avatar
O Lar Adventista
Livros 74
Autor: Ellen White
Compartilhar InstalarEnglish
Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

Ler Audio pdf epub mobi EWG CPB

Pág. 498

O inocente no lugar do pecaminoso

Não se podem tornar os jovens tão quietos e sérios como as pessoas de idade, a criança tão sóbria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os mestres ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não cinjais os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, mantende as rédeas do governo, guiando e regendo-lhes o espírito e desígnios, não obstante com tanta brandura, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam ainda terdes em vista sem máximo bem. — Mensagens aos Jovens, 381.

Há divertimentos, como a dança, o jogo de cartas, as damas, o xadrez, etc., que não podemos aprovar porque o Céu os condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são de tendência benéfica, mas têm influência estimulante, produzindo em alguns espíritos a paixão por aqueles folguedos que levam a jogatinas e dissipação. Tais divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, pondo-se em seu lugar alguma coisa que seja perfeitamente inofensiva. — Testimonies for the Church 1:514.

Ao mesmo tempo que restringimos nossos filhos com relação a esses prazeres mundanos que têm a tendência de corromper e desencaminhar, devemos prover-lhes recreação inocente, levá-los por caminhos prazerosos que nenhum perigo ofereçam. Nenhum filho de Deus precisa ter uma experiência triste ou penosa. Os mandamentos divinos, as divinas promessas, mostram que isto é assim. Os caminhos da sabedoria "são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz". Provérbios 3:17. — The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884.

Pág. 499

Embora evitemos o falso e artificial, apostas em corridas de cavalos, jogo de cartas, loteria, pugilismo, bebidas alcoólicas, o uso do fumo, devemos proporcionar fontes de prazer que sejam puras e nobres e edificantes. — Fundamentos da Educação Cristã, 320.

O aspecto útil da ginástica

Os exercícios ginásticos preenchem um lugar útil em muitas escolas; mas, sem uma inspeção cuidadosa, são muitas vezes levados ao excesso. Muitos jovens, pelas proezas de força que tentam realizar nos salões de ginástica, têm trazido sobre si lesões para toda a vida.

O exercício em um salão de ginástica, ainda que bem dirigido, não pode tomar o lugar do recreio ao ar livre, e para tal nossas escolas devem oferecer melhores oportunidades. — Educação, 210.

Jogos de bola — Diretrizes básicas

Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isto, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso.

Preocupam-me muito sempre os resultados quase inevitáveis que vêm na esteira dessa recreação. Eles levam a um gasto de meios que deviam ser aplicados em levar a luz da verdade às almas que estão perecendo sem Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão.

A maneira como eles têm sido conduzidos no colégio não leva o sinal do Céu. Não fortalece o intelecto. Não refina e purifica o caráter. Há caminhos que conduzem para hábitos, costumes e práticas mundanas, e os praticantes se tornam tão absorvidos e enfatuados que são pronunciados no Céu como mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus. Em vez de o intelecto se tornar fortalecido para fazerem melhor obra como estudantes, para serem melhor

Pág. 500

qualificados como cristãos a fim de realizarem os deveres cristãos, esses exercícios enchem o cérebro com pensamentos que desviam a mente dos estudos. ...

É a glória de Deus que se tem em vista nesses jogos? Eu sei que não é. O caminho de Deus e Seus propósitos são perdidos de vista. A maneira como seres inteligentes se aplicam, ainda em período de experiência, está se sobrepondo à revelada vontade de Deus e pondo em seu lugar as especulações e invenções do instrumento humano, com Satanás a seu lado a imbuir-lhes o espírito. ... O Senhor Deus do Céu protesta contra a ardente paixão cultivada pela supremacia nos jogos assim tão empolgantes. — Notebook Leaflets, 1, no 30.

O problema de muitos esportes atléticos

Os estudantes devem fazer exercício vigoroso. Poucos males há que se devem temer mais do que a indolência e a falta de um objetivo. Não obstante, a tendência da maior parte dos esportes atléticos é assunto de ansiosa preocupação por parte dos que levam a sério o bem-estar da juventude. Os professores ficam incomodados ao considerar a influência destes esportes tanto no progresso do estudante da escola como no seu êxito na vida posterior. Os jogos que ocupam tanto o seu tempo lhe estão desviando o espírito do estudo. Não estão ajudando aos jovens a se prepararem para o trabalho prático e ardoroso da vida. Sua influência não tende para o refinamento, generosidade, ou verdadeira varonilidade.

Alguns dos mais populares divertimentos, tais como o futebol americano e o boxe, se têm tornado escolas de brutalidade. Estão desenvolvendo as mesmas características que desenvolviam os jogos na antiga Roma. O amor ao domínio, o orgulho da mera força bruta, o descaso da vida, estão exercendo sobre a juventude um poder desmoralizador que nos aterra.

Pág. 501

Outros jogos atléticos, embora não tão embrutecedores, são pouco menos reprováveis, por causa do excesso com que são praticados. Estimulam o amor ao prazer, alimentando assim o desinteresse pelo trabalho útil, a disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir a graça pelas sóbrias realidades da vida e seus prazeres tranqüilos. Desta maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados. — Educação, 210, 211.

Quando a vida era menos complexa

Nos tempos primitivos, era simples a vida entre o povo que estava sob a direção de Deus. Viviam junto ao coração da natureza. Seus filhos participavam do trabalho dos pais, e estudavam as belezas e mistérios do tesouro da natureza. Na quietude do campo e do bosque ponderavam aquelas grandes verdades, transmitidas como um sagrado depósito, de geração em geração. Tal ensino produzia homens fortes.

Na presente época a vida se tornou artificial e os homens degeneraram. Conquanto não possamos voltar completamente aos hábitos simples daqueles tempos primitivos, deles podemos aprender lições que tornarão nossos momentos de recreação o que este nome implica: momentos de verdadeira construção de corpo, espírito e alma. — Educação, 211.

Famílias em passeios

Famílias várias que vivem numa cidade ou vila devem se unir e deixar as ocupações que as têm sobrecarregado física e mentalmente, e fazer uma excursão para o interior, ao lