Comentário Bíblico
Adventista
Tuas obras (ARC) - (cba)
Apocalipse 2:13
Evidências textuais apoiam a omissão das palavras “as tuas obras, e” (compare com Apocalipse 2:2).
Trono de Satanás - (cba)
Apocalipse 2:13
Pérgamo havia se destacado em 29 a.C. por ser o local do primeiro culto a um imperador romano vivo. Um templo foi construído e dedicado à adoração conjunta da deusa Roma (a personificação do espírito do império) e do imperador Augusto. Na época em que João escreveu estas palavras, os cristãos eram perseguidos por se recusarem a adorar o imperador Domiciano (81-96 d.C.), que insistia em ser chamado e adorado como “senhor e deus". Pérgamo era também a capital religiosa da Ásia Menor. Era um centro do pensamento helenista (greco-mesopotâmico) e da adoração ao imperador. Tinha muitos templos pagãos; por isso, sua designação como o trono de Satanás era bastante apropriada.
A extensão do período de Pérgamo na história da igreja pode ser considerada desde a época em que Constantino apoiou a causa cristã, em 313 d.C., ou de sua suposta conversão, talvez em 323 ou 325, até 538 (ver Nota Adicional a Apocalipse 2). Foi durante essa época que o bispo de Roma conquistou a liderança religiosa e, até certo ponto, política da Europa Ocidental (ver Nota Adicional a Daniel 7), e quando Satanás estabeleceu seu “trono” dentro da igreja. O papado era uma mistura habilidosa de paganismo e cristianismo. Esse período pode ser chamado de era da popularidade.
Nome - (cba)
Apocalipse 2:13
Ver com. de Apocalipse 2:3.
Minha fé - (cba)
Apocalipse 2:13
Isto é, “fé em Mim”. Os nomes da lista de Hebreus 11 receberam o destaque de "heróis da fé”.
Antipas - (cba)
Apocalipse 2:13
Nome grego composto, formado pelas palavras anti, “no lugar de”, e pas, forma abreviada de patêr, “pai” (ver com. de Lucas 3:1; Lucas 24:18; ver Josefo, Antiguidades, xiv.3 [10]). Reflete a esperança do pai de que o filho com este nome ocupasse seu lugar no mundo. Alguns comentaristas defendem que um cristão chamado Antipas fora martirizado em Pérgamo por sua fé pouco tempo antes, supostamente por se recusar a adorar o imperador. Se assim foi, a experiência e o exemplo desse mártir podem ser considerados típicos dos inúmeros fiéis que sofreram por sua fé em eras posteriores. Embora seja possível que o nome tenha uma aplicação figurada ao período de Pérgamo, na história da igreja, o profeta não dá pistas claras a esse respeito.
- 1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Ituréia e de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene, Lucas 3:1 18 E um deles, chamado Cleopas, respondeu-lhe: És tu o único peregrino em Jerusalém que não soube das coisas que nela têm sucedido nestes dias? Lucas 24:18
Testemunha - (cba)
Apocalipse 2:13
Do gr. 'martus', “testemunha”. A palavra “mártir” deriva de martus. O “mártir” é alguém cuja morte testemunha de sua fé. O grego traduzido aqui por “testemunha, Meu fiel" é idêntico ao usado em referência a Cristo, traduzido simplesmente por “testemunha fiel” (Apocalipse 1:5).
Nota Adicional a Apocalipse 2 - (cba)
Apocalipse 2:1-29
A aplicação das mensagens às sete igrejas a sete períodos consecutivos da história da igreja (ver com. de Apocalipse 2:1) naturalmente sugere a necessidade de uma série de datas de transição a fim de facilitar a coordenação das diversas mensagens com seus respectivos períodos. Contudo, na tentativa de definir essas datas, é importante lembrar que: (1) A profecia das sete igrejas não é temporal no sentido comum do termo, pois não há datas cronológicas específicas associadas a ela. Essa profecia se refere, em primeiro lugar, às experiências sucessivas da igreja e difere consideravelmente de profecias como a dos 1.260 dias (Daniel 7:25), das 2.300 tardes e manhãs (Daniel 8:14) e das setenta semanas (Daniel 9:25). (2) As grandes eras da história não são marcadas por datas exatas. Quando usadas, as datas funcionam como pontos convenientes de natureza geral, não como delimitadores exatos. A transição de um período para o outro é um processo gradual. Contudo, não há problema em indicar datas aproximadas a fim de ajudar a relacionar as mensagens com eventos correspondentes da história. Alguns sugerem datas diferentes das citadas abaixo e expressões distintas para nomear os períodos. Contudo, essa variação de datas e nomes não afeta substancialmente a mensagem geral encontrada nas cartas às sete igrejas.
