Comentário Bíblico
Adventista
Trazendo-os para fora - (cba)
Atos 16:30
Fora do cárcere interior escuro e longe dos outros prisioneiros. Isso era admissível, a despeito da ordem que recebera (Atos 16:23), pois Paulo e Silas já haviam demonstrado que não tinham intenção de escapar.
Senhores - (cba)
Atos 16:30
Do gr. knrioi, um título de respeito. Kurios (singular) geralmente é traduzido por “senhor” e é a mesma palavra que Paulo e Silas usam para se referir a Cristo em Atos 16:31 (ver com. de Atos 9:5).
- 31 Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. Atos 16:31 5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; Atos 9:5
Que devo fazer [...]? - (cba)
Atos 16:30
É improvável que o carcereiro entendesse a própria pergunta, e se deve cuidar para não acrescentar um significado atual a suas palavras. Mas, sob a influência do Espírito Santo, sobreveio uma grande sensação de necessidade espiritual e, junto com todos os outros temores, ele temia se encontrar na presença de um Deus justo. O medo de consequências terrenas abriram caminho para o temor das consequências eternas. Quando a mente se encontra tomada pelo temor, ela não separa os medos em categorias. Mas o medo que exigia uma certeza de segurança presente também despertou o desejo por salvação final (comparar esta pergunta com a de Paulo na estrada de Damasco, At 9.6). Mal sabia o carcereiro pagão o quanto sua dúvida seria eficaz em conduzir incontáveis outros seres humanos ao encontro da vida eterna!
Nota Adicional a Atos 16 - (cba)
Atos 16:1-40
A narrativa de Lucas em Atos 16:6-8 dá origem a dois problemas relacionados entre si. O primeiro diz respeito à rota de Paulo pela região central da Ásia Menor e o segundo está ligado à identidade das igrejas da Galácia. O estudo desses dois questionamentos resultou na criação das teorias do norte e do sul da Galácia. Sir William Ramsay, o principal defensor da teoria meridional, diz que a epístola de Paulo aos gálatas se dirigia às igrejas fundadas no sul da Galácia durante a primeira viagem missionária. J. B. Lightfoot, Kirsopp Lake e outros acreditam que a carta foi escrita para as igrejas que surgiram como fruto do ministério de Paulo no norte da Galácia durante a segunda viagem missionária, conforme o registro de Atos 16:6-8. Não é possível encontrar uma resposta definitiva para esses problemas, mas é possível obter uma compreensão mais clara das questões envolvidas ao se considerar certas expressões-chaves da passagem:
1. A região frígio-gálata (Atos 16:6), do gr. phrugia kai galatikê chora. O sentido desta expressão já foi alvo de muito debate, e visões divergentes continuam a ser defendidas pelos eruditos. Contudo, o peso das evidências contextuais e gramaticais parece sugerir que Lucas estava se referindo a dois distritos ligados: a Frigia e uma área mais indefinida habitada pelos gálatas. A história da Frigia remonta ao segundo milênio a.C., quando invasores frígios desceram dos Bálcãs, dominaram uma parte do povo heteu no oeste da Ásia Menor e estabeleceram o próprio distrito étnico. Cerca de mil anos depois, em 278 a.C., os gauleses invadiram a Ásia Menor a partir do norte, destruíram o que restava da Frigia e lançaram as bases do que passou a ser conhecido posteriormente como Galácia (ver com. de Atos 16:6). Na época de Lucas, a província romana da Galácia se estendia pela região central da Ásia Menor na direção norte-sul, incluindo áreas que não correspondiam à Galácia no sentido original do termo. O fato de Lucas não se referir a essa divisão política pode ser inferido pelo uso da palavra chora, de sentido mais genérico, para denotar “terra”, “país” ou “região '. Não era, portanto, um termo técnico usado para definir áreas políticas específicas. Portanto, parece provável que, depois de visitar Listra, Icônio e outras cidades da Licaônia (Atos 16:1-4; Atos 14:6), Paulo e seu grupo se dirigiram para o oeste, rumo à Frigia, e para o norte, rumo à região conhecida localmente como Galácia. Em ambas, pregaram as boas-novas a habitantes pagãos, fundando grupos de crentes que se transformaram nas igrejas gálatas (AA, 207, 208).
- 6 Atravessaram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia; Atos 16:6 1 Chegou também a Derbe e Listra. E eis que estava ali certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; 2 do qual davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio. 3 Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego. 4 Quando iam passando pelas cidades, entregavam aos irmãos, para serem observadas, as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Atos 16:1-4 6 eles, sabendo-o, fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia, e a região circunvizinha; Atos 14:6
2. Ásia. Há várias interpretações para este termo. Mas, no contexto, elas podem ser reduzidas a duas: (1) a província romana da Ásia, que abrangia o extremo oeste da península da Ásia Menor; e (2) a região litorânea dessa província, margeando as praias orientais do mar Egeu, onde ficavam cidades gregas como Efeso, Esmirna, Pérgamo e Laodiceia (cf. Ap 1-3). Na tentativa de decidir qual das duas é a proposta por Lucas, depara-se com uma questão gramatical na narrativa que precisa ficar clara. É possível que a construção grega em Atos 16:6 sugira que Paulo e seus companheiros foram pregar na região frígio-gálata ;porque haviam sido impedidos de pregar na Ásia pelo Espírito (ver com. de Atos 16:6). Tal interpretação situa a proibição depois que deixaram a área das cidades nas quais já haviam fundado igrejas, subentendendo que a Galácia se referiría a uma região diferente. Segundo essa interpretação, eles teriam o plano de passar da região onde haviam trabalhado antes para a Ásia. Nesse caso, “Ásia” poderia se referir à província, uma vez que sua fronteira ficava perto das cidades que haviam acabado de visitar (Atos 16:1,2,4). A objeção de que, em seguida, eles passaram pela província da Ásia ao ir a Trôade (Atos 16:8) pode ser desfeita ao se perceber que a orientação do Espírito impediu a pregação da palavra na região (Atos 16:6), mas não os proibiu de passar por ali. Em contrapartida, Laodiceia, a mais oriental das cidades gregas, também estava próxima dos viajantes e pode ser que Paulo tivesse o plano de visitá-la. Parece que a limitação linguística fazia seu plano regular se concentrar em regiões de fala grega, em vez de tentar se lançar na tarefa de propagar o evangelho por meio de intérpretes em idiomas nos quais ele era incapaz de se comunicar. Além disso, qualquer que tenha sido sua rota exata, com certeza não passou por aquelas cidades gregas nessa ocasião. Portanto, a segunda alternativa é uma interpretação aceitável. Atos 2:9,10 favorece esta ideia, ao deixar claro que a Ásia e a Frigia eram regiões separadas, ao passo que a província da Ásia, sem dúvida, incluía parte da Frigia. Portanto, os evangelistas cumpriram a ordem divina passando pela fronteira oriental da província romana da Ásia sem parar para pregar ou não entrando na região urbana grega densamente povoada que se espalhava rumo ao interior desde o mar Egeu.
