Comentário Bíblico
Adventista
Não as pratica - (cba)
Mateus 7:26
Jesus repete a parábola na forma negativa para dar ênfase ao ensinamento. A repetição é um recurso comum nos ensinos de Jesus. A diferença nos dois casos é apenas o fundamento; todo o restante é igual. É evidente que o homem aqui representado sabia quais poderiam ser as consequências de suas ações (ver com. de Mateus 7:24).
Homem insensato - (cba)
Mateus 7:26
“Insensato porque não fez o que sabia que deveria ser feito (comparar com o homem sem a veste nupcial [Mateus 22:11-13] e com as cinco virgens néscias [Mateus 25:2,3]).
- 11 Mas, quando o rei entrou para ver os convivas, viu ali um homem que não trajava veste nupcial; 12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui, sem teres veste nupcial? Ele, porém, emudeceu. 13 Ordenou então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Mateus 22:11-13 2 Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. 3 Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mateus 25:2,3
Sobre a areia - (cba)
Mateus 7:26
Aquele que não dá ouvidos ao evangelho constrói sobre a instável areia do eu, sobre seus próprios esforços (MDC, 152) e sobre teorias e invenções humanas (DTN, 314).
Nota Adicional a Mateus 7 - (cba)
Mateus 7:1-29
Nos escritos dos eruditos rabínicos se encontram vários paralelos com os ensinos morais e religiosos de Jesus no Sermão do Monte e outras passagens. A pergunta é: até que ponto um depende do outro? Eruditos judeus modernos argumentam que, na maioria, Jesus dependeu da tradição judaica das escolas de Sua época. Tobias Tal (Een Blik in Talmoed en Evangelic, Amsterdã, 1881) declarou que os ensinos morais do NT são encontrados sem exceção no Talmude e, além disso, que o Talmude foi a fonte da qual os evangelhos tomaram emprestados seus ensinos morais. Um erudito judeu moderno afirma que “no evangelho não há sequer um ensinamento ético que não tenha paralelo no Antigo Testamento, nos livros apócrifos ou na literatura do Talmude e do Midrash do período próximo ao de Jesus” (Joseph Klausner, Jesus of Nazareth [traduz.ido por Herbert Danby], p. 384). Ele ainda afirma que “Jesus não apresentou quase nenhum ensinamento ético que fosse fundamentalmente estranho ao judaísmo.
A semelhança é tão extraordinária que quase poderia parecer que os evangelhos foram compostos simples e unicamente do conteúdo do Talmude e do Midrash” (ibid., p. 388, 389). Muitos comentaristas cristãos, embora não sejam tão radicais como os eruditos judeus mencionados acima, ainda citam vários paralelos da literatura rabínica, criando a impressão de que Jesus, na verdade, ensinou pouco além daquilo que já era conhecido aos judeus.
Os paralelos surpreendentes existem; ninguém pode negar. Mas não se deduz necessariamente que Jesus tenha extraído Seus ensinos morais da literatura rabínica. Talvez a comparação mais extensa já feita entre o Novo Testamento e a literatura judaica seja a de Hermann L. Strack e Paul Billerbeck, em Kommentarzum Neuen Testament aus Talmud und Midrasch, uma obra monumental de 4.102 páginas. Visto que os autores são sem dúvida as principais autoridades no assunto, é interessante notar suas observações e conclusões feitas num epílogo dos comentários do Sermão do Monte. Eles observam que, salvo uma exceção (o que disse Hillel, ver com. de Mateus 7:12), os paralelos com o Sermão do Monte atribuídos por nomes a rabinos são todos de mestres rabinos que viveram depois da época de Jesus. Argumenta-se contra isso que muitos dizeres, embora levem os nomes de autores posteriores, são de origem anterior, sendo possível que tenham servido de fonte para Jesus. No entanto, Strack e Billerbeck defendem a regra bem estabelecida de que um dizer que é atribuído a um determinado autor na verdade pertence ao erudito cujo nome leva, a menos que se possa provar, a partir de fontes confiáveis, que esse dizer já existia antes.