- 1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: Apocalipse 2:1 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 14 Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado. Daniel 8:14 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. Daniel 9:25
1. Efeso. Há consenso de que o período representado por esta igreja abrange a era apostólica. Logo, pode ser datado de aproximadamente 31 d.C., o ano da ascensão do Senhor, até o ano 100 d.C.
2. Esmirna. As mensagens à segunda e terceira igrejas identificam a transição de Esmirna para Pérgamo como a mudança da situação de perseguição para a de popularidade. A transição é marcada pelo reinado de Constantino, o Grande, de 306 a 337, o primeiro imperador romano supostamente cristão. Antes do famoso Edito de Milão, em 313, o cristianismo era uma religião ilegal e enfrentou vários períodos de intensa perseguição por parte do estado. O edito decretou direitos iguais para todas as religiões do império e restaurou as propriedades cristãs confiscadas. No mesmo ano, Constantino dispensou o clero cristão do serviço civil e militar e isentou suas propriedades da cobrança de impostos. O ano de 313, ou o de sua suposta conversão ao cristianismo, em 323/325, pode ser considerado a data apropriada para a transição do período de Esmirna para Pérgamo.
3. Pérgamo. A revelação caracterizou o período de Pérgamo como uma época de concessões, apostasia e popularidade, durante a qual a igreja romana consolidou seu poder e autoridade. Em consequência, no encerramento do período de Pérgamo, Roma imperial estava fora do caminho, e o papado totalmente constituído e pronto para sua carreira de governante do mundo ocidental (ver Nota Adicional a Daniel 7).
Qualquer um dos vários acontecimentos a seguir pode servir de ponto aceitável para o fim desse período. A deposição do último imperador romano, em 476, é uma delas. Outra seria a conversão do rei franco Clóvis, o primeiro governante germânico a aceitar o cristianismo romano e a se aliar aos interesses da igreja na conquista de outros povos germânicos, em 496. O decreto de Justiniano, promulgado em 533, concedendo ao papa plenos poderes eclesiásticos no Oriente e no Ocidente, começou a vigorar em 538.
De modo geral, os historiadores consideram que o pontificado de Gregório, o Grande (590-604), marca a transição do período antigo para o medieval, e seu reinado como papa pode ser considerado um divisor de águas. Gregório é visto como o primeiro dos prelados medievais. Ele assumiu ousadamente o papel de imperador do Ocidente, e sua administração lançou os fundamentos para as reivindicações posteriores de absolutismo papal.
O ano 756 marca o início do governo territorial papal e a ascensão da França ao papel de “filho mais velho do papado". Nesse ano, Pepino, da França, derrotou os lombardos do norte da Itália que ameaçavam o papa e cedeu a este o território. Essa concessão, comumente chamada de Doação de Pepino, marca o início dos estados papais, nos quais o pontífice governou como monarca absolutista por mais de mil anos.
No entanto, a importância de 538 como ponto de partida para os 1.260 anos (ver com. de Daniel 7:25) sugere que seja uma data mais apropriada para a conclusão do período de Pérgamo do que as demais.
4. Tiatira. Essa época é caracterizada como a era da supremacia papal. A importância do intervalo de 1.260 anos na profecia bíblica (ver com. de Daniel 7:25; Apocalipse 12:6) sugere que 1798 pode ser uma data final adequada para Tiatira. Contudo, considerando a importância da Reforma para a ruptura da supremacia papal, o ano 1517 também seria uma data de término apropriada. Alguns podem defender que a perda dos estados papais, em 1870, e o consequente status do papa de “prisioneiro do Vaticano”, imposto por ele mesmo, também poderia tornar esse ano uma data possível. Contudo, 1870 parece um ano tardio para acomodar a profecia dos 1.260 anos e também os outros períodos da história da igreja, conforme apresentados em Apocalipse 2 e 3.
- 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 6 E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. Apocalipse 12:6
5. Sardes. Esta é a igreja característica da época da Reforma. É possível definir seu início em 1517 ou 1798. Aqueles que apontam 1798 como data final para a igreja de Tiatira e início do período seguinte sugerem que 1833 seria o ano apropriado para o término da igreja de Sardes. Outros entendem que 1755 seja uma data adequada para esse término.