- 6 Atravessaram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia; Atos 16:6 1 Chegou também a Derbe e Listra. E eis que estava ali certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego; 2 do qual davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio. 4 Quando iam passando pelas cidades, entregavam aos irmãos, para serem observadas, as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Atos 16:1,2,4 8 Então, passando pela Mísia, desceram a Trôade. Atos 16:8 9 Nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, 10 a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, Atos 2:9,10
3. Mísia (Atos 16:7). Era o promontório no extremo noroeste da Ásia Menor, que fazia fronteira com o Helesponto e com o mar de Mármara (Propontis) ao norte, e com o Egeu, a oeste. Ficava dentro dos limites da província da Ásia. Lucas usa a expressão kata tên Musian, que pode ser traduzida por “em frente à Mísia", mostrando que ele estava nas redondezas da Mísia, sem necessariamente ter entrado. Isso está em harmonia com a declaração de Paulo de que desejava ir à Bitínia, adjacente à Mísia, a leste. Parece que o grupo de cristãos saíra do oeste, da região frígio-gálata, até perto da junção entre a Bitínia e a Mísia, com a intenção de evangelizar primeiramente a Bitínia. Mais uma vez, o Espírito interveio, a entrada na Bitínia foi proibida e o grupo se dirigiu ao oeste, passando perto da fronteira sul da Mísia, entrando, por fim, no distrito, a caminho de Trôade, seu porto principal.
E importante então concentrar a atenção no problema com a Galácia. Os que defendem a teoria do sul da Galácia acreditam que, durante a primeira viagem missionária, o trabalho de Paulo dentro e em torno das cidades de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe fundou igrejas que pocleriam ser legitimamente chamadas de “gálatas”, uma vez que todas se localizavam dentro das fronteiras da província romana da Galácia. Mas é difícil harmonizar tal teoria com a linguagem cuidadosa de Lucas. Ele fala de Antioquia da Pisídia (ver com. de Atos 13:14), não localiza Icônio dentro de nenhuma região política (Atos 13:51; Atos 14:1) e, especificamente, identifica Listra e Derbe como cidades licaônicas (Atos 14:6). Em nenhuma parte, ele relaciona qualquer dessas cidades à Galácia. Em contrapartida, ele faz menção específica à “Galácia” na segunda viagem missionária e parece distingui-la de todas as áreas mencionadas até então. Conforme já demonstrado, Paulo saiu da Licaônia e foi para a Frigia, um distrito distinto da Galácia (Atos 16:6; Atos 18:23), embora os dois, possivelmente, tivessem uma ligação íntima. Logo, parece provável que as “igrejas da Galácia” (Gálatas 1:2) sejam as fundadas pelo apóstolo depois de sair da Frigia e antes de chegar à fronteira da Bitínia e da Mísia. Alguns argumentam que a teoria do norte da Galácia estendería as viagens de Paulo aos distritos setentrionais da província da Galácia, em torno da capital Ancyra (atual Ancara). Tal extensão é possível, mas não necessária. É razoável limitar o trabalho de Paulo a uma região logo ao sul da Bitínia, levando à adoção de uma versão modificada da teoria do norte da Galácia. A divergência de opiniões em relação a este problema não é vital para a integridade do livro de Atos. Entretanto, é útil ter uma ideia tão clara quanto possível da localização das igrejas às quais Paulo escreveu a importante epístola aos Gálatas.
- 14 Mas eles, passando de Perge, chegaram a Antioquia da Psídia; e entrando na sinagoga, no dia de sábado, sentaram-se. Atos 13:14 51 Mas estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio. Atos 13:51 1 Em Icônio entraram juntos na sinagoga dos judeus e falaram de tal modo que creu uma grande multidão tanto de judeus como de gregos. Atos 14:1 6 eles, sabendo-o, fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia, e a região circunvizinha; Atos 14:6 6 Atravessaram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia; Atos 16:6 23 E, tendo demorado ali algum tempo, partiu, passando sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo a todos os discípulos. Atos 18:23 2 e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: Gálatas 1:2
Com a chegada do apóstolo a Trôade, a incerteza em relação a sua rota desaparece. A maior e mais frutífera parte da segunda viagem missionária estava à frente, e a Europa se encontrava prestes a receber o evangelho.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Atos 16:25-34
Os consolos de Deus para os seus servos que sofrem não são poucos nem pequenos. Quão mais felizes são os cristãos verdadeiros do que os seus prósperos inimigos! Mesmo que estejamos em profundas dificuldades e em trevas, devemos clamar a Deus. Não há lugares nem tempos que sejam maus para orar, se o coração for elevado a Deus. Nenhum problema, por mais penoso que seja, deve nos impedir de louvar a Deus. Demonstra-se que o cristão é de Deus, pelo fato de serem obrigados a ser retos em suas vidas.
Paulo gritou fortemente para que o carcereiro escutasse, e o fez atendê-lo dizendo: Não te faças dano. Todas as advertências da Palavra de Deus contra o pecado, todas as suas aparências e todas as suas aproximações têm esta tendência. Homem, mulher, não te faças dano; não te firas, porque ninguém mais pode ferir-te; não peques, porque nada pode ferir-te senão isto.
Ainda com referência ao corpo, somos advertidos contra os pecados que lhe causam danos. A graça que converte, muda a linguagem do povo e a torna igual à das boas pessoas e dos bons ministros. Quão grave é a pergunta do carcereiro! Sua salvação se converte em seu grande interesse, o que está mais próximo do seu coração é aquilo que antes mais distava dos seus pensamentos. Está preocupado coma sua alma preciosa. Aqueles que estão totalmente convencidos de seus pecados e verdadeiramente interessados em sua salvação, se entregarão a Cristo. Aqui está o resumo de todo o Evangelho, o pacto da graça, em poucas palavras: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa".
O Senhor abençoou tanto a Palavra, que o carcereiro imediatamente abrandou-s) e humilhou-se. Tratou-os com bondade e compaixão, e ao professar a fé em Cristo foi batizado nesse nome, juntamente com a sua família. O Espírito de graça operou uma fé tão forte neles, que dissipou toda dúvida posterior; e Paulo e Silas souberam pelo Espírito, que Deus havia feito uma obra neles. Quando os pecadores assim se convertem, amarão e honrarão àqueles que antes desprezavam e odiavam, e procurarão amenizar os sofrimentos que antes desejavam agravar. Quando os frutos da fé começam a aparecer, os terrores são substituídos pela confiança e pelo gozo em Deus.
- Veja também

