderia ter sido sufocado ou apagado se os escritores se conformassem com o padrão artificial dos céticos e apresentassem quatro relatos idênticos. Deus inspirou Seus escritores milhares de anos antes de as técnicas de cópia terem sido inventadas.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
batizo com água
Mateus 3:11
Também traduzido por "batizo em água". O batismo por imersão era uma prática comum no judaismo para não judeus que se desejavam fazer parte da religião judadica. Os essênios, grupo judeu em Qumran (próximo ao mar Morto e ao rio Jordão), praticavam-no como um ato simbólico, por meio do qual as impurezas da pessoa eram eliminadas. Por isso, era apropriado fazer o batismo num rio de águas correntes.
Referências Cruzadas
Mateus 3:11
Lucas 3:16; Isaías 4:4; João 20:22; Atos 2:3-4; 1 Coríntios 12:13.
- 16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. Lucas 3:16 4 Quando o Senhor tiver lavado a imundícia das filhas de Sião, e tiver limpado o sangue de Jerusalém do meio dela com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor. Isaías 4:4 22 E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. João 20:22 3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. 4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Atos 2:3-4 13 Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 1 Coríntios 12:13
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Mateus 3:7-12
Dar aos ouvintes o sentido prático é a vida da pregação, e assim foi a pregação de João. os fariseus davam ênfase principal em observâncias exteriores, descuidando dos assuntos de mais peso na lei moral, e do significado espiritual de suas cerimônias legais.
Outros eram hipócritas detestáveis, que faziam com suas pretensões de santidade um manto para sua iniquidade. os saduceus estavam no extremo oposto, negando a existência dos espíritos e do estado futuro. Eles eram os infiéis escarnecedores dessa época e nesse país.
Há uma grande ira vindoura. o grande interesse de cada um é fugir da ira. Deus, que não se deleita em nossa ruína, nos tem advertido pela palavra escrita, através dos ministros e pela consciência. Aqueles que dizem lamentar-se por seus pecados e persistem neles, não são dignos do nome de penitentes, nem de seus privilégios. Convém aos penitentes ser humildes e pequenos a seus próprios olhos, agradecer pela mínima misericórdia, ser pacientes nas grandes aflições, estar alerta contra toda a aparência do mal, abundarem todo dever, e ser caridosos ao julgar ao próximo.
Aqui há uma palavra de cautela para não se confiar nos privilégios exteriores. Existem muitos cujos corações carnais são dados a seguir o que eles mesmos dizem dentro de si, e deixam de lado o poder da Palavra de Deus, que convence do pecado e de seu poder. Há multidões que não chegam ao céu por repousarem sobre as honras e nas simples vantagens de serem membros de uma igreja. Aqui está uma palavra de terror para o negligente e confiado. Nossos corações corruptos não podem dar bons frutos, a menos que o Espírito regenerador de Cristo implante a boa Palavra de Deus neles. Contudo, toda árvore com muitos dons e honras, por mais verde que pareça em sua profissão e desempenho exterior, se não der bons frutos, dignos de arrependimento, é cortada e lançada ao fogo da ira de Deus, que é o lugar mais apropriado para as árvores estéreis. Para que mais servem? Se não dão fruto, são boas como combustível.
João mostra o propósito e a intenção da aparição de Cristo, a qual eles agora esperam com prontidão. Não há formas externas que possam limpar-nos. Nenhuma ordenança, independente de quem a administre ou a sua modalidade, é capaz de suprir a necessidade do batismo no Espírito Santo e com fogo. Somente o poder purificador do Espírito Santo pode produzir a pureza do coração, e os santos afetos que acompanham a salvação. Cristo é quem batiza com o Espírito Santo. Isto foi feito com os extraordinários dons do Espírito enviados aos apóstolos (Atos 2:4). Isto Ele faz com a graça e a consolação do Espírito, dados a todos que lhe pedem (Lucas 11:13; João 7:58,39; Atos 11:16).
- 4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Atos 2:4 13 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? Lucas 11:13 39 Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado. João 7:58,39 16 Lembrei-me então da palavra do Senhor, como disse: João, na verdade, batizou com água; mas vós sereis batizados no Espírito Santo. Atos 11:16
Observe-se aqui, a igreja na era de Cristo (Isaías 21:10). os crentes verdadeiros são o trigo, substanciosos, úteis e valiosos; os hipócritas são como palha, levianos e vazios, inúteis, sem valor, levados por qualquer vento. Estão misturados bons e maus, na mesma comunhão exterior, mas virá o dia em que a palha e o trigo serão separados. o juízo final será o dia que fará a diferença, quando os santos e os pecadores serão separados para sempre. No céu os santos serão reunidos, e não mais separados; estarão a salvo e já não mais expostos; separados da corrupção exterior e interior. o inferno é o fogo inextinguível, que certamente será a porção e o castigo dos hipócritas e incrédulos. Aqui a vida e a morte, o bem e o mal, são postos diante de nós; como somos agora no campo, assim o seremos na árvore.