Quando se aplica essa regra aos dizeres do Sermão do Monte, torna-se imediatamente evidente que a vasta maioria deles deve ser atribuída a Jesus, visto que Ele viveu antes dos eruditos a quem são atribuídos na literatura rabínica. Não se nega que alguns desses dizeres podem ter sido anteriores, mas cabe a quem assim crê provar em cada caso que o dizer é de fato mais antigo.
Examinemos por um momento o outro lado da questão. Até que ponto Jesus pode ter sido a fonte de alguns dos dizeres da literatura rabínica? Strack e Billerbeck observam evidências de que os eruditos tanaíticos [rabinos pertencentes à era tanaítica, do primeiro ao segundo século d.C.] mais antigos, que viveram por volta de 100 d.C., conheciam bem alguns dos ensinos de Jesus. Por exemplo, a declaração de Mateus 5:17 é mencionada num debate entre Gamaliel II (c. 90 d.C.) e um cristão (Shabbath, 116a, 116b, ed. Soncino, Talmude, p. 571). Não se pode avaliar a influência que Jesus teve no desenvolvimento do pensamento judaico, em especial, durante os primeiros anos em que a sinagoga e a igreja estavam estreitamente relacionadas. Podem-se considerar os seguintes dizeres como uma análise justa da situação: “Sugeriu-se, embora dificilmente se possa provar, que as críticas feitas por Jesus, posteriormente quando sua origem tinha sido esquecida, pudessem ter tido algum papel no desenvolvimento do código judaico à medida que este tomou forma na Mishnah e no Talmude” (H. D. A. Major, T. W. Manson, e C. J. Wright, The Mission and Message of Jesus, p. 304).
Quando se recorda que a porcentagem de dizeres rabínicos que não se baseia total ou parcialmente num texto bíblico é mínima, não é de se surpreender que se encontrem paralelos entre esses dizeres e os de Jesus, que deu origem ao AT. Em todos os tempos, quando homens piedosos permitiram que o Espírito Santo, que inspirou os escritos do AP, os influenciasse, suas palavras refletiram a luz do Céu. De fato, essa observação explica por que filósofos que atuaram fora da área da religião revelada, tais como Confúcio e Platão, frequentemente apresentaram ideais elevados. Jesus é a “verdadeira luz, que vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (João 1:9; cf. DTN, 465).
Embora existam paralelos entre os dizeres de Jesus e os de eruditos judeus ao mesmo tempo, há diferenças importantes, como observam Strack e Billerbeck. Nenhum erudito judeu posterior deixou tantos dizeres morais e religiosos como Jesus. Nenhum erudito judeu posterior foi capaz de apresentar seus dizeres de forma breve e com a autoridade que admiramos tanto nos ensinos de Jesus. Acima de tudo, ninguém teve os mesmos objetivos de Jesus, e nisso está a principal diferença, a despeito de todas as semelhanças. Jesus se opôs diretamente à doutrina farisaica da salvação pelas obras, e ensinou com destemor a impropriedade da justiça legalista. Ao mesmo tempo, mostrou a Seu povo um novo caminho que conduz a uma justiça mais elevada. A literatura rabínica dá evidência incontestável de que a religião dos judeus, conforme apresentada pelos rabis, era uma religião em que a redenção era obtida por conta própria. O cristianismo, por outro lado, não está centrado numa coleção particular de verdades éticas e de ensinos, mas em Jesus somente, Sua pessoa e obra.