A Ciência do Bom Viver, Pág. 120

Atos dos Apóstolos, Pág. 216

Atos dos Apóstolos, Pág. 329

Refletindo a Cristo, Pág. 334

Profetas e Reis, Pág. 435
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- Análise em Cadeia 24 Ele, tendo recebido tal ordem, os lançou na prisão interior e lhes segurou os pés no tronco. Atos 16:24 32 o que não vejo, ensina-me tu; se fiz alguma maldade, nunca mais a hei de fazer? Jó 34:32 16 Lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal; 17 aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. Isaías 1:16,17 6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo? 9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; Isaías 58:6,9 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento, Mateus 3:8 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Mateus 5:7 13 Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo. Tiago 2:13 15 e dizendo: Senhores, por que fazeis estas coisas? Nós também somos homens, de natureza semelhante à vossa, e vos anunciamos o evangelho para que destas práticas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar, e tudo quanto há neles; Atos 14:15 17 Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação. Atos 16:17 37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Atos 2:37 6 mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer. Atos 9:6 10 Então disse eu: Senhor que farei? E o Senhor me disse: Levanta-te, e vai a Damasco, onde se te dirá tudo o que te é ordenado fazer. Atos 22:10 4 Como, pois, pode o homem ser justo diante de Deus, e como pode ser puro aquele que nasce da mulher? Jó 25:4 10 Ao que lhe perguntavam as multidões: Que faremos, pois? Lucas 3:10 27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo. 28 Pergutaram-lhe, pois: Que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus? 29 Jesus lhes respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou. João 6:27-29
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A Ciência do Bom Viver, Pág. 120

Atos dos Apóstolos, Pág. 216

Atos dos Apóstolos, Pág. 329

Refletindo a Cristo, Pág. 334

Profetas e Reis, Pág. 435