Comentário Bíblico
Vídeos
![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]()
|
- Análise em Cadeia 6 e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. Mateus 3:6 4 assim apareceu João, o Batista, no deserto, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados. 8 Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo. Marcos 1:4,8 3 E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados; 16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. Lucas 3:3,16 26 Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis. 33 Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo. João 1:26,33 5 Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias. Atos 1:5 16 Lembrei-me então da palavra do Senhor, como disse: João, na verdade, batizou com água; mas vós sereis batizados no Espírito Santo. Atos 11:16 24 havendo João, antes do aparecimento dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo de arrependimento. Atos 13:24 4 Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em Jesus. Atos 19:4 17 irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido. Lucas 1:17 15 João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim, passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia. 26 Respondeu-lhes João: Eu batizo em água; no meio de vós está um a quem vós não conheceis. 27 aquele que vem depois de mim, de quem eu não sou digno de desatar a correia da alparca. 30 este é aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um varão que passou adiante de mim, porque antes de mim ele já existia. 34 Eu mesmo vi e já vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus. João 1:15,26,27,30,34 23 Ora, João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas; e o povo ía e se batizava. 24 Pois João ainda não fora lançado no cárcere. 25 Surgiu então uma contenda entre os discípulos de João e um judeu acerca da purificação. 26 E foram ter com João e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, eis que está batizando, e todos vão ter com ele. 27 Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu. 28 Vós mesmos me sois testemunhas de que eu disse: Não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. 29 Aquele que tem a noiva é o noivo; mas o amigo do noivo, que está presente e o ouve, regozija-se muito com a voz do noivo. Assim, pois, este meu gozo está completo. 30 É necessário que ele cresça e que eu diminua. 31 Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra, e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos. 32 Aquilo que ele tem visto e ouvido, isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho. 33 Mas o que aceitar o seu testemunho, esse confirma que Deus é verdadeiro. 34 Pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; porque Deus não dá o Espírito por medida. 35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos. 36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. João 3:23-36 7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de, inclinando-me, desatar a correia das alparcas. Marcos 1:7 6 Ia, pois, Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou o centurião uns amigos a dizer-lhe: Senhor, não te incomodes; porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; 7 por isso nem ainda me julguei digno de ir à tua presença; dize, porém, uma palavra, e seja o meu servo curado. Lucas 7:6,7 25 Mas João, quando completava a carreira, dizia: Quem pensais vós que su sou? Eu não sou o Cristo, mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés. Atos 13:25 8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, Efésios 3:8 5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 1 Pedro 5:5 4 Quando o Senhor tiver lavado a imundícia das filhas de Sião, e tiver limpado o sangue de Jerusalém do meio dela com o espírito de justiça, e com o espírito de ardor. Isaías 4:4 3 Porque derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre a tua descendência; Isaías 44:3 20 E virá um Redentor a Sião e aos que em Jacó se desviarem da transgressão, diz o Senhor. 21 Quanto a mim, este é o meu pacto com eles, diz o Senhor: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca dos teus filhos, nem da boca dos filhos dos teus filhos, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre. Isaías 59:20,21 9 E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus. Zacarias 13:9 2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? e quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o fogo de fundidor e como o sabão de lavandeiros; 3 assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, até que tragam ao Senhor ofertas em justiça. 4 Então a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos. Malaquias 3:2-4 8 Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo. Marcos 1:8 16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. Lucas 3:16 33 Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo. João 1:33 5 Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias. Atos 1:5 2 De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. 4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Atos 2:2-4 15 Logo que eu comecei a falar, desceu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós no princípio. 16 Lembrei-me então da palavra do Senhor, como disse: João, na verdade, batizou com água; mas vós sereis batizados no Espírito Santo. Atos 11:15,16 13 Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 1 Coríntios 12:13 27 Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. 28 Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:27,28 36 E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 38 mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou. Atos 8:36,38 3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. 4 E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Atos 2:3,4 5 não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo, Tito 3:5