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Primeiros Escritos
Livros 67
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Os discípulos se multiplicaram grandemente em Jerusalém, e muitos sacerdotes obedeciam à fé. Estêvão, cheio de fé, estava fazendo grandes maravilhas e milagres entre o povo. Os líderes judeus foram tomados de grande ira ao verem sacerdotes virando as costas a suas tradições e aos sacrifícios e ofertas, e aceitando a Jesus como o grande sacrifício. Com poder do alto, Estêvão reprovava os incrédulos sacerdotes e anciãos, e exaltava a Jesus perante eles. Eles não podiam resistir à sabedoria e poder com que Estêvão falava, e ao verificarem que não podiam de maneira alguma prevalecer contra ele, assalariaram homens para testemunhar falsamente que o tinham ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Instigaram o povo e se apossaram de Estêvão, e, mediante falsas testemunhas, acusaram-no de falar contra o templo e a lei.

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Eles testemunhavam que o tinham ouvido dizer que esse Jesus de Nazaré destruiria os costumes que Moisés lhes havia dado.

Estando Estêvão perante os seus juízes , a luz da glória de Deus repousou em seu semblante. "Todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo." Atos 6:15. Quando chamado a responder às acusações levantadas contra ele, Estêvão começou por Moisés e os profetas e passou em revista a história dos filhos de Israel e o trato de Deus com eles, e mostrou como Cristo havia sido predito na profecia. Referiu-se à história do templo e declarou que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. Os judeus adoravam o templo e se deixavam tomar de maior indignação por qualquer coisa que se dissesse contra o edifício do que se falado fora contra Deus. Quando Estêvão falou de Cristo, e se referiu ao templo, viu que o povo estava rejeitando suas palavras; e corajosamente acusou-os: "Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo." Atos 7:51. Ao mesmo tempo que observavam as ordenanças exteriores de sua religião, tinham o coração corrompido e cheio de maldade mortal. Ele se referiu à crueldade de seus pais em perseguir os profetas, e declarou que aqueles a quem se dirigia haviam cometido um pecado maior na rejeição e crucifixão de Cristo. "Qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas." Atos 7:52.

Ao serem proferidas essas verdades claras e cortantes, os sacerdotes e príncipes encheram-se de furor e rangiam os dentes contra Estêvão. "Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à

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mão direita de Deus." Atos 7:55 e 56. O povo não o ouvia. "Eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam." Atos 7:57 e 58. E Estêvão, ajoelhando-se, clamou em alta voz: "Senhor, não lhes imputes este pecado." Atos 7:60.

Vi que Estêvão foi um poderoso homem de Deus, suscitado especialmente para preencher um importante lugar na igreja. Satanás exultou com sua morte; pois ele sabia que os discípulos sentiriam sobremaneira a sua perda. Mas o triunfo de Satanás foi breve; pois nesse grupo, testemunhando a morte de Estêvão, havia um a quem Jesus estava para revelar-Se. Saulo não tomou parte no lançamento de pedras em Estêvão, mas consentiu em sua morte. Ele era zeloso na perseguição à igreja de Deus, caçando-os, aprisionando-os em suas casas e entregando-os a quem os mataria. Saulo era um homem de habilidade e educação; seu zelo e erudição tornava-o altamente estimado pelos judeus, ao mesmo tempo que era temido por muitos dos discípulos de Cristo. Seus talentos eram eficazmente empregados por Satanás em promover sua rebelião contra o Filho de Deus, e os que criam nEle. Mas Deus pode quebrar o poder do grande adversário e libertar os que são por ele levados cativos. Cristo havia separado Saulo como "um vaso escolhido" (Atos 9:15) para pregar o Seu nome, para fortalecer os discípulos em sua tarefa e mais ainda para preencher o lugar de Estêvão.

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