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Livros 39
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Quando Cristo, na cruz, bradou: "Está consumado" (João 19:30), houve violento terremoto, que rompeu as sepulturas de muitos que tinham sido fiéis e leais, dando seu testemunho contra toda obra má, e exaltando o Senhor dos exércitos. Quando o Doador de vida saiu do sepulcro, proclamando: "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), chamou Ele esses santos da sepultura. Quando eram vivos, tinham dado valorosamente o seu testemunho em favor da verdade; agora, deviam ser testemunhas dAquele que os ressuscitara dentre os mortos. Estes, disse Cristo, não serão por mais tempo cativos de Satanás. Eu os redimi; trouxe-os da sepultura como primícias de Meu poder, para que estivessem comigo onde Eu estiver, para nunca mais verem a morte nem experimentarem tristeza.

Durante Seu ministério, Jesus restaurou mortos à vida. Ressuscitou o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo, e Lázaro; estes, porém, não foram revestidos de imortalidade. Depois de ressurgidos, continuaram sujeitos à morte. Mas os que ressurgiram da sepultura por ocasião da ressurreição de Cristo, ressurgiram para a vida eterna. Foram eles a multidão de

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cativos que ascendeu com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e a sepultura.

Depois de Sua ressurreição, Cristo não Se mostrou a ninguém senão a Seus seguidores; não faltaram, porém, testemunhos acerca de Sua ressurreição. Os que ressurgiram com Cristo "apareceram a muitos" (Mat. 27:53), declarando: Cristo ressuscitou dos mortos, e nós ressuscitamos com Ele. Deram, na cidade testemunho do cumprimento da passagem: "Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos." Isa. 26:19. Estes santos contradisseram a mentira que os guardas romanos tinham sido subornados para propagar - que os discípulos tinham vindo à noite e O tinham roubado. Esse testemunho não pôde ser silenciado.

Cristo foi as primícias dos que dormem. Foi para glória de Deus que o Príncipe da vida fosse as primícias, o antítipo do molho movido. "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos." Rom. 8:29. Esta mesma cena, a ressurreição de Cristo dentre os mortos, fora pelos judeus celebrada em tipo. Quando amadureciam as primeiras espigas do cereal no campo, eram elas colhidas cuidadosamente; e quando o povo subia a Jerusalém, eram apresentadas ao Senhor como oferta de gratidão. O povo movia perante Deus o molho maduro, reconhecendo-O como o Senhor da seara. Depois desta cerimônia podia ser lançada a foice ao trigo, e juntada a colheita.

Assim os que tinham ressurgido deviam ser apresentados ao Universo como um penhor da ressurreição de todos os que crêem em Cristo como seu Salvador pessoal. O mesmo poder que ergueu a Cristo dentre os mortos fará ressurgir Sua igreja, e glorificá-la-á com Cristo, como esposa Sua, acima de todos os principados, acima de todos os poderes, acima de todo nome que é mencionado, não só neste mundo, mas também nas cortes celestes, no mundo do alto. A vitória dos santos que dormem será gloriosa, na manhã da ressurreição. Terminará o

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triunfo de Satanás, ao passo que Cristo triunfará em glória e honra. O Doador da vida coroará de imortalidade a todos os que ressurgem da sepultura.

Ascensão de Cristo

Estava terminada a obra do Salvador na Terra. Chegara o tempo para voltar ao Seu lar celestial. "E levou-os [os discípulos] fora, até Betânia; e, levantando as Suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os Ele, Se apartou deles e foi elevado ao Céu." Luc. 24:50 e 51.

Ao ascender Cristo, enquanto abençoa Seus discípulos, uma multidão de anjos O rodeia como uma nuvem. Cristo leva consigo a multidão de cativos. Ele mesmo levará ao Pai as primícias dos que dormiam, como prova de que é vencedor da morte e da sepultura. Junto aos portais da cidade de Deus, uma inumerável multidão de anjos aguardam Sua vinda. Ao aproximarem-se, os anjos da escolta dirigem-se ao grupo junto do portal, em tons triunfantes:

"Levantai, ó portas, as vossas cabeças;

Levantai-vos, ó entradas eternas,

E entrará o Rei da glória.

'Quem é este Rei da glória?" indagam os anjos que esperam.

"O Senhor forte e poderoso,

O Senhor poderoso na guerra.

Levantai, ó portas, as vossas cabeças;

Levantai-vos, ó entradas eternas,

E entrará o Rei da glória."

De novo perguntam os anjos que esperavam: "Quem é este Rei da glória?" e os anjos da escolta respondem, em acordes melodiosos: "O Senhor dos Exércitos; Ele é o Rei da glória." Sal. 24:7-10. Então se abrem de par em par os portais da cidade de Deus, e irrompe para dentro a multidão angélica.

Ali está o trono, e em volta dele o arco-íris da promessa. Ali estão serafins e querubins. Os anjos rodeiam a Cristo, mas Ele acena para que retrocedam. Vai Ele à presença do Pai.

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Refere-Se ao Seu triunfo nesse antítipo de Si mesmo - o molho movido - os que ressurgiram com Ele, representantes dos cativos mortos que hão de sair das sepulturas quando soar a trombeta. Aproxima-Se do Pai, e se há júbilo no Céu sobre um pecador que se arrepende, se o Pai Se regozija, com cânticos, sobre um só, imaginemos essa cena. Diz Cristo: Pai, está consumado. Cumpri a Tua vontade, ó Meu Deus! Completei a obra da redenção. Se Tua justiça está satisfeita, "aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo". João 17:24. E ouve-se a voz de Deus; foi satisfeita a justiça; vencido está Satanás. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Sal. 85:10. Os braços do Pai estreitam o Filho, e ouve-se-lhe a voz, dizendo: "Todos os anjos de Deus O adorem." Heb. 1:6.

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