Comentário Bíblico
Adventista
Sexto anjo - (cba)
Apocalipse 9:13
Isto é, o segundo “ai” (ver com. de Apocalipse 8:13; Apocalipse 11:14; Apocalipse 9:12).
- 13 E olhei, e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia com grande voz: Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra! por causa dos outros toques de trombeta dos três anjos que ainda vão tocar. Apocalipse 8:13 14 É passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro. Apocalipse 11:14 12 Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais. Apocalipse 9:12
Quatro ângulos - (cba)
Apocalipse 9:13
As evidências textuais se dividem entre esta e a variante "quatro chifres” (sobre os chifres do altar de incenso no templo, ver Êxodo 37:26).
Altar de ouro - (cba)
Apocalipse 9:13
Sem dúvida, trata-se do mesmo altar onde o anjo havia ministrado as orações dos santos (Apocalipse 8:3-5).
Nota Adicional a Apocalipse 9 - (cba)
Apocalipse 9:1-21
Um dos primeiros estudiosos da Bíblia a identificar os turcos com o poder retratado na sexta trombeta foi o reformador suíço Heinrich Bullinger (m. 1575 d.C.), embora Martinho Lutero já houvesse mencionado que essa trombeta simbolizava os muçulmanos. No entanto, os comentaristas divergem bastante quanto à data desta e da quinta trombeta. Uma maioria decisiva liga a quinta trombeta ao período de ascensão dos sarracenos, e a sexta, ao auge dos turcos seljúcidas ou otomanos.
Em 1832, Guilherme Miller propôs uma nova abordagem à datação dessas trombetas, ligando-as cronologicamente (no quinto artigo de uma série publicada no periódico Telegraph, de Vermont). Com base no princípio dia-ano (ver com. de Daniel 7:25), Miller calculou que os cinco meses da quinta trombeta (Apocalipse 9:5) correspondiam a 150 anos literais. A hora, o dia, o mês e o ano da sexta trombeta seriam equivalentes a 391 anos e 15 dias. Muitos comentaristas anteriores a Miller haviam realizado os mesmos cálculos, mas não fizeram uma ligação cronológica entre os dois períodos. Miller propôs que o intervalo temporal da sexta trombeta ocorreu logo após o da quinta. Assim, o período inteiro seria de 541 anos e 15 dias. Ele localizou esse período de 1298 d.C., quando ocorreu o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino, a 1839. Portanto, de acordo com seu ponto de vista, as duas trombetas representam os ataques dos turcos otomanos. A quinta simbolizaria sua ascensão e a sexta, seu domínio.
- 25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Daniel 7:25 5 Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. Apocalipse 9:5
Em 1838, Josiah Litch, um dos companheiros de Miller no movimento do segundo advento nos Estados Unidos, revisou as datas de Miller e demarcou a quinta trombeta de 1299 d.C. até 1449, e a sexta, de 1449 a 1840. Litch adotou a data de 27 de julho de 1299 para a batalha de Bafeu, perto da Nicomédia, que ele considerou o primeiro ataque dos turcos otomanos ao império bizantino. Para ele, o ano de 1449 representava o colapso do poder bizantino, pois, no final de 1448, Constantino Paleólogo, o novo imperador bizantino, havia pedido permissão ao sultão turco Murad II, antes de ousar assumir o trono. Na verdade, ele só recebeu a coroa em 6 de janeiro de 1449, após a permissão ser concedida. Litch acreditava que esse período de 150 anos correspondia à época em que os turcos otomanos atormentaram (ver Apocalipse 9:5) o império bizantino.
Conforme já mencionado, Litch definiu 1299 como o início da quinta trombeta; para ser mais exato, 27 de julho de 1299, que era sua data para a batalha de Bafeu. Ele atribuiu à quinta trombeta o período de 150 anos. Isso o levou até 27 de julho de 1449 para o início da sexta trombeta. Acrescentando 391, ele chegou a 27 de julho de 1840. Os quinze dias o fizeram parar no mês de agosto desse ano. Ele predisse que, naquele mês, o poder do império turco seria subjugado. No entanto, a princípio ele não marcou um dia específico em agosto. Pouco antes desse período expirar, declarou que o império turco acabaria em 11 de agosto, exatos quinze dias depois de 27 de julho de 1840.
