Comentário Bíblico

Adventista

 Glorifica-Me, ó Pai - (cba)
       ^{João 17:5}
Comparar com João 17:1. Jesus roga para que pudesse retornar à Sua antiga glória (sobre a preexistência de Cristo ver com. de João 1:1,14; João 8:58). Paulo descreve o cumprimento desta oração: “Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2:9).

¹ Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique; João 17:1 ¹ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. ¹⁴ E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. João 1:1,14 ⁵⁸ Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. João 8:58 ⁹ Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; Filipenses 2:9

Comentário Bíblico

Ellen G. White e Outros

 A Oração Antes do Getsêmani
       ^{João 17:1-6}
Esta foi a última oração de Cristo com Seus discípulos. Foi oferecido pouco antes de Ele entrar no Jardim do Getsêmani, onde Ele seria traído e levado. Quando Ele alcançou o Getsêmani, Ele caiu prostrado no chão, em uma agonia de aflição. O que causou Sua agonia? O peso dos pecados do mundo inteiro repousava sobre Sua alma. Ao estudarmos essa oração, lembremo-nos de que foi pouco antes dessa experiência e pouco antes de Sua traição e julgamento, que essas palavras foram pronunciadas ( Manuscrito 52, 1904 ).

 Glorificado em quem crê
       ^{João 17:4-10}
Na oração de intercessão de Jesus com Seu Pai, Ele afirmou que havia cumprido as condições que tornavam obrigatório para o Pai cumprir Sua parte do contrato feito no céu, com relação ao homem caído. Ele orou: “Terminei a obra que me deste para fazer. [Isto é, Ele desenvolveu um caráter justo na terra como um exemplo para os homens seguirem.] E agora, ó Pai, glorifica-me com ti mesmo com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. ” Nesta oração, Ele continua a declarar o que é compreendido pela obra que Ele realizou e que Lhe deu todos aqueles que crêem em Seu nome. Ele valoriza tanto esta recompensa que se esquece da angústia que Lhe custou redimir o homem caído. Ele se declara glorificado naqueles que crêem nele. A igreja, em Seu nome, é levar a gloriosa perfeição a obra que Ele começou; e quando essa igreja for finalmente resgatada no Paraíso de Deus, Ele olhará para o trabalho de Sua alma e ficará satisfeito. Por toda a eternidade, a hoste resgatada será Sua principal glória (The Spirit of Prophecy 3: 260, 261 ).

 Que o véu seja removido
       ^{João 17:5}
Cristo não está orando pela manifestação da glória da natureza humana; pois a natureza humana nunca teve existência em Sua pré-existência. Ele está orando a Seu Pai a respeito da glória possuída em Sua unidade com Deus. Sua oração é a de um mediador; o favor que Ele pede na manifestação daquela glória divina que era possuída por Ele quando Ele era um com Deus. Que o véu seja removido, diz Ele, e que Minha glória resplandeça - a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse ( The Signs of the Times, 10 de maio de 1899 ).

 Reintegração pública de Cristo no céu
       ^{João 17:5,24}
Ver Hebreus 1:6; 1 João 2:1; João 20:16,17; Hebreus 3:1-3. A oração de Cristo foi atendida. Ele foi glorificado com a glória que tinha com Seu Pai antes que o mundo existisse. Mas em meio a essa glória, Cristo não perde de vista Seus labutantes e lutadores na Terra. Ele tem um pedido a fazer a Seu pai. Ele acena de volta o exército celestial até que esteja na presença direta de Jeová, e então apresenta Sua petição em favor de Seus escolhidos.

⁶ E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. Hebreus 1:6 ¹ Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 1 João 2:1 ¹⁶ Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre. ¹⁷ Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. João 20:16,17 ¹ Pelo que, santos irmãos, participantes da vocação celestial, considerai o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, ² como ele foi fiel ao que o constituiu, assim como também o foi Moisés em toda a casa de Deus. ³ Pois ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou. Hebreus 3:1-3

"Pai", diz Ele, "desejo que também eles, que me deste, estejam comigo, onde eu estou." E então o Pai declara: "Que todos os anjos de Deus o adorem." As hostes celestiais prostram-se diante dEle e entoam seu cântico de triunfo e alegria. A glória envolve o Rei do céu e foi vista por todos os seres celestiais. Nenhuma palavra pode descrever a cena que ocorreu quando o Filho de Deus foi reintegrado publicamente no lugar de honra e glória que Ele voluntariamente deixou quando se tornou um homem.

E hoje Cristo, glorificado, e ainda nosso irmão, é nosso Advogado nas cortes do céu ( The Signs of the Times, 10 de maio de 1899 ).

Comentário Bíblico

Mathew Henry

 Nota - (Mathew Henry)
       ^{João 17:1-5}
O Senhor orou como homem e como Mediador de seu povo, ainda que tenha falado com majestade e autoridade, como sendo um com o Pai e igual a Ele em poder. A vida eterna não poderia ser dada aos crentes se Cristo, que é o seu fiador, não glorificasse ao Pai e fosse glorificado por Ele. Este é o caminho do pecador à vida eterna. E quando este conhecimento for aperfeiçoado, a santidade e a felicidade serão plenamente desfrutados. A santidade e a felicidade dos redimidos são, de modo especial, a glória de Cristo e de seu Pai, que foi o gozo posto diante dEle, pelo qual suportou a cruz e desprezou a vergonha; esta glória era o final do pesar de sua alma, e ao alcançá-la, se satisfez completamente. Assim somos ensinados que é necessário glorificar a Deus como prova de nosso interesse por Cristo, por quem a vida eterna é a livre dádiva de Deus.