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Testemunhos Seletos 2
Livros 21
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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A inveja não é meramente uma perversidade do gênio, mas uma indisposição que perturba todas as faculdades. Começou com Satanás. Ele desejou ser o primeiro no Céu e, como não alcançasse todo o poder e glória que buscava, rebelou-se contra o governo de Deus. Invejou nossos primeiros pais, tentando-os ao pecado, e assim os arruinou, e a todo o gênero humano.

O invejoso fecha os olhos às boas qualidades e nobres ações dos outros. Está sempre pronto a desprezar e representar falsamente aquilo que é excelente. Os homens muitas vezes confessam e abandonam outras faltas; do homem invejoso, porém, pouco se pode esperar. Visto como invejar a alguém é admitir que ele é superior, o orgulho não tolerará nenhuma concessão. Se for feita uma tentativa de convencer de seu pecado a pessoa invejosa, ela se torna ainda mais amarga contra o objeto de sua paixão, e muitas vezes permanece incurável.

O invejoso espalha veneno aonde quer que vá, separando amigos, e suscitando ódio e rebelião contra Deus e o homem. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heróicos e abnegados esforços por alcançar ele mesmo o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros. ...

A língua que se deleita no dano que causa, a língua parladora que diz: Conte, e eu o espalharei, diz o apóstolo Tiago que é inflamada do inferno. Espalha tições de fogo por toda parte. Que se importa o tagarela se ele difama o inocente? Ele não deterá sua obra iníqua, embora destrua a esperança e o ânimo naqueles que já se estão a submergir sob as suas cargas. Só se lhe dá condescender com a sua inclinação de amar o*

Testimonies for the Church 5:56-59 (1882).

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escândalo. Mesmo professos cristãos fecham os olhos a tudo que é puro, honesto, nobre e amável, entesourando tudo que é objetável e desagradável, e publicando-o ao mundo. ...

Atitude generosa para com todos

Quando damos ouvidos a uma difamação contra nosso irmão, somos responsáveis pela mesma. À pergunta: "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte?" responde o salmista: "Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo." Salmos 15:1-3.

Que mundo de vã tagarelice seria evitado, se todo homem se lembrasse de que aqueles que lhe contam as faltas dos outros, com a mesma sem-cerimônia publicarão as faltas dele, em se apresentando oportunidade! Devemos esforçar-nos por pensar bem de todos os homens, especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados a pensar de outro modo. Não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são muitas vezes resultado de inveja ou mal-entendidos, ou podem proceder de exageros ou de uma exposição de fatos tendenciosa. O ciúme e a suspeita, uma vez se lhes tendo dado lugar, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de cardo. Se um irmão se desvia, é então ocasião de nele mostrardes vosso real interesse. Ide ter com ele bondosamente, orai com ele e por ele, lembrados do preço infinito que Cristo pagou por sua redenção. Deste modo podereis salvar da morte uma alma e cobrir multidão de pecados.

Um olhar, uma palavra, mesmo uma inflexão da voz, podem ser a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum coração, infligindo-lhe ferida incurável. Assim uma dúvida, uma difamação, pode ser lançada sobre uma pessoa por intermédio da qual Deus iria realizar uma boa obra, prejudicando-lhe a influência e destruindo-lhe a utilidade. Entre algumas espécies de animais, se um dentre eles é ferido e cai, é imediatamente

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