Comentário Bíblico
Adventista
Que eu edifiquei - (cba)
Daniel 4:30
Estudiosos da história antiga de Babilônia recordam estas palavras arrogantes ao lerem as declarações do rei nas inscrições preservadas em meio ao pó e aos escombros das ruínas de Babilônia. Numa dessas inscrições, o orgulhoso rei proclama: "Então, eu construí o palácio, o assento de minha realeza, o vínculo da raça humana, a morada de júbilo e regozijo" (E. Schrader, K.eilinschriftliche R'" Bibliotheh, vol. 3, parte 2, p. 39). Em outro texto, ele diz: "Na Babilônia, cidade que eu prefiro, que amo, está o palácio, a admiração do povo, o vínculo do país, o palácio brilhante, a morada da majestade no solo de Babilônia" (Ibid, p. 25). As escavações de R. Koldewey mostraram que Nabucodonosor tinha razões humanas para se orgulhar de sua criação, embora não tenham confirmado em todos os detalhes as declarações exageradas de autores clássicos sobre o tamanho da Babilônia antiga (ver Nota Adicional a Daniel4).
A declaração de Nabucodonosor de ter edificado a cidade de Babilônia não deve ser interpretada como referência à fundação da cidade, que aconteceu de fato pouco depois do dilúvio (Gênesis 11:1-9; Gênesis 10:10). A referência é ao grande trabalho de reconstrução que seu pai Nabopolassar começou, e que Nabucodonosor completou. As atividades de Nabucodonosor como construtor foram tão extensas que ofuscaram todos os feitos prévios. Diz-se que se podia ver pouco do que não tinha sido erigido na sua época. Isso era verdade quanto aos palácios, templos, muros e mesmo às residências. O tamanho da cidade foi mais que duplicado com o acréscimo de novas áreas à antiga Babilônia, como subúrbios em ambas as margens do rio Eufrates.
- 1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma. 2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. 3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa. 4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro. 8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra. Gênesis 11:1-9 10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Gênesis 10:10
Nota Adicional a Daniel 4 - (cba)
Daniel 4:1-37
Importantes escavações foram realizadas em Babilônia, desde 1899 até 1917, sob a direção de Robert Koldewey, que trabalhou para a Deutsche Orient-Gesellschaft (Sociedade Oriental Alemã). Descobriram-se algumas das mais importantes áreas do grande sítio de ruínas da antiga Babilônia, embora grandes áreas não tenham sido tocadas nessas escavações. Babilônia foi uma cidade importante da Mesopotâmia desde o despontar da históri a (Gn 11). Hamurábi tinha feito dela a capital de sua dinastia . Como sede do santuário do famoso deus Marduque, foi um centro religioso mesmo durante períodos quando não desfrutava de supremacia política, como, por exemplo, durante o tempo em que a Assíria era o principal poder regional. Quando Nabopolassar reconquistou a independência de Babilônia, a cidade se tornou mais uma vez a metrópole do Oriental Médio. No entanto, foi principalmente sob o governo de Nabucodonosor, o grande edificador do império neobabilônico, que Babilônia se tornou "ajoia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus" (Isaías 13:19).
Foi a cidade de Nabucodonosor que Koldewey desenterrou, durante os 18 anos de escavações alemãs. Não se encontrou praticamente nada dos estágios anteriores da cidade. Para isso atribuíram-se duas razões: (1) a mudança do curso do rio Eufrates elevou o nível da água, de modo que os estratos da cidade antiga estão agora abaixo do nível da água; ed (2) a destruição de Babilônia pelo rei assírio Senaqueribe, em 689 a.C ., foi tão completa que restou pouco da antiga cidade que pudesse ser descoberto por gerações posteriores. Por isso, todas as ruín as atuais visíveis datam do império neobabilônico e de épocas posteriores. Mesmo essas mostram desolação e confusão incomuns, por duas razões: (1) grande parte da cidade foi destruída pelo rei Xerxes, da Pérsia, após duas revoltas babilônicas contra seu governo; e (2) as ruín as de Babilônia foram usadas por Seleuco para construir Seleucia, por volta de 300 a.C. A maior parte das edificações das vilas vizinhas e da cidade de Hilla, bem como a grande represa do rio Hindiya, foram construídas com tijolos de Babilônia.
