Comentário Bíblico
Adventista
Chama teu marido - (cba)
João 4:16
Depois de haver despertado o desejo pela “água viva” (João 4:15), Jesus então mudou o tema da conversa. Seu objetivo, em João 4:16-20, era despertar na mulher uma convicção de sua urgente necessidade dessa água (ver com. de João 4:7). Ele fez isso focalizando a atenção dela nos segredos de sua vida. Ela ainda não estava pronta para receber a “água viva" que pedia de maneira casual (João 4:15). Primeiramente era preciso que fossem removidas as águas estagnadas do pecado. A velha vida de pecado precisava morrer antes que a nova vida de justiça pudesse começar; as duas não podiam coexistir (cf. Tiago 3:11,12).
- 15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. João 4:15 16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. 17 Respondeu a mulher: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; 18 porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. 19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. 20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. João 4:16-20 7 Veio uma mulher de Samária tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá- me de beber. João 4:7 11 Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? 12 Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. Tiago 3:11,12
No entanto, a mulher tentou impedir Jesus de descobrir sua vida, negando ter um marido. Ela preferia não discutir assuntos particulares com um estranho. Jesus reconheceu que a declaração da mulher era correta (João 4:17), mas deu evidências de saber muito mais sobre ela do que ela estava disposta a revelar (João 4:18). Assim, Ele a convenceu de que era um profeta (ver com. de João 4:10) e de que ela era uma grande pecadora. A mulher habilmente evitou que Jesus fizesse ainda mais afirmações sobre sua vida ao desviar outra vez a conversa dela própria para Jesus (João 4:19) e, depois, para uma controvérsia geral sobre religião (João 4:20). Como toda pessoa culpada de erro ou pecado, ela procurava se esquivar.
- 17 Respondeu a mulher: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; João 4:17 18 porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. João 4:18 10 Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva. João 4:10 19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. João 4:19 20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. João 4:20
As tentativas de se desviar a conversa de uma verdade indesejada para tópicos religiosos irrelevantes ou triviais são evidências de que a pessoa se convenceu de que será necessária uma mudança dos padrões de pensamento e de vida. Ela faz, então, esíorços desesperados para se desviar da verdade ou para encontrar formas de ignorá-la ou rejeitá-la. O que é preciso, porém, não é que sejam esclarecidas questões apresentadas para um debate. Jesus não perdeu tempo discutindo Seu status como “profeta” nem o assunto do local apropriado para a adoração. Em vez disso, simplesmente dirigiu a atenção da mulher (1) para o espírito da verdadeira adoração e (2) para Si mesmo como o Messias. Essas são as questões necessárias para levar as pessoas à decisão (ver com. de João 4:21).
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
João 4:4-26
Havia muito ódio entre os samaritanos e os judeus. o caminho que Cristo percorreria da Judéia, em direção à Galiléia, passava por Samaria. Não devemos ir a lugares que podem nos trazer tentações, a não ser quando somos por alguma razão obrigados a isto, e, então, não devemos permanecer nestes lugares, mas apressar-nos a passar por eles.
Aqui temos nosso Senhor Jesus Cristo sujeito à fatiga que é comum aos viajantes. Assim vemos que possuía verdadeiramente a natureza humana. o trabalho que esgota as forças veio por causa do pecado; portanto, Cristo, tendo-se feito maldição por nossa causa, esteve sujeito a isto. Além do mais, como pobre, fez todas as suas viagens a pé. Cansado, pois, sentou-se junto ao poço. Não tinha uma almofada para nela descansar. Assim sentou-se, como alguém que se senta cansado por causa de uma viagem. Com toda a segurança, devemos nos submeter rapidamente a sermos como o Filho de Deus em todas as situações como estas.
