Comentário Bíblico
Adventista
Jonas - (cba)
Jonas 1:1
Embora o livro não afirme que Jonas seja o autor, a visão tradicional tem sido de que ele o é. Alguns estudiosos têm favorecido a autoria pós-exílica, embora isso não negue necessariamente a historicidade de Jonas. No entanto, argumentos usados, como a presença de traços do aramaico, são inconclusivos. O estudo do ugarítico tem demonstrado a antiguidade de muitas expressões e palavras antes consideradas de data bem posterior (ver com. de Salmos 2:12). O uso da terceira pessoa é também um argumento insuficiente, visto que escritores antigos como Xenofonte e César empregaram essa forma narrativa. Autores bíblicos também, às vezes, utili zaram a terceira pessoa (Isaías 7:3; Isaías 20:2; Jeremias 20:1,3; Jeremias 26:7; Daniel 1:6,7,8,9,10,11,17,19,21; Daniel 2:14-20; etc.; ver com. de Esdras 7:28).
- 12 Beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho; porque em breve se inflamará a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam. Salmos 2:12 3 Então disse o Senhor a Isaías: saí agora, tu e teu filho Sear-Jasube, ao encontro de Acaz, ao fim do aqueduto da piscina superior, na estrada do campo do lavandeiro, Isaías 7:3 2 falou o Senhor, naquele tempo, por intermédio de Isaías, filho de Amoz, dizendo: Vai, solta o cilício de teus lombos, e descalça os sapatos dos teus pés. E ele assim o fez, andando nu e descalço. Isaías 20:2 1 Ora Pasur, filho de Imer, o sacerdote, que era superintendente da casa do Senhor, ouviu Jeremias profetizar estas coisas. 3 No dia seguinte, quando Pasur o tirou do cepo Jeremias lhe disse: O Senhor não te chama Pasur, mas Magor-Missabibe. Jeremias 20:1,3 7 E ouviram os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, a Jeremias, anunciando estas palavras na casa do Senhor. Jeremias 26:7 6 Ora, entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. 7 Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abednego. 8 Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar. 9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. 10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois veria ele os vossos rostos mais abatidos do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim poríeis em perigo a minha cabeça para com o rei. 11 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia posto sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: 17 Ora, quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e em toda a sabedoria; e Daniel era entendido em todas as visões e todos os sonhos. 19 Então o rei conversou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso ficaram assistindo diante do rei. 21 Assim Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro. Daniel 1:6,7,8,9,10,11,17,19,21 14 Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de Babilônia; 15 pois disse a Arioque, capitão do rei: Por que é o decreto do rei tão urgente? Então Arioque explicou o caso a Daniel. 16 Ao que Daniel se apresentou ao rei e pediu que lhe designasse o prazo, para que desse ao rei a interpretação. 17 Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, 18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o resto dos sábios de Babilônia. 19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; pelo que Daniel louvou o Deus do céu. 20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força. Daniel 2:14-20 28 e que estendeu sobre mim a sua benevolência perante o rei e os seus conselheiros e perante todos os príncipes poderosos do rei. Assim encorajado pela mão do Senhor, meu Deus, que estava sobre mim, ajuntei dentre Israel alguns dos homens principais para subirem comigo. Esdras 7:28
Jonas é identificado como um nativo de Gate-Hefer (2 Reis 14:25) que previu a prosperidade da nação de Israel. A prosperidade se deu nos dias de Jeroboão 11 (cerca de 793-753 a.C.). Assim, as profecias devem ter sido recebidas antes ou logo após o início do reinado de Jeroboão 11. Gate-Hefer ficava na fronteira do território de Zebulom, 4,4 km ao norte pelo lado leste de Nazaré. Esse local é Khirbet ez-Zurra'. Alega-se que uma tumba próxima seja a de Jonas; atualmente, é um local de visitação pública. Nada mais se sabe sobre Jonas do que o revelado nessa breve menção histórica em 2 Reis e no seu próprio livro. Também nada se sabe sobre seu pai, Amit ai.