A importância espiritual dos ensinos de Jesus não deve ser medida simplesmente por seus grandes princípios morais. Muitos deles já tinham sido apresentados no AT ou nos dizeres de homens que foram, em diferentes níveis, iluminados pela luz do Céu. Cristo falava como homem algum jamais falou e com uma autoridade que chamava atenção. A diferença marcante de nosso Senhor é o fato de Ele ser divino, ao passo que os outros mestres eram humanos. Ele não veio apenas para dizer como se deve viver, mas também para dar poder para se viver como ordenou. Ele não veio apenas para mostrar que o pecado é mau e que a justiça é o verdadeiro alvo da vida, mas veio para apagar pecados passados e dar aos seres humanos a justiça que provém do Céu. Isso mestres humanos não poderiam fazer. Na melhor das hipóteses, poderiam apontar aos seres humanos um caminho melhor. Mas Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida’’ (João 14:6). Pelo Pai, Ele tornou-Se para nós “sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Coríntios 1:30).
- 6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 1 Coríntios 1:30
Jesus é a “verdadeira luz” (João 1:9). Ele é a fonte de toda luz verdadeira, não o refletor da luz de outrem (ver com. de João 1:9; João 5:35). Tudo o que é bom e nobre tem origem nEle e conduz a Ele.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
as pratica
Mateus 7:24-27
As obras serão evidências no Juizo de Deus (ver Mateus 16:27; Romanos 2:6,13; Tiago 2:12).
- 27 Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras. Mateus 16:27 6 que retribuirá a cada um segundo as suas obras; 13 Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei Romanos 2:6,13 12 Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como havendo de ser julgados pela lei da liberdade. Tiago 2:12
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Mateus 7:21-29
Aqui o Senhor nos mostra que não bastará reconhecê-lo como nosso Senhor só de palavra e língua. É necessário, para nossa felicidade, que creiamos em Cristo, que nos arrependamos do pecado, que vivamos uma vida santa, que nos amemos uns aos outros. Esta é a sua vontade, a nossa santificação.
Tenhamos o cuidado de não nos apoiarmos em privilégios e obras exteriores, para que não aconteça que nos enganemos e pereçamos eternamente com uma mentira em nossa destra, como multidões o fazem. Que cada um que invoca o nome de Cristo se afaste de todo pecado. Há outros cuja religião descansa no puro ouvir, sem ir mais além; suas cabeças estão cheias de noções vazias. Estas duas classes de ouvintes estão representadas pelos dois construtores.
Esta parábola nos ensina a ouvir e a cumprir os ensinos do Senhor Jesus; alguns destes podem parecer duros para carne e sangue, mas devem ser cumpridos. Cristo está posto como fundamento, e tudo que esteja fora de Cristo é areia. Alguns constroem suas esperanças na prosperidade mundana; outros, em uma profissão exterior de religião. Sobre estas se arriscam, porém, todas estas são areia, demasiadamente fracas para suportar algo como as nossas esperanças quanto ao céu.
Há uma tempestade que chegará e provará a obra de todo o homem. Quando Deus tira a alma, onde está a esperança do hipócrita? A casa foi destruída pela tempestade quando o construtor mais precisava dela, e esperava que fosse um refúgio. Caiu quando era tarde demais para construir outra. Que o Senhor nos faça construtores sábios para a eternidade. Então, nada nos separará do amor de Cristo Jesus.
As multidões ficavam atônitas diante da sabedoria e poder da doutrina de Cristo. Este sermão, tão frequentemente lido, é sempre novo. Cada palavra prova que seu Autor é divino. Sejamos cada vez mais decididos e fervorosos, e façamos de cada uma destas bem-aventuranças e graças cristãs, o tema principal de nossos pensamentos por semanas seguidas. Não repousemos sobre desejos gerais e confusos a este respeito, pelos quais podemos captar tudo, mas sem reter nada.
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- Análise em Cadeia 30 Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade eu tinha dito que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente. Mas agora o Senhor diz: Longe de mim tal coisa, porque honrarei aos que me honram, mas os que me desprezam serão desprezados. 1 Samuel 2:30 1 Toda mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém, derruba-a com as suas mãos. Provérbios 14:1 9 Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles? Jeremias 8:9 49 Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a torrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa. Lucas 6:49 20 Mas queres saber, ó homem vão, que a fé sem as obras é estéril? Tiago 2:20