Comentário Bíblico
Adventista
Quatro anjos - (cba)
Apocalipse 9:14
Antes, o profeta vira quatro anjos com poder para impedir que os ventos soprassem (Apocalipse 7:1). Eles tinham poder global; já os quatro mencionados aqui parecem agir de maneira localizada.
A maioria dos comentaristas que aplica a quinta trombeta aos sarracenos identifica os turcos na sexta. Alguns deles relacionam os quatro anjos aos quatro sultões do império turco (otomano): Alepo, Icônio, Damasco e Bagdá. Outros enxergam nestes anjos a totalidade das forças destruidoras que atacaram o mundo ocidental.
Que se encontram atados - (cba)
Apocalipse 9:14
Literalmente, “foram atados’’. Estes anjos foram impedidos de executar sua obra de juízo até que soasse a sexta trombeta.
Eufrates - (cba)
Apocalipse 9:14
Os comentaristas que aplicam a sexta trombeta aos turcos costumam interpretar o Eufrates de maneira literal, no sentido de que foi partindo da região do Eufrates que os turcos invadiram o império bizantino. Todavia, uma vez que os nomes Sodoma, Egito (Apocalipse 11:8) e Babilônia (Apocalipse 14:8; Apocalipse 17:5; Apocalipse 18:2,10,21) são usados de maneira simbólica no Apocalipse, outros eruditos defendem que o Eufrates também deve ser compreendido de maneira simbólica (ver com. de Apocalipse 16:12). Alguns deles observam que, para os israelitas, o Eufrates era a fronteira setentrional da terra que idealmente ocupariam (Deuteronômio 1:7,8) e que, no auge de seu poder, dominaram, pelo menos até certo ponto (ver com. de 1 Reis 4:21). Além do Eufrates, ficavam as nações pagãs do norte que, em diversas ocasiões, atacaram e subjugaram Israel (ver com. de Jeremias 1:14). De acordo com esse ponto de vista, o Eufrates significa aqui uma fronteira além da qual Deus contém as forças que executam Seu juízo durante a sexta trombeta.
- 8 E jazerão os seus corpos na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado. Apocalipse 11:8 8 Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. Apocalipse 14:8 5 e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. Apocalipse 17:5 2 E ele clamou com voz forte, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e guarida de toda ave imunda e detestável. 10 e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento. 21 Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada. Apocalipse 18:2,10,21 12 O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente. Apocalipse 16:12 7 Voltai-vos, ponde-vos a caminho, e ide à região montanhosa dos amorreus, e a todos os lugares vizinhos, na Arabá, na região montanhosa, no vale e no sul; à beira do mar, à terra dos cananeus, e ao Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates. 8 Eis que tenho posto esta terra diante de vós; entrai e possuí a terra que o Senhor prometeu com juramento dar a vossos pais, Abraão, Isaque, e Jacó, a eles e à sua descendência depois deles. Deuteronômio 1:7,8 21 E dominava Salomão sobre todos os reinos, desde o rio até a terra dos filisteus e até o termo do Egito; eles pagavam tributo, e serviram a Salomão todos os dias da sua vida. 1 Reis 4:21 14 Ao que me disse o Senhor: Do norte se estenderá o mal sobre todos os habitantes da terra. Jeremias 1:14
Outros ainda relacionam o Eufrates à Babilônia mística. Mais à frente, o Apocalipse retrata a apostasia final como a Babilônia mística (Apocalipse 17:5) e chama a atenção para o fato de ela estar assentada “sobre muitas águas" (Apocalipse 17:1). A Babilônia histórica se encontrava literalmente situada sobre as águas do Eufrates. Por isso, argumentam que o Eufrates neste versículo simbolizaria o domínio do poder representado como Babilônia mística (ver com. de Apocalipse 16:12).
- 5 e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. Apocalipse 17:5 1 Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; Apocalipse 17:1 12 O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente. Apocalipse 16:12
Nota Adicional a Apocalipse 9 - (cba)
Apocalipse 9:1-21
Um dos primeiros estudiosos da Bíblia a identificar os turcos com o poder retratado na sexta trombeta foi o reformador suíço Heinrich Bullinger (m. 1575 d.C.), embora Martinho Lutero já houvesse mencionado que essa trombeta simbolizava os muçulmanos. No entanto, os comentaristas divergem bastante quanto à data desta e da quinta trombeta. Uma maioria decisiva liga a quinta trombeta ao período de ascensão dos sarracenos, e a sexta, ao auge dos turcos seljúcidas ou otomanos.