A despeito dessas desva ntagens, os escavadores tiveram êxito em e scla recer boa parte do desenho da Babilônia de Nabucodonosor. Nisso, eles tiveram ajuda de antigos documentos cuneiformes encontrados durante as escavações. Esses documentos co ntêm descrições detalhadas da cidade, de seus principais edifício s, muros e bairros, de modo que se conhece mais da planta da Babilônia de Nabucodonosor do que de muitas cidades medievais europeias. Portanto, há muita informação di sponível quanto a cidade em cujas ruas Daniel caminhou e a respeito da qual Nabucodonosor proferiu as palavras registradas em Daniel 4:30.
A extensão da antiga Babilônia - Antes que as escavações revelassem a verdadeira dimensão da Babilônia de Nabucodonosor e da mais antiga, eruditos se baseavam na descrição de Heródoto. Esse hi storiador declara ter visitado a Mesopotâmia em meados do 5° século a.C .; e suas declarações, portanto, são com frequência consideradas as de uma testemunha ocular. Ele afirma que (i.178, 179) Babilônia tinha a forma ele um grande quadrado, de 22 km de lado. Essas medidas dariam aos muros da cidade uma extensão total de 88 km, e à cidade em si uma área de quase 490 quilômetros quadrados. Ele também afirma que os muros tinham a espessura de 30m e altura de 104 metros.
Antes que as escavações modernas revelassem o tamanho da antiga Babilônia, os es tudiosos tentavam harmonizar as afirmações de Heródoto com as ruínas visíveis. O assi riologista francês Jules Oppert, por exemplo, procurou explica r a declaração de Heródoto estendendo a área da cidade de Babilônia até incluir a Birs N imrud, 19 km a sudoeste das ruínas de Babilônia, ou a Tell el-Oheimir, 13 km ao leste. Essa explicação é insati sfatóri a. Já nos dias de Oppert, sabia-se que Birs Nimrud é o sítio da antiga Borsipa, e Tell el-Oheimir, o de Kish; ambas cidades famosas e independentes com muros de proteção separados. Visto que jamais se encontrou um muro que rodeasse tanto Babilônia como também Borsipa ou Kish, e uma vez que tal muro não é mencionado em nenhum dos documentos contemporâneos que descreve a cidade antiga, o cálculo de Oppert, baseado na declaração de Heródoto a respeito da extensão dos muros de Babilônia, não pode ser aceito.
As escavações revelaram que, antes da época de Nabucodonosor, a cidade era quase quadrada, com muros de 1,5 km de extensão de cada lado: a cidade interna, no mapa da p. 876. Os palácios e prédios administrativos estavam na parte noroeste da cidade, e ao sul deles ficava o principal conjunto de templos chamado Esagila, dedicado a Marduque, principal deus de Babilônia. O rio Eufrates fluía ao longo do muro ocidental de Babilônia.
Quando Babilônia foi capital do vasto império, no tempo de Nabopolassar e Nabucodonosor, precisou ser aumentada. Construiu-se uma nova área às margens ocidentais do Eufrates. A extensão é conhecida, mas poucas escavações foram realizadas nessa parte. O que se sabe de seus templos e ruas foi reunido a partir de documentos cuneiformes que descrevem essa área. Ela estava ligada à cidade antiga por uma ponte que ficava sobre oito pilares, como revelaram as escavações.
Nabucodonosor também construiu um novo palácio distante e ao norte da antiga cidade, o famoso palácio de verão. Construiu-se um grande muro externo para envolver o palácio. O novo muro ampliou muito a área da cidade. Não existe evidência de um muro ao longo do rio desde o palácio de verão até a antiga área do palácio. Portanto, conclui-se que o rio em si era considerado uma proteção suficientemente forte.