Naquela época, a atenção do mundo estava voltada para os acontecimentos em torno do império turco. Em junho de 1839, Mohammed Ali, paxá do Egito e nominalmente um vassalo do sultão, havia se rebelado contra seu suserano. Ele derrotou os turcos e capturou a marinha deles. Em meio a essas circunstâncias, o sultão Mahmud II morreu, e os ministros de seu sucessor, Abdul Mejid, propuseram um acordo, segundo o qual Mohammed Ali receberia o paxalato hereditário do Egito, e seu filho Ibrahim passaria a governar a Síria. No entanto, a Grã-Bretanha, França, Áustria, Prússia e Rússia, todas elas, nações com interesses no Oriente Médio, intervieram e insistiram que não fosse feito nenhum acordo entre os turcos e Mohammed Ali sem que fossem consultadas. As negociações se arrastaram até o verão de 1840, quando, em 15 de julho, a Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia assinaram o Tratado de Londres, propondo apoiar com forças armadas os termos sugeridos no ano anterior pelos turcos. Foi por volta dessa época que Litch anunciou sua previsão de que o poder turco chegaria ao fim em 11 de agosto. Nesse dia, o emissário turco chegou a Alexandria com os termos da convenção de Londres. Além disso, embaixadores dos quatro poderes receberam uma mensagem do sultão, perguntando que medidas deveriam ser tomadas em referência a uma circunstância com consequências vitais para seu império. Ele foi informado de que “provisões haviam sido feitas", mas não podia saber do que se tratava. Litch interpretou tais eventos como um reconhecimento, por parte do governo turco, de que seu poder independente havia acabado.
Como esses acontecimentos tiveram lugar no momento especificado pela predição de Litch, eles exerceram forte influência sobre o pensamento daqueles envolvidos no movimento millerita nos Estados Unidos. Na verdade, essa predição de Litch chegou a conferir credibilidade a outras profecias de tempo que ainda não haviam se cumprido, sobretudo a dos 2.300 anos. Portanto, o episódio de 1840 foi um fator-chave para o aumento das expectativas quanto ao segundo advento, que supostamente ocorreria três anos depois (ver GC, 334, 335).
Contudo, comentaristas e teólogos em geral divergem bastante quanto ao significado da quinta e da sexta trombetas. Isso se deve principalmente a problemas em três áreas: (1) o significado do simbolismo em si, (2) o sentido do texto grego e (3) os acontecimentos históricos e as datas envolvidas. No entanto, abordar esses problemas de maneira ampla está além do escopo deste Comentário.
De modo geral, a interpretação adventista da quinta e da sexta trombetas, sobretudo no que se refere ao período envolvido, tem sido alinhada à de Josiah Litch.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
Nota
Apocalipse 9:13
A sexta trombeta é paralela à sexta taça de Apocalipse 16:12-16: uma mistrua de vocabulário demoníaco e militar associado a uma referência ao rio Eufrates. Portanto, a sexta trombeta se refere aos acontecimentos que levam à batalha do Armagedom. Pode representar a oposição religiosa a Deus e seu povo no tempo do fim. A sexta trombeta também tem recebido interpretação ligada ao Oriente Médio.
voz
Apocalipse 9:13
Provavelmente a de Cristo.
altar de ouro
Apocalipse 9:13
Ver nota sobre Apocalipse 8:3,4. A intercessão ainda está acontecendo (ver também Apocalipse 10:11; Apocalipse 11:13).
- 3 Veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para que o oferecesse com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está diante do trono. 4 E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. Apocalipse 8:3,4 11 Então me disseram: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis. Apocalipse 10:11 13 E naquela hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu. Apocalipse 11:13
Referências cruzadas
Apocalipse 9:13
Apocalipse 8:3.
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Apocalipse 9:13-21
O sexto anjo tocou sua trombeta, e parece que aqui o tema é o poder dos turcos. Seu tempo é limitado. Não só mataram na guerra, mas também trouxeram uma religião destruidora e venenosa. A geração anticristã não se arrependeu com estes espantosos juízos. Da sexta trombeta devemos aprender que de um inimigo da Igreja, Deus pode fazer um açoite, e de outro, uma praga. A idolatria dos remanescentes da igreja oriental e de todas as partes, e os pecados dos cristãos professos, tornam essa profecia e seu cumprimento maravilhosos.
O leitor atento das Escrituras e da história perceberá que a sua fé e esperanças são fortalecidas pelos acontecimentos que em outros aspectos enchem seu coração de angústia e os seus olhos de lágrimas, enquanto vê que os homens que escapam destas pragas não se arrependem de suas más obras; antes prosseguem na idolatria, na maldade e na crueldade, até que a ira venha sobre eles de modo máximo.
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- Análise em Cadeia 1 O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Apocalipse 9:1 3 Veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para que o oferecesse com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está diante do trono. 4 E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. 5 Depois do anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o lançou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Apocalipse 8:3-5 24 Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Hebreus 9:24 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, Hebreus 10:21 2 O seu comprimento será de um côvado, e a sua largura de um côvado; será quadrado; e de dois côvados será a sua altura; as suas pontas formarão uma só peça com ele. 10 E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as pontas do altar; com o sangue do sacrifício de expiação de pecado, fará expiação sobre ele uma vez no ano pelas vossas gerações; santíssimo é ao Senhor. Êxodo 30:2,10