Em 1832, Guilherme Miller propôs uma nova abordagem à datação dessas trombetas, ligando-as cronologicamente (no quinto artigo de uma série publicada no periódico Telegraph, de Vermont). Com base no princípio dia-ano (ver com. de Daniel 7:25), Miller calculou que os cinco meses da quinta trombeta (Apocalipse 9:5) correspondiam a 150 anos literais. A hora, o dia, o mês e o ano da sexta trombeta seriam equivalentes a 391 anos e 15 dias. Muitos comentaristas anteriores a Miller haviam realizado os mesmos cálculos, mas não fizeram uma ligação cronológica entre os dois períodos. Miller propôs que o intervalo temporal da sexta trombeta ocorreu logo após o da quinta. Assim, o período inteiro seria de 541 anos e 15 dias. Ele localizou esse período de 1298 d.C., quando ocorreu o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino, a 1839. Portanto, de acordo com seu ponto de vista, as duas trombetas representam os ataques dos turcos otomanos. A quinta simbolizaria sua ascensão e a sexta, seu domínio.
- 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 5 Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. Apocalipse 9:5
Em 1838, Josiah Litch, um dos companheiros de Miller no movimento do segundo advento nos Estados Unidos, revisou as datas de Miller e demarcou a quinta trombeta de 1299 d.C. até 1449, e a sexta, de 1449 a 1840. Litch adotou a data de 27 de julho de 1299 para a batalha de Bafeu, perto da Nicomédia, que ele considerou o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino. Para ele, o ano de 1449 representava o colapso do poder bizantino, pois, no final de 1448, Constantino Paleólogo, o novo imperador bizantino, havia pedido permissão ao sultão turco Murad II, antes de ousar assumir o trono. Na verdade, ele só recebeu a coroa em 6 de janeiro de 1449, após a permissão ser concedida. Litch acreditava que esse período de 150 anos correspondia à época em que os turcos otomanos atormentaram (ver Apocalipse 9:5) o império bizantino.
Conforme já mencionado, Litch definiu 1299 como o início da quinta trombeta; para ser mais exato, 27 de julho de 1299, que era sua data para a batalha de Bafeu. Ele atribuiu à quinta trombeta o período de 150 anos. Isso o levou até 27 de julho de 1449 para o início da sexta trombeta. Acrescentando 391, ele chegou a 27 de julho de 1840. Os quinze dias o fizeram parar no mês de agosto desse ano. Ele predisse que, naquele mês, o poder do império turco seria subjugado. No entanto, a princípio ele não marcou um dia específico em agosto. Pouco antes desse período expirar, declarou que o império turco acabaria em 11 de agosto, exatos quinze dias depois de 27 de julho de 1840.
Naquela época, a atenção do mundo estava voltada para os acontecimentos em torno do império turco. Em junho de 1839, Mohammed Ali, paxá do Egito e nominalmente um vassalo do sultão, havia se rebelado contra seu suserano. Ele derrotou os turcos e capturou a marinha deles. Em meio a essas circunstâncias, o sultão Mahmud II morreu, e os ministros de seu sucessor, Abdul Mejid, propuseram um acordo, segundo o qual Mohammed Ali receberia o paxalato hereditário do Egito, e seu filho Ibrahim passaria a governar a Síria. No entanto, a Grã-Bretanha, França, Áustria, Prússia e Rússia, todas elas, nações com interesses no Oriente Médio, intervieram e insistiram que não fosse feito nenhum acordo entre os turcos e Mohammed Ali sem que fossem consultadas. As negociações se arrastaram até o verão de 1840, quando, em 15 de julho, a Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia assinaram o Tratado de Londres, propondo apoiar com forças armadas os termos sugeridos no ano anterior pelos turcos. Foi por volta dessa época que Litch anunciou sua previsão de que o poder turco chegaria ao fim em 11 de agosto. Nesse dia, o emissário turco chegou a Alexandria com os termos da convenção de Londres. Além disso, embaixadores dos quatro poderes receberam uma mensagem do sultão, perguntando que medidas deveriam ser tomadas em referência a uma circunstância com consequências vitais para seu império. Ele foi informado de que “provisões haviam sido feitas", mas não podia saber do que se tratava. Litch interpretou tais eventos como um reconhecimento, por parte do governo turco, de que seu poder independente havia acabado.
