Tempos atrás os jornais contaram o caso de uma menina que criara um filhote de onça. Este tinha poucos dias de idade, quando lhe foi dado. A menina cuidava do animalzinho com muito carinho, e os dois passavam muitas horas em animada brincadeira.
Quando a onça se tornou grande, a menina foi advertida do perigo de brincar com aquele animal selvagem. Ela havia, por assim dizer, crescido com a onça e estava certa de que o animal nunca lhe havia de fazer algum mal. Dizia que todos os traços selvagens daquele felídeo haviam sido eliminados por sua associação constante com os humanos.
Um dia a menina, brincando com o animal, feriu o dedo. A onça lambeu o sangue do ferimento. Em questão de segundos aquele manso e gentil companheiro de brinquedos se tornou uma fera selvagem. Derribando sua dona, meteu-lhe as garras e comecou a mordê-la. A menina estava certa de que a natureza da onça se transformara por sua associação com os humanos, mas descobriu que o animal possuía ainda a natureza e o coração de uma fera.
Este caso ilustra a natureza do homem. O homem nasce com natureza basicamente pecaminosa. É-lhe muito mais fácil fazer o que é errado e pecaminoso, do que o que é bom e justo. A educação e cultura podem desenvolver nele alguns sinais exteriores de bom comportamento, mas a natureza má, herdada de Adão, permanecerá.
O terno pai e o marido extremoso podem tornar-se maníacos furiosos, depois de tomar umas taças de álcool. Dizem os psicólogos que essas explosões se devem a impulsos recalcados, contidos pelo domínio próprio, mas que irrompem quando esse domínio fica temporariamente anestesiado. Cristo disse que os guias religiosos de seu tempo eram semelhantes a "sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia." S. Mateus 23:27.
Para estarmos em paz com Deus é preciso que estejam perdoados nossos pecados do passado. Mais do que isso, é preciso que se transforme a natureza má, que produz esses pecados.