O período em que Jonas profetizou foi uma época de grande angústia nacional (2 Reis 14:26,27). Os reis que se assentaram no trono de Israel fizeram tudo o que era mau aos olhos do Senhor, e o julgamento da nação se aproximava. Por meio de Jonas, o Senhor previu o retorno da força nacional. Parece que o alívio que se seguiu foi planejado como um incentivo para a nação voltar para Deus. A prosperidade foi uma demonstração do que a nação 1 podia alcançar sob a bênção do Deus dos céus. No entanto, apesar da bênção divina, Jeroboão "fez o que era mau aos olhos do SENHOR" (2 Reis 14:24, ARC), assim como seus sucessores. Os reis da Assíria, durante o reinado de Jeroboão II, de acordo com a cronologia empregada neste Comentário, foram Adad-Nirari III (810-782 a.C.), Salmaneser IV (782-772), Assur-Dan III (772-754) e Assur-Nirari V (754-746). Há evidências que, possivelmente, indiquem que, durante o reinado de Adad-Nirari III, tenha ocorrido uma revolução religiosa. Nabu (Nebo), o deus de Borsipa, parece ter sido proclamado único ou, pelo menos, o deus principal. Alguns veem uma possível conexão entre esta revolução monoteísta e a missão de Jonas em Nínive.
- 26 Porque viu o Senhor que a aflição de Israel era muito amarga, e que não restava nem escravo, nem livre, nem quem socorresse a Israel. 27 E ainda não falara o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do céu; porém o livrou por meio de Jeroboão, filho de Jeoás. 2 Reis 14:26,27 24 E fez o que era mau aos olhos do Senhor; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com os quais ele fizera Israel pecar. 2 Reis 14:24
Amitai - (cba)
Jonas 1:1
O nome é derivado do heb 'emeth, que significa "fidelidade" ou "verdade". Amitai é mencionado apenas aqui e em 2 Reis 14:25.
Nota Adicional a Jonas 1 - (cba)
Jonas 1:1-17
Nínive era uma das mais antigas cidades da Assíria, a Ninua assíria. De acordo com o registro bíblico, seu fundador foi Ninrode (ver com. de Gênesis 10:11). Evidências arqueológicas também atestam sua antiguidade. Várias vezes, em sua história de muitos séculos, Nínive serviu como capital do reino assírio, que alcançou sua maior importância durante o período do império, a partir do 9° para o 7° século a.C., especialmente durante o reinado de Senaqueribe, que a transformou na cidade mais gloriosa de seu tempo. A partir da descrição do layout geral e dos palácios da cidade, pode-se ter uma ideia da antiga metrópole. Desde 612 a.C., quando os babilônios e os medos destruíram Nínive completamente, a cidade permaneceu em ruínas. Mesmo a localização foi esquecida até ser redescoberta em meados do século 19.
Nínive ficava na margem oriental do rio Tigre, em frente à atual cidade de Mosul. Antigamente, o rio corria ao longo do muro ocidental da cidade e, assim, formou uma proteção adicional daquele lado. Desde então, o rio mudou seu curso, e corre cerca de 500 m a oeste de seu antigo leito.
Dois montes de ruínas dentro da área de Nínive cobrem os principais palácios e templos da antiga cidade. Um deles é Nebi Yunus, sob o qual o palácio de Esaradon está enterrado. O outro monte, Kuyunjih, contém as ruínas dos palácios de Senaqueribe e de Assurbanípal. Nebi Yunus tem sido pouco explorado pela arqueologia. Uma aldeia fica em cima desse sítio, bem como o túmulo tradicional do profeta Jonas, o que torna impossível ao arqueólogo trabalhar nesse monte. Kuyunjih, por outro lado, tem sido alvo de várias explorações . O trabalho nesse monte foi iniciado em 1840, por Paul Emile Botta. Peças dos palácios de Assurbanípal e Senaqueribe já foram descobertas. No palácio de Assurbanípal, Austen Henry Layard e Hormuzd Rassam encontraram uma biblioteca real com cerca de 20 mil tabletes, que é atualmente um dos principais tesouros do Museu Britânico. Estes textos revelaram muito sobre a história, a cultura e a religião dos povos antigos da Mesopotâmia.
A dimensão da antiga Nínive pode ser estabelecida com segurança porque os muros da cidade ainda são claramente visíveis, mesmo em seu estado arruinado. Sob a forma de elevações interrompidas por lacunas onde os portões se encaixavam, essas paredes podem ser vistas a uma grande distância. O perímetro chega a cerca de 12 km, e a área de 660 hectares dá ao mapa a aparência de um triângulo irregular e alongado.