Os muros, que ainda podem ser vistos como monturos grandes e altos, estendiam-se por aproximadamente 20 km. Essa é a extensão total dos muros de ambas as cidades, interna e externa. A circunferência da cidade de Nabucodonosor, incluindo as áreas ribeirinhas, desde o palácio de verão até o setor do antigo palácio, tinha cerca de 15 km.
Escavações modernas mostram que a descrição de Heródoto quanto às dimensões dos muros precisa ser modificada. As fortificações que rodeavam a cidade interna consistiam de muros duplos: o interno, com 6,5 m de espessura, e o externo, com 3,7 m de espessura. O sistema de fortificações externas também era duplo, com um preenchimento de cascalho entre ambos os muros e um caminho na parte superior, de acordo com Heródoto. A espessura de cada um deles era a seguinte: muro interno, 7,1 m; espaço para preencher, 11,2 m; muro externo, 7,8 m, com uma espécie de reforço na base, de 3,3 m de espessura. Portanto, o total da espessura dessa fortificação externa era de 29,4 m. Das suas muitas torres, 15 foram escavadas.
As escavações nada dizem sobre a altura dos muros, visto que restam apenas as bases, e em nenhuma parte têm mais que 12 m, como na porta de Ishtar. Parece inconcebível que mesmo um muro duplo, com a espessura de base de 29 m, possa ter tido 104 m de altura. Não se conhece nenhum tipo de muro de cidade, antiga ou moderna, com essas proporções. Portanto, a declaração de Heródoto com respeito à altura do muro de Babilônia não ~ 3! deve ser considerada literalmente.
Quais as razões para essas inconsistências? É dada a seguinte explicação: Quando Heródoto visitou Babilônia, em grande parte a cidade jazia em ruínas, tendo sido destruída por Xerxes após duas revoltas contra seu governo. Templos, palácios e todas as fortificações foram totalmente demolidos. Na época de sua visita, Heródoto precisou depender de informações orais com respeito às dimensões das antigas construções, a aparência dos edifícios e o tamanho da cidade e dos muros. Visto que não falava a língua dos babilônicos, mas dependia de um guia de fala grega, ele pode, devido a dificuldades de tradução, ter recebido informação inexata. Algumas de suas declarações errôneas podem dever-se a lapsos de memória.
O assiriologista F. M. Th. de Liagre Bohl apresentou outra explicação. Ele sugere que Heródoto pode ter considerado toda a fortaleza de Babilônia, incluindo as áreas que ficavam dentro da região que podia ser inundada em tempos de perigo. Bohl destaca que é extremamente difícil a um leigo distinguir entre os diques de canais secos e o restante de muros de cidades antigas. A única diferença é a ausência de fragmentos de cerâmica nos diques. Há fragmentos de cerâmica em abundância próximos aos antigos muros da cidade. Portanto, deve-se considerar possível que Heródoto tenha tomado por restos dos muros da cidade alguns dos muitos diques (ver Ex Oriente Lux, n. 10, 1945-48, p. 498, n. 28).
Embora a antiga Babilônia não tivesse o tamanho fantástico que Heródoto lhe atribuiu, ela era enorme numa época em que as cidades eram pequenas para os padrões modernos. Seu perímetro de 17,5 km suplantava o de 12,5 km de Nínive, a capital do império assírio; o dos muros da Roma imperial, de 10 km; e os 6,5 km dos muros de Atenas na época do apogeu dessa cidade, no 5° século a.C. Essa comparação com outras cidades famosas da Antiguidade mostra que Babilônia era, com a possível exceção da antiga Tebas, no Egito, então em ruínas, a maior de todas as capitais antigas, embora fosse bem menor do que os escritores clássicos a retratam. É compreensível que Nabucodonosor se sentisse no direito de se vangloriar por ter edificado "a grande Babilônia" com o seu "grandioso poder" (Daniel 4:30).