Cristo pediu água à mulher. Ela se sentiu surpresa porque Ele não demonstrou a ira de sua nação contra os samaritanos. os homens moderados de todas as partes são os homens que causam espanto. Cristo aproveitou a ocasião para ensinar-lhe verdades divinas: converteu esta mulher demonstrando-lhe a ignorância e a pecaminosidade em que vivia, bem como a necessidade que tinha do Salvador. É feita alusão ao Espírito Santo, quando o Senhor fala da água viva. Com esta comparação, a bênção do Messias havia sido prometida no Antigo Testamento. A graça do Espírito e as suas consolações satisfazem a alma sedenta, conhecedora de sua própria natureza e necessidade.
Aquilo que foi dito por Jesus de modo figurado, foi compreendido pela mulher de modo literal. Cristo destaca que a água do poço de Jacó satisfazia brevemente. Tornaremos a ter sede, não importa quais sejam as águas de consolação que bebamos. Porém, àqueles que participam do Espírito de graça e da consolação do Evangelho jamais faltará abundante satisfação à alma. os corações carnais não contemplam algo mais elevado do que as metas carnais. Dá-me, disse ela, não para que tenha a vida eterna proposta por Cristo, mas para que não tenha mais que vir aqui para buscar água.
A mente carnal é muito engenhosa para mudar as convicções e impedir que outras sejam estimuladas; porém, nosso Senhor Jesus dirige de modo muito claro a convicção de pecado e a consciência desta! Repreendeu-a severamente por causa do estado de sua vida naquela ocasião.
A mulher reconheceu que o Senhor Jesus Cristo era profeta. o poder de sua Palavra para esquadrinhar o coração e convencer a consciência de coisas secretas, é prova da autoridade divina.
Pensar que as coisas pelas quais lutamos desaparecem, deveria aplacar as nossas contendas. o motivo da adoração continuava sendo o mesmo; deveriam adorar a Deus como Pai; porém, será colocado um fim a todas as diferenças quanto ao lugar de adoração. A razão nos ensina a considerar a decência e a conveniência nos lugares aonde adoramos ao Senhor, porém a religião não dá preferência a um lugar em detrimento de outro, quanto à santidade e a aprovação de Deus.
Os judeus tinham por certo a razão. Aqueles que obtiveram certo conhecimento de Deus por meio das Escrituras, sabem a quem adoram. A Palavra da salvação pertencia aos judeus, e chegou a outras nações através deles. Cristo preferiu, com justiça, a adoração judaica em detrimento da adoração samaritana, mas aqui fala do anterior como algo que logo terminará. Deus estava por ser revelado como o Pai de todos os crentes que viviam em todas as nações.
O espírito ou a alma do homem, influenciado pelo Espírito Santo, deve adorar a Deus e ter comunhão com Ele. Os afetos espirituais, como se demonstram nas fervorosas orações, súplicas e ação de graças, constituem a adoração de um coração reto, no qual Deus se deleita e é glorificado.
A mulher estava disposta a deixar a questão sem uma decisão até a vinda do Messias, mas Cristo disse-lhe: "Eu o sou, eu que falo contigo". Aquela mulher era uma samaritana, uma estrangeira hostil; o simples ato de falar com ela já seria considerado um desprestígio para o Senhor Jesus. contudo, Ele revelou-se a esta mulher com mais plenitude do que havia feito a qualquer um de seus discípulos. Nenhum pecado cometido no passado é capaz de impedir que sejamos aceitos por Ele, se nos humilharmos em sua presença, crendo nEle como sendo o Cristo, o Salvador do mundo.
- Veja também

O Desejado de Todas as Nações, Pág. 817

O Desejado de Todas as Nações, Pág. 187

Exaltai-O, Pág. 201

Atos dos Apóstolos, Pág. 560
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- Análise em Cadeia 18 porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. João 4:18 42 E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). 47 Jesus, vendo Natanael aproximar-se dele, disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! 48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira. João 1:42,47,48 24 Mas o próprio Jesus não confiava a eles, porque os conhecia a todos, 25 e não necessitava de que alguém lhe desse testemunho do homem, pois bem sabia o que havia no homem. João 2:24,25 17 Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas- me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. João 21:17 13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas. Hebreus 4:13 23 e ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações; e darei a cada um de vós segundo as suas obras. Apocalipse 2:23