"Deus é amor" ( I São João 4:8 ). Apesar disto, o diabo em sua rebelião negou este traço do caráter de Deus e O acusou de injusto, argumentando que exigir fidelidade e obediência à Santa Lei era falta de amor. Quando finalmente conseguiu que o ser humano vivesse à margem da lei, ou sela, que vivesse em pecado ( I São João 3:4 ), e pelo pecado entrasse a dor ( Isaías 24:4-6 ) e finalmente a morte ( Romanos 5:12, 19 ), conseguiu que Deus fosse acusado de injusto por não acabar com tudo isto. Na cruz, porém, Deus exibiu inquestionavelmente Sua justiça e Sua misericórdia. Foi tão justo que não pode tolerar o pecado, pelo que castigou em Cristo, nosso substituto ( Isaías 53:6 ). Ao mesmo tempo expressou tanto amor que "deu Seu Filbo unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" ( São João 3:16 ). Sim, na cruz de Cristo "encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram" ( Salmo 85:10 ).
Satanás, porém, continua infiltrando calúnias contra o caráter de Deus. "Se é bom - dizem alguns - por que castiga e destrói?" "Se é justo - dizem outros - por que permite que o pecado continue?" Mas a Santa Bíblia esclarece ambos os pontos. O Senhor "é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" ( II São Pedro 3:9 ). Ao mesmo tempo diz: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te" ( Apocalipse 3:19 ). Finalmente, esgotados os recursos que conduzem ao arrependimento, em um ato de misericórdia, e por amor de Sua justiça, Deus terá de fazer Sua "obra estranha" ( Isaías 28:21 ), destruindo aos que escolheram viver à margem dos princípios que imperarão no reino eterno (porque Deus é tão justo e misericordioso que respeita o livre-arbítrio e terá que permitir que os rebeldes colham as consequências da decisão que fizeram). Podemos falar de dois momentos em que o amor se expressará na estranha linguagem do castigo: antes do milênio e depois do milênio.