Uma cidade de templos e palácios - Pelo fato de Babilônia abrigar o santuário do deus Marduque, considerado o senhor do céu e da terra, o principal de todos os deuses, os antigos babilônicos consideravam sua cidade o "umbigo" do mundo. Por isso, Babilônia era um centro religioso sem comparação. Um tablete cuneiforme do tempo de Nabucodonosor alista 53 templos dedicados a deuses importantes, 955 pequenos santuários e 384 altares de rua, todos dentro dos limites da cidade. Em comparação, Assur, uma das principais cidades da Assíria, com seus 34 templos e capelas, fazia uma impressão relativamente pobre. Pode-se entender bem por que os babilônios se orgulhavam da cidade, dizendo: "Babilônia é a origem e o centro de todas as terras". Seu orgulho se reflete nas famosas palavras de Nabucodonosor citadas no com. de Daniel 4:30 e também numa antiga canção de louvor (como a de E. Ebeling, Keilschrifttexte aus Assur religiosen Inhalts, Parte I [Leipzig, 1915], N. 8):
"Ó Babilônia, quem te contempla se enche de regozijo,
Quem habita em Babilônia vive mais,
Quem fala mal de Babilônia é como aquele que mata a própria mãe.
Babilônia é como uma doce tamareira, cujo fruto é agradável ao olhar."
O centro da glória de Babilônia era a famosa torre-templo Etemenanlú, "a pedra fundamental do céu e da terra", com uma base quadrada de 90 m de cada lado e, provavelmente, 91,4 m de altura. Esse edifício foi superado em altura nos tempos antigos apenas pelas duas grandes pirâmides de Gizé, no Egito. A torre deve ter sido construída no local onde estava a torre de Babel. A estrutura de tijolos consistia de sete níveis, dos quais o menor e mais elevado era um santuário dedicado a Marduque, o principal deus de Babilônia (ver mais detalhes, no com. de Gênesis 11:9).
Um grande conjunto de templos, chamado Esagila, literalmente, "o que levanta a cabeça", rodeava a torre Etemenanlú. Seus átrios e edifícios foram o cenário de muitas cerimônias religiosas realizadas em honra a Marduque. Grandes e coloridas procissões terminavam nesse lugar. Com exceção do grande templo de Amon, em Karnak, Esagila foi o maior e mais famoso de todos os templos do Oriente antigo. Na época em que Nabucodonosor subiu ao trono, ele já tinha uma longa e gloriosa história, e o novo rei reconstruiu inteirame nte e embelezou grandes espaços do conjunto de templos, incluindo a torre Etemenanhi.
Tanto em número como em tamanho, os palácios de Babilônia revelavam ostentação incomum. Durante seu longo reinado de 43 anos, Nabucodonosor construiu três grandes castelos ou palácios . Um deles ficava dentro da cidade interna, os outros, fora. Um e ra o palácio de verão, na parte mais ao norte do novo quarteirão oriental. O monturo que cobre suas ruínas é o mais alto entre tod as as ruínas da antiga Babilônia, e é o único lugar que ainda leva o antigo nome Babil. Contudo, a completa destruição desse palácio na Antiguidade e o subsequente saque de tijolos de sua estrutura não deixa ram muito para os arqueólogos descobrirem. Por isso, sabe-se pouco sobre o palácio.
Outro grande palácio, que os escavadores chamam de palácio central estava imediatamente fora do muro norte da cidade interna. Esse também foi constru ído por Nabucodonosor. Os arqueólogos encontraram essa grande construção também num estado sumamente desolado, com exceção de uma parte, o museu de antiguidades. Ali, objetos va liosos do passado glorioso da hi stória babilônica, como estátuas antigas, inscrições e troféus de guerra, foram reunidos e exibidos "para que os homens contemplem", como expressou Nabucodonosor em uma das inscrições.
O palácio do sul ficava no canto noroeste da cidade interna e continha, entre outros edifícios, os famosos jardins suspensos, uma das sete maravilhas do mundo a ntigo. Um grande edifício abobadado tinha em seu topo um jardim irrigado por um sistema de canos por meio dos quais se bombeava água. Segundo Diodoro, Nabucodonosor construiu esse maravi lhoso edifício para que sua esposa meda [da Média] encontrasse, na Babilônia plana e sem árvores, um substituto das colinas arborizadas de sua pátria, da qual sentia falta. Nas abóbadas abaixo dos jardins suspensos armazenavam-se provisões de cereais, azeite, frutas e especiarias para as necessidades da corte e de seus dependentes. Escavadores encontraram, nessas salas, documentos administrativos, alguns dos quais mencionam que o rei Joaquim, de Judá, recebia rações reais.