6. Filadélfia. A revelação determina que esta é a igreja do grande despertamento para o segundo advento. Várias datas de início foram sugeridas para esse período. Alguns propõem 1833, o ano do grande sinal na natureza, predito pelo Senhor (ver com. de Mateus 24:33). Essa data está ligada ao início da proclamação da mensagem do advento por Guilherme Miller. Outros sugerem que o ano de 1798, início do tempo do fim (ver com. de Daniel 11:35), também seria aceitável. Outros ainda favorecem o ano 1755, comumente aceito como a data do primeiro dos sinais específicos do fim, durante o sexto selo (ver com. de Apocalipse 6:12), considerando que esta escolha combina bem com o caráter da igreja de Filadélfia, que foi a igreja do despertamento para a segunda vinda. Há consenso entre os eruditos adventistas do sétimo dia de que 1844 deve marcar o término do período de Filadélfia e o início do de Laodiceia (ver com. de Daniel 8:14).
- 33 Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. Mateus 24:33 35 Alguns dos entendidos cairão para serem acrisolados, purificados e embranquecidos, até o fim do tempo; pois isso ainda será para o tempo determinado. Daniel 11:35 12 E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda tornou-se como sangue; Apocalipse 6:12 14 Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado. Daniel 8:14
7. Laodiceia. Por ser o último de sete, o período de Laodiceia continua até a segunda vinda de Cristo.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
trono de Satanás
Apocalipse 2:13
Pérgamo era famosa por seu grande altar a Zeus. A expressão provavelmente seja uma referência a esse altar, hoje no museu de Berlim.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Apocalipse 2:12-17
A Palavra de Deus é uma espada, capaz de cortar pecados e pecadores. Gira e corta por todas as partes, porém o crente não deve temer esta espada; mesmo sabendo que a confiança não pode receber respaldo sem uma obediência constante. Como o nosso Senhor vê todos os benefícios e oportunidades que temos para cumprir o nosso dever nos lugares onde habitamos, assim também vê as nossas tentações e desalentos pelas mesmas causas. Em uma situação de prova, a igreja de Pérgamo não negou a fé, nem por franca apostasia. nem por ceder a fim de evitar a cruz. Cristo elogia a sua firmeza, porém repreende as suas faltas pecaminosas. Uma visão equivocada sobre a doutrina do Evangelho e da liberdade cristã, era a raiz de amargura da qual surgiram maus costumes. O arrependimento é o dever das igrejas e dos homens, de todas as pessoas em particular: aqueles que pecam juntos, devem arrepender-se juntos.
Aqui está a promessa de favor para os que vencerem. As influências e as consolações do Espírito de Cristo descem do céu à alma, para apóiala. Isto está oculto ao resto do mundo.
O novo nome é o nome da adoção: quando o Espírito Santo mostra a sua obra na alma do crente, ele compreende o novo nome e a sua verdadeira importância.
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- Análise em Cadeia 2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos; 9 Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás. Apocalipse 2:2,9 9 Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém são sinagoga de Satanás. 10 Não temas o que hás de padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida. 24 Digo-vos, porém, a vós os demais que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conhecem as chamadas profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei; Apocalipse 2:9,10,24 9 Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, - eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo. Apocalipse 3:9 25 mas o que tendes, retende-o até que eu venha. Apocalipse 2:25 3 Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. 11 Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Apocalipse 3:3,11 21 mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom; 1 Tessalonicenses 5:21 13 Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus; 2 Timóteo 1:13 6 mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória da esperança. Hebreus 3:6 23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa; Hebreus 10:23 8 Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Apocalipse 3:8 9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Mateus 24:9 17 e sereis odiados de todos por causa do meu nome. Lucas 21:17 14 e aqui tem poder dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Atos 9:14 7 Não blasfemam eles o bom nome pelo qual sois chamados? Tiago 2:7 23 Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem. Mateus 10:23 8 Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo. 1 Timóteo 5:8 12 se perseveramos, com ele também reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; 2 Timóteo 2:12 3 Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos. 4 Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo. Judas 1:3,4 20 e quando se derramava o sangue de Estêvão, tua testemunha, eu também estava presente, consentindo na sua morte e guardando as capas dos que o matavam. Atos 22:20 11 Também porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos abominará. Levítico 26:11 27 Meu tabernáculo permanecerá com eles; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Ezequiel 37:27 35 Dezoito mil côvados terá ao redor; e o nome da cidade desde aquele dia será Jeová-Samá. Ezequiel 48:35 2 ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. Hebreus 8:2 15 Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles. Apocalipse 7:15 23 Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada. João 14:23 16 E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 2 Coríntios 6:16