Um prisma de argila octogonal descreve a atividade de construção de Senaqueribe, que ampliou a cidade, muito tempo depois de Jonas. Ali há o nome das 15 portas da cidade, das quais sete estavam nos muros sul e leste, três no muro norte, e cinco no muro ocidental. Durante suas escavações, Layard encontrou uma das portas do norte em bom estado de conservação, ladeada por touros colossais, que ele deixou em sua posição original. Visitantes ainda podem vê-la ali. Duas elevações na parede, cobrindo torres de vigia, atingem uma altura de 18 metros. O muro oriental, levemente inclinado, tem 5,1 km de extensão, 4,3 km a oeste, 1,9 km ao norte e 8,0 km ao sul. O muro, de acordo com a descrição de Senaqueribe, tinha 12m de largura e 18 de altura. Do lado les te, Nínive es tava protegida não apenas por seus muros, mas também por vários aterros paralelos, cujos restos ainda são visíveis.
Alguns estimam que a população da cidade murada era de 160 mil habitantes. Não se sabem quantas pessoas viviam fora dos muros. Alguns escritores interpretam a referência em Jonas 4:11, às 120 mil pessoas que não podiam discernir entre a mão direita e a esquerda, como aplicada apenas às crianças. Eles estimam a população total de Nínive de 600 mil a 2 milhões. Como uma população tão grande não poderia ter vivido dentro de Nínive, eles incluíram na Nínive de Jonas a "cidade de Sargão", hoje chamada de Khorsabad, 19,2 km ao norte de Nínive, e Calá, hoje Nimrud, ao sul de Nínive, na confluência dos rios Zab Maior e Tigre. No entanto, as cidades, embora pertencentes à Assíria, eram unidades separadas com seus muros de proteção e administrações próprias, e nunca são incluídas em Nínive em regi stros históricos antigos.
Consequentemente, alguns comentaristas acreditam que as 120 mil pessoas de Jonas 4:11 são apenas as crianças e que o escritor se refere só à própria Nínive. Assim, eles consideram o livro como fictício. À luz do tamanho real da cidade, Jonas 4:11 pode se referir, de fato, a pessoas que eram incapazes de distinguir entre o certo e o errado (ver com. de Jonas 4:11). Se 120 mil for concebido como uma aproximação do total da população da cidade propriamente dita, seria um número razoável, em comparação com a moderna Mosul, que é só um pouco maior e tem mais de duas vezes essa população.
A declaração feita em Jonas 3:3 de que "Nínive era uma cidade mui importante [ ... ] de três dias para percorrê-la" provavelmente significa que uma pessoa levaria três dias para cobrir todo o seu território, subindo e descendo ruas, a fim de alcançar a todas as pessoas que viviam dentro de seus muros.
Além disso, deve-se lembrar que, para um israelita da Palestina, Nínive era uma cidade que não se podia comparar em extensão a nenhuma outra cidade conhecida da Ásia Ocidental. Samaria, a capital do reino de Israel, cobria apenas 19 acres (7,7 hectares), e nenhuma outra cidade da Palestina era maior, exceto Jerusalém (ver Nota Adicional a Neemias 3). Para as pessoas provenientes desse país, Nínive, estimada em mais de 600 hectares, era "uma cidade muito grande".
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Jonas 1:1-3
É motivo de tristeza pensarmos em quantos pecados são cometidos nas grandes cidades. A sua maldade, como a de Nínive, é uma afronta aberta e direta a Deus. lonas deveria partir imediatamente para Nínive, e, estando ali, deveria clamar contra a maldade dos seus habitantes.
Jonas não quer ir. Provavelmente existam entre nós muitos que não teriam rejeitado uma missão como esta. Parece que a providência divina deu-lhe uma oportunidade para que escapasse; nós podemos sair do caminho de nosso dever, e até mesmo encontrarmos um vento favorável. O caminho fácil nem sempre é o caminho reto. Observemos o que acontece aos melhores homens, quando o Senhor Deus os deixa entregues a si mesmos; e a necessidade que temos, quando nos chega a Palavra do Senhor, de ter o seu Espírito para que este leve cativo cada um dos nossos pensamentos à obediência a Cristo.
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- Análise em Cadeia 25 Foi ele que restabeleceu os termos de Israel, desde a entrada de Hamate até o mar da Arabá, conforme a palavra que o Senhor, Deus de Israel, falara por intermédio de seu servo Jonas filho do profeta Amitai, de Gate-Hefer. 2 Reis 14:25 39 Mas ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas; Mateus 12:39 4 Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. E, deixando-os, retirou-se. Mateus 16:4 29 Como afluíssem as multidões, começou ele a dizer: Geração perversa é esta; ela pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o de Jonas; 30 porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, também o Filho do homem o será para esta geração. 32 Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas; e eis aqui quem é maior do que Jonas. Lucas 11:29,30,32