Junto aos jardins suspensos ficava um extenso conjunto de edifícios, salas e quartos que tinham substituído o palácio menor de Nabopolassar, pai de Nabucodonosor. Esse palácio do sul era conside rado a res idência oficial do rei, lugar de todas as cerimônias do estado. Ao centro ficava a grande sala do trono, com 17 por 52 m e, possivelmente, 18 m de altura. Essa imensa sala pode ter sido onde Belsazar promoveu o banquete de sua última noite de vida, pois nenhuma outra sala do palácio era grande o suficiente para acomodar mil convidados (ver Daniel 5:1).
Uma das estruturas coloridas dessa cidade era a famosa porta de Ishtar, junto ao palácio do sul, que formava uma das entradas pelo norte da cidade interna. Essa era a mais bela das portas de Babilônia, pois por ela passava o "caminho da procissão", que levava dos diferentes palácios reais ao templo Esagila. Felizmente, essa porta não foi tão completamente destruída como os demais edifícios de Babilônia e é a ma is impressionante de todas as ruínas da cidade. Tem altura de aproximadamente 12m.
As estruturas interiores dos muros e portas da cidade, dos palácios e templos eram de tijolos crus. As coberturas externas consistiam de tijolos queimados e, em alguns casos, esmaltados. Os tijolos externos dos muros da cidade eram amarelos; os da porta, azuis; os dos palácios, rosa; e os dos templos, brancos. A porta Ishtar era uma estrutura dupl a, por causa dos muros duplos. Tinha 50 m de extensão e consistia de quatro estruturas semelhantes a torres de espessuras e alturas variadas. Os muros eram de tijolos cujas superfícies esmaltadas formavam figuras de animais em relevo. Havia pelo menos 575 deles, incluindo bois amarelos, com listras decorativas de pelo azul, e patas e chifres verdes. Eles se alternavam com animais mitológicos amarelos, chamados sirrush, que tinham cabeças e caudas de serpentes, corpos com escamas e pés de águia e gato (ver ilustração na p. 951, e em Dicionário Bíblico Adventista, fi g. 137).
O acesso à porta de Ishtar (ver ilustração na p. 951) tinha muros de defesa de ambos os lados da ru a. Nesses muros havia leões feitos com tijolos esmaltados e em re levo, brancos com jubas amarelas ou amarelos com jubas vermelhas (que com o tempo fic aram verdes), num fundo azul.
Assim era a cidade colorida e poderosa que o rei Nabucodonosor construiu: a joia das nações. Seu orgulho por ela se reflete nas inscrições que deixou para a posteridade. Uma delas, no Museu de Berlim, diz:
"Fiz de Babilônia, a cidade sa nta, a glória dos grandes deuses, mais destacada que antes, e promovi sua reconstrução. Fiz com que o santuário dos deuses e deusas fosse iluminado como o di a. Nenhum rei entre todos os reis jamais criou, nenhum rei anterior jamais construiu, o que construí magnificamente para Marduque. Promovi ao máximo o complexo de Esagila, e a renovação de Babilônia mais do que se fez antes. Todas minhas obras valiosas, o embelezamento dos santuários dos grandes deuses, que eu empreendi mais do que meus ancestrais reais, escrevi num documento para gerações futuras . Todos os meus feitos, que escrevi neste documento, lerão os que saibam ler e lembrarão a glória dos grandes deuses. Que minha vida seja longa, que me regozij e em meus descendentes; que minha descendência governe sobre o povo de cabeça negra por toda a eternidade, e que a menção do meu nome seja proclamado para o bem em todas as épocas futuras."
