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Responsabilidade do Casamento

Capítulo: 154 155156

Pág. 461

Têm entrado para a relação matrimonial muitos que não adquiriram propriedades e não tinham herança alguma. Não possuíam força física ou energia mental para adquirir propriedades. São justamente esses que se deram pressa em casar e tomaram sobre si responsabilidades das quais não tinham exata compreensão. Não possuíam sentimentos nobres, elevados, e não tinham idéia precisa do dever de esposo e pai, e o que lhes custaria suprir as necessidades de uma família. E não manifestaram mais correção no aumento de suas famílias do que a que mostraram nas transações comerciais. ...

A instituição do casamento foi designada pelo Céu para ser uma bênção ao homem; mas, em sentido geral, dela se tem abusado de maneira a torná-la uma terrível maldição. Muitos homens e mulheres agiram, ao entrar para a relação matrimonial, como se a única questão que lhes cabia resolver, era se amavam um ao outro ou não. Devem, entretanto, compreender que sobre eles repousa, na relação matrimonial, responsabilidade maior que essa. Cumpre-lhes considerar se seus descendentes terão saúde física, e força mental e moral. Mas poucos agiram com motivos nobres, e com elevadas considerações que não poderiam rejeitar levianamente - que a sociedade tinha sobre eles direitos, que o peso da influência de sua família influiria na escala ascendente ou descendente. A Solemn Appeal, págs. 63 e 64.