Como esses acontecimentos tiveram lugar no momento especificado pela predição de Litch, eles exerceram forte influência sobre o pensamento daqueles envolvidos no movimento millerita nos Estados Unidos. Na verdade, essa predição de Litch chegou a conferir credibilidade a outras profecias de tempo que ainda não haviam se cumprido, sobretudo a dos 2.300 anos. Portanto, o episódio de 1840 foi um fator-chave para o aumento das expectativas quanto ao segundo advento, que supostamente ocorreria três anos depois (ver GC, 334, 335).
Contudo, comentaristas e teólogos em geral divergem bastante quanto ao significado da quinta e da sexta trombetas. Isso se deve principalmente a problemas em três áreas: (1) o significado do simbolismo em si, (2) o sentido do texto grego e (3) os acontecimentos históricos e as datas envolvidas. No entanto, abordar esses problemas de maneira ampla está além do escopo deste Comentário.
De modo geral, a interpretação adventista da quinta e da sexta trombetas, sobretudo no que se refere ao período envolvido, tem sido alinhada à de Josiah Litch.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
quatro anjos
Apocalipse 9:14
Lembra Apocalipse 7:1-3.
Eufrates
Apocalipse 9:14
Ver Apocalipse 16:12. A fronteira nordeste da terra prometida (Gênesis 15:18). Além dela, ficavam a Babilônia e a Assíria antigas (Isaías 8:5-8).
- 12 O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente. Apocalipse 16:12 18 Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto com Abrão, dizendo: Â tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates; Gênesis 15:18 5 E continuou o Senhor a falar ainda comigo, dizendo: 6 Porquanto este povo rejeitou as águas de Siloa, que correm brandamente, e se alegrou com Rezim e com o filho de Remalias, 7 eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Rio, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; e subirá sobre todos os seus leitos, e transbordará por todas as suas ribanceiras; 8 e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele e chegará até o pescoço; e a extensão de suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel. Isaías 8:5-8
Referências cruzadas
Apocalipse 9:14
Apocalipse 16:12.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Apocalipse 9:13-21
O sexto anjo tocou sua trombeta, e parece que aqui o tema é o poder dos turcos. Seu tempo é limitado. Não só mataram na guerra, mas também trouxeram uma religião destruidora e venenosa. A geração anticristã não se arrependeu com estes espantosos juízos. Da sexta trombeta devemos aprender que de um inimigo da Igreja, Deus pode fazer um açoite, e de outro, uma praga. A idolatria dos remanescentes da igreja oriental e de todas as partes, e os pecados dos cristãos professos, tornam essa profecia e seu cumprimento maravilhosos.
O leitor atento das Escrituras e da história perceberá que a sua fé e esperanças são fortalecidas pelos acontecimentos que em outros aspectos enchem seu coração de angústia e os seus olhos de lágrimas, enquanto vê que os homens que escapam destas pragas não se arrependem de suas más obras; antes prosseguem na idolatria, na maldade e na crueldade, até que a ira venha sobre eles de modo máximo.
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- Análise em Cadeia 2 E vi os sete anjos que estavam em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. 6 Então os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar. Apocalipse 8:2,6 15 E foram soltos os quatro anjos que haviam sido preparados para aquela hora e dia e mês e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. Apocalipse 9:15 12 O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do oriente. Apocalipse 16:12 14 O nome do terceiro rio é Tigre: este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates. Gênesis 2:14 3 Davi também derrotou a Hadadézer, filho de Reobe, rei de Zobá, quando este ia estabelecer o seu domínio sobre o rio Eufrates. 2 Samuel 8:3 63 E acabando tu de ler este livro, atar-lhe-ás uma pedra e o lançarás no meio do Eufrates; Jeremias 51:63 1 Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. Apocalipse 7:1 18 Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto com Abrão, dizendo: Â tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates; Gênesis 15:18 7 Voltai-vos, ponde-vos a caminho, e ide à região montanhosa dos amorreus, e a todos os lugares vizinhos, na Arabá, na região montanhosa, no vale e no sul; à beira do mar, à terra dos cananeus, e ao Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates. Deuteronômio 1:7 4 Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Josué 1:4