A Concepção de um Artista de Parte da Antiga Babilônia - (cba)
Daniel 4:1-37
A pintura de J. Bardin (sob a orientação de Eckhard Unger) se baseia nas evidências encontradas em escavações. O espectador vê a antiga Babilônia como deve ter sido à vista de Nabucodonosor. A magnificente porta de Ishtar com várias torres (centro), ainda a mais impressionante ruína da Babilônia era coberta com tijolos azuis esma ltados, com touros e dragões em relevo. O amplo Caminho das Procissões atravessava a porta que ligava templos e palác ios importantes da cidade e era o cenário de muitas procissões de festivais coloridos. Sobre o muro (à direita, abaixo) está uma série ele leões ele tijolos esmaltaclos. O edifício branco à esquerda é o templo de Ninmach. A famosa construção conhecida como os Jardins Suspensos de Babilônia (à direita, acima) forma parte da área do palácio. Ao fundo está o zigurate (Etemananki) no grande complexo do templo de Marduque conhecido como Esagila.
Comentário Bíblico
Ellen G. White e Outros
a grande Babilônia que eu edifiquei
Daniel 4:30
Informação precisa da perspectiva humana. Nabucodonosor foi um construtor incrível e transformou a Babilônia, com seus jardins suspensos, muros, palácios e templos eu um maravilha do mundo antigo. Todavia, o orgulho o levou a desconsiderar, em arrogância, sua divida para com Deus e a necessidade de prestar contas a ele.
Referências Cruzadas
Daniel 4:30
Provérbios 16:18; Isaías 13:19; Daniel 5:20.
- 18 A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda. Provérbios 16:18 19 E Babilônia, a glória dos reinos, o esplendor e o orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Isaías 13:19 20 Mas quando o seu coração se elevou, e o seu espírito se endureceu para se haver arrogantemente, foi derrubado do seu trono real, e passou dele a sua glória. Daniel 5:20
Comentário Bíblico
Mathew Henry
Nota - (Mathew Henry)
Daniel 4:28-33
O orgulho e o engano de uma pessoa são pecados que perseguem os grandes homens. Costumam atribuir a si mesmos a glória que é devida somente a Deus. Enquanto a soberba estava na palavra do rei, veio a poderosa Palavra de Deus. A memória e o entendimento de Nabucodonosor desapareceram, e todas as faculdades de sua alma racional se quebrantaram. Quão cuidadosos devemos ser para não fazermos nada que provoque a Deus de privar-nos dos nossos sentidos! Deus resiste aos soberbos. Nabucodonosor desejava ser mais do que um homem normal, mas Deus o tornou, de modo justo, menos do que isto.
- Veja também

Profetas e Reis, Pág. 519

Cristo Triunfante, Pág. 194

Vidas Que Falam, Pág. 253

Este Dia com Deus, Pág. 368
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- Análise em Cadeia 20 Mas quando o seu coração se elevou, e o seu espírito se endureceu para se haver arrogantemente, foi derrubado do seu trono real, e passou dele a sua glória. Daniel 5:20 8 Motejam e falam maliciosamente; falam arrogantemente da opressão. Salmos 73:8 18 A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda. Provérbios 16:18 15 Ele a todos levanta com o anzol, apanha-os com a sua rede; e os ajunta na sua rede varredoura; por isso ele se alegra e se regozija. 16 Por isso sacrifica à sua rede, e queima incenso à sua varredoura; porque por elas enriquece a sua porção, e e abundante a sua comida. Habacuque 1:15,16 4 Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá. 5 Além disso, o vinho é traidor; o homem soberbo não permanece. Ele alarga como o Seol o seu desejo; como a morte, nunca se pode fartar, mas ajunta a si todas as nações, e congrega a si todos os povos. Habacuque 2:4,5 19 e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. 20 Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lucas 12:19,20 11 Porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. Lucas 14:11 5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 1 Pedro 5:5 10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Gênesis 10:10 2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. 3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa. 4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro. 8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra. Gênesis 11:2-9 19 e a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e Deus lembrou-se da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho do furor da sua ira. Apocalipse 16:19 5 e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. Apocalipse 17:5 10 e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento. 21 Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada. Apocalipse 18:10,21 12 Tanto riquezas como honra vêm de ti, tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo. 13 Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos, e louvamos o teu glorioso nome. 14 Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos. 1 Crônicas 29:12-14 5 A casa que vou edificar há de ser grande, porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses. 6 Mas quem é capaz de lhe edificar uma casa, visto que o céu e até o céu dos céus o não podem conter? E quem sou eu, para lhe edificar uma casa, a não ser para queimar incenso perante ele? 2 Crônicas 2:5,6 8 Pois diz: Não são meus príncipes todos eles reis? 9 Não é Calnó como Carquêmis? não é Hamate como Arpade? e Samária como Damasco? 10 Do mesmo modo que a minha mão alcançou os reinos dos ídolos, ainda que as suas imagens esculpidas eram melhores do que as de Jerusalém e de Samária. 11 como fiz a Samária e aos seus ídolos, não o farei igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos? 12 Por isso acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então castigará o rei da Assíria pela arrogância do seu coração e a pomba da altivez dos seus olhos. 13 Porquanto diz ele: Com a força da minha mão o fiz, e com a minha sabedoria, porque sou entendido; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e como valente abati os que se sentavam sobre tronos. 14 E achou a minha mão as riquezas dos povos como a um ninho; e como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei toda a terra; e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, ou chilreasse. 15 Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? ou se engrandecerá a serra contra o que a maneja? como se a vara movesse o que a levanta, ou o bordão levantasse aquele que não é pau! Isaías 10:8-15 24 Por meio de teus servos afrontaste o Senhor, e disseste: Com a multidão dos meus carros subi eu aos cumes dos montes, aos últimos recessos do Líbano; e cortei os seus altos cedros e as suas faias escolhidas; e entrei no seu cume mais elevado, no bosque do seu campo fértil. 25 Eu cavei, e bebi as águas; e com as plantas de meus pés sequei todos os rios do Egito. Isaías 37:24,25 2 Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Visto como se elevou o teu coração, e disseste: Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento, no meio dos mares; todavia tu és homem, e não deus, embora consideres o teu coração como se fora o coração de um deus. 3 com efeito és mais sábio que Daniel; não há segredo algum que se possa esconder de ti. 4 Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros. 5 Pela tua grande sabedoria no comércio aumentaste as tuas riquezas, e por causa das tuas riquezas eleva-se o teu coração; Ezequiel 28:2-5 3 Fala, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis-me contra ti, ó Faraó, rei do Egito, grande dragão, que pousas no meio dos teus rios, e que dizes: O meu rio é meu, e eu o fiz para mim. Ezequiel 29:3 18 O Altíssimo Deus, ó rei, deu a Nabucodonozor, teu pai, o reino e a grandeza, glória e majestade; 19 e por causa da grandeza que lhe deu, todos os povos, nações, e línguas tremiam e temiam diante dele; a quem queria matava, e a quem queria conservava em vida; a quem queria exaltava, e a quem queria abatia. Daniel 5:18,19 4 Nessa ocasião ostentou as riquezas do seu glorioso reino, e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber cento e oitenta dias. Ester 1:4 20 Mas o homem, embora esteja em honra, não permanece; antes é como os animais que perecem. Salmos 49:20 1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor, Deus meu, tu és magnificentíssimo! Estás vestido de honra e de majestade, Salmos 104:1 5 Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei; 6 falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza. 7 Publicarão a memória da tua grande bondade, e com júbilo celebrarão a tua justiça. 8 Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade. 9 O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras. 10 Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. 11 Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, 12 para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino. Salmos 145:5-12 31 Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10:31 24 As nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória. 25 As suas portas não se fecharão de dia, e noite ali não haverá; 26 e a ela trarão a glória e a honra das nações. Apocalipse 21:24-26
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Domingo 26/1 - o Perigo de Ser Arrogante - Daniel 4 - Lição 5 - Leandro Quadros - Escola Sabatina

Segunda 27/1 - o Perigo de Explorar Os Pobres - Daniel 4 - Lição 5 - Leandro Quadros

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