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Olhando para o Alto
Livros 30
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Pág. 50

Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus. Mateus 19:14.

Nosso Salvador não viveu em misteriosa reclusão durante os anos que precederam Seu ministério público. Ele viveu com Seus pais em Nazaré, e trabalhou com José no ofício de carpinteiro. Sua vida foi simples, livre de extravagância ou exibição. Quando chegou o tempo para Seu trabalho público começar, Ele saiu proclamando o evangelho do reino. Até o fim de Seu trabalho, Ele conservou a simplicidade de hábitos. Escolheu Seus ajudantes dos segmentos mais inferiores da vida. Seus primeiros discípulos eram humildes pescadores da Galiléia. Seus ensinos eram tão simples que as criancinhas os compreendiam, e depois podiam ser ouvidas repetindo Suas palavras. Tudo que Ele dizia e fazia tinha o encanto da simplicidade.

Cristo era um arguto observador notando muitas coisas que outros passavam por alto. Ele era sempre serviçal, estava sempre pronto para falar palavras de esperança e simpatia ao desencorajado e enlutado. Ele permitia que a multidão O comprimisse e não Se queixava, conquanto às vezes fosse quase suspenso do solo. Quando encontrava um funeral, Ele não passava adiante indiferentemente. Tristeza dominava Sua face ao contemplar a morte, e chorava com os enlutados.

Quando as crianças reuniam as flores silvestres, que cresciam tão abundantemente ao redor, e juntando-as presenteavam-Lhe seus pequenos buquês, ele os recebia alegremente, sorrindo para elas, e expressava Seu contentamento em ver tantas variedades de flores.

Essas crianças eram Sua herança. Ele sabia que viera para resgatá-las do inimigo ao morrer sobre a cruz do Calvário. Ele lhes falava palavras que daí em diante levavam sempre no coração. Sentiam-se encantadas ao pensarem em como Ele apreciava seus presentes e falava tão amoravelmente com elas.

Cristo observava as crianças nos folguedos e muitas vezes expressava Sua aprovação quando obtinham uma inocente vitória sobre algo que se determinavam a fazer. Ele cantava para as crianças em doces e benditas palavras. Elas sabiam que Ele as amava. Ele nunca franzia as sobrancelhas para elas. Compartilhava de suas infantis alegrias e tristezas. Muitas vezes reunia flores e, após assinalar a beleza delas às crianças, deixava-as com elas como um presente. Ele havia formado as flores e deleitava-Se em salientar sua beleza.

Tem-se dito que Jesus nunca sorria. Isto não é correto. Uma criança em sua inocência e pureza atraía de Seus lábios um alegre cântico. — Manuscrito 20, 1902.

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