Comentário Bíblico
Adventista
Este mês - (cba)
Êxodo 12:2
Como ocorre aqui, às vezes este é designado como o primeiro mês do ano (Êxodo 40:2,17; Levítico 23:5; etc.), chamado também de abibe (Êxodo 13:4; Êxodo 23:15; Êxodo 34:18; Deuteronômio 16:1). Abibe, que geralmente corresponde ao mês de abril do nosso calendário, significa "mês das espigas", pois os cereais estavam em espiga nesse período. Após o cativeiro, nomes do calendário babilônico foram adotados e abibe se tornou nisã (ver Neemias 2:1; Ester 3:7). A nova ordenança indica que o ano israelita tinha começado num tempo diferente, provavelmente com o mês mais tarde chamado tisri, que corresponde ao nosso mês de setembro ou outubro. A partir de então, foram empregados dois cômputos: um para os propósitos sagrados e outro para os civis. O primeiro mês de cada ano era o sétimo do outro, embora os números sempre fossem contados a partir de nisã como o primeiro mês. Abibe se tornou o primeiro mês do ano eclesiástico, e tisri, o sétimo, também com importantes festas instituídas mais tarde no Sinai. O ano civil, que começa com o mês de tisri, nunca foi abandonado pelos israelitas e ainda é usado pelos judeus hoje. Sua existência pode ser notada em todo o período do AT. Entre os judeus foi perpetuada a crença de que Deus criou o mundo no outono desse ano.
- 2 No primeiro mês, no primeiro dia do mês, levantarás o tabernáculo da tenda da revelação, 17 E no primeiro mês do segundo ano, no primeiro dia do mês, o tabernáculo foi levantado. Êxodo 40:2,17 5 No mês primeiro, aos catorze do mês, à tardinha, é a páscoa do Senhor. Levítico 23:5 4 Hoje, no mês de abibe, vós saís. Êxodo 13:4 15 A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; Êxodo 23:15 18 A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe; porque foi no mês de abibe que saíste do Egito. Êxodo 34:18 1 Guarda o mês de abibe, e celebra a páscoa ao Senhor teu Deus; porque no mes de abibe, de noite, o Senhor teu Deus tirou-te do Egito. Deuteronômio 16:1 1 Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimos do rei Artaxerxes, quando o vinho estava posto diante dele, que eu apanhei o vinho e o dei ao rei. Ora, eu nunca estivera triste na sua presença. Neemias 2:1 7 No primeiro mês, que é o mês de nisã, no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia e para mês, até o duodécimo, que é o mês de adar. Ester 3:7
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Êxodo 12:1-20
O Senhor faz novas todas as coisas para aqueles a quem Ele liberta da escravidão de Satanás, e os toma para si mesmo, a fim de que sejam o seu povo. O momento em que Ele faz isto é para eles o começo de uma nova vida.
Deus anunciou que, na noite em que iam sair da terra do Egito, cada família deveria matar um cordeiro, ou que, se fossem famílias pequenas, cada duas ou três matassem um cordeiro em conjunto. Este cordeiro deveria ser comido da maneira indicada nesta passagem, e o seu sangue deveria ser borrifado em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comessem, para que fossem um sinal nas casas dos israelitas, para diferenciá-las das casas dos egípcios. O anjo do Senhor, quando destruísse os primogênitos egípcios, passaria por cima das casas marcadas com o sangue do cordeiro: daqui vem o nome desta festa ou ordenança sagrada. (No idioma hebraico, o termo "pesah", e "passover", no inglês, significa precisamente a ação de passar por cima. A palavra "páscoa" vem do latim "pascha", com influência do latim "pascuus, pascualis", que são adjetivos de "pasco" que significa "pastar"; e "pascuum", que significa "pasto".)
A páscoa deveria ser celebrada anualmente, tanto como um ato para rememorar a preservação de Israel e a sua libertação do Egito, como um notável tipo de Cristo. A segurança e a libertação dos israelitas não foram uma recompensa por sua própria justiça, mas uma dádiva misericordiosa. A páscoa lhes fazia recordar isto e, por meio desta ordenança, foi-lhes ensinado que todas as bênçãos lhes chegaram por meio do derramamento e pelo espargir de sangue.
Observe os seguintes aspectos:
Primeiro - O cordeiro pascal era um tipo, Cristo é a nossa Páscoa (1 Coríntios 5:7), o cordeiro de Deus (João 1:29); às vezes, as passagens no livro do Apocalipse referem-se a Ele como o Cordeiro. O cordeiro pascal precisava ser de ótima qualidade; Cristo ofereceu-se no melhor de sua idade, não quando era o bebê de Belém. O cordeiro pascal precisava ser isento de todo o defeito; o Senhor Jesus Cristo foi um cordeiro sem mancha; o juiz que o condenou declarou-o inocente. O cordeiro pascal precisava ser colocado à parte quatro dias antes, a fim de denotar a designação do Senhor Jesus para ser o salvador, tanto no propósito como na promessa. O cordeiro pascal precisava ser morto e queimado com fogo, a fim de indicar os penosos sofrimentos do Senhor Jesus até a morte, e morte de cruz. A ira de Deus é como fogo, e Cristo foi feito maldição por nós. Nenhum dos ossos do cordeiro pascal deveria ser quebrado, e isto se cumpriu em Cristo (João 19:33), a fim de indicar a fortaleza não quebrantada do Senhor Jesus.
- 7 Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado. 1 Coríntios 5:7 29 No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29 33 mas vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; João 19:33
Segundo - O espargir do sangue era um tipo. O sangue do cordeiro pascal deveria ser espargido, a fim de indicar a aplicação dos méritos da morte de Cristo às nossas almas; temos que receber a expiação (Romanos 5:11). A fé é o hissopo com que as promessas e os benefícios do sangue de Cristo nos são aplicados. O sangue do cordeiro pascal precisava ser espargido em ambas as ombreiras e na verga da porta, a fim de anunciar a profissão direta de fé em Cristo que temos que fazer. O sangue do cordeiro pascal não deveria ser espargido sobre o umbral, o que nos adverte a termos o cuidado de não pisotearmos o sangue do pacto. É um sangue precioso e deve ser precioso para nós. O sangue do cordeiro pascal, assim espargido, foi um meio definido por Deus para preservar os israelitas do anjo destruidor, que não tinha algo a fazer onde estivesse o sangue. O sangue de Cristo é a proteção do crente quanto à ira de Deus, a maldição da lei, e a condenação do inferno (Romanos 8:1).
- 11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação. Romanos 5:11 1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Romanos 8:1
Terceiro - O ato de comer o cordeiro pascal de modo solene era um tipo de nosso dever para com Cristo no Evangelho. O cordeiro pascal não estava ali somente para ser contemplado, mas para ser comido. Assim, pela fé, devemos apropriarmo-nos do Senhor Jesus Cristo e receber força e alimento espiritual dEle, assim como no aspecto físico o recebemos de nossa comida (João 6:53-55). O cordeiro pascal deveria ser comido por completo; aqueles que pela fé se alimentam de Cristo devem alimentar-se do Cristo completo: devem tomar a Cristo e o seu jugo, a Cristo e a sua cruz, e do mesmo modo a Cristo e a coroa que Ele nos dará.
O cordeiro pascal tinha que ser comido de uma só vez, imediatamente, sem que nada fosse deixado para o dia seguinte, Cristo tem sido oferecido hoje, e deve ser recebido no dia de hoje, antes que durmamos o sono da morte. O cordeiro pascal tinha que ser comido com ervas amargas, a fim de recordar a amargura da escravidão do Egito. Devemos nos alimentar de Cristo sentindo a dor e, com o coração quebrantado, lembrando-nos do perdão que recebemos pelos nossos pecados, Cristo será doce para nós, pois o pecado é amargo. O cordeiro pascal deveria ser comido de pé, todos com o cajado na mão, prontos para partir. Quando nos alimentamos de Cristo pela fé, devemos abandonar o reinado e o domínio do pecado, libertar-nos do mundo e de tudo aquilo que nele há, deixar tudo por amor a Cristo, e não considerá-lo como mau negócio (Hebreus 13:13,14).
A festa dos pães sem fermento era um tipo da vida cristã (1 Coríntios 5:7,8). Após recebermos a Jesus, o Senhor, devemos nos regozijar continuamente nEle. Não deve ser feito qualquer tipo de obra, isto é, não devem ser admitidos e nem abrigados afãs que não estejam de acordo com este santo gozo, ou que o rebaixem. Os judeus eram muito enfáticos em que, durante a Páscoa, nenhum tipo de fermento deveria ser encontrado em suas casas. Deve ser uma festa observada com amor, sem o fermento da malícia; e com sinceridade, sem o fermento da hipocrisia. Era uma ordenança perpétua. À medida que vivemos, devemos nos alimentar de Cristo, regozijar-nos sempre nEle, e mencionar com gratidão as grandes coisas que Ele fez por nós.
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- Análise em Cadeia 4 Hoje, no mês de abibe, vós saís. Êxodo 13:4 15 A festa dos pães ázimos guardarás: sete dias comerás pães ázimos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça perante mim de mãos vazias; Êxodo 23:15 18 A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe; porque foi no mês de abibe que saíste do Egito. Êxodo 34:18 5 No mês primeiro, aos catorze do mês, à tardinha, é a páscoa do Senhor. Levítico 23:5 16 No primeiro mês, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor. Números 28:16 1 Guarda o mês de abibe, e celebra a páscoa ao Senhor teu Deus; porque no mes de abibe, de noite, o Senhor teu Deus tirou-te do Egito. Deuteronômio 16:1 7 No primeiro mês, que é o mês de nisã, no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia e para mês, até o duodécimo, que é o mês de adar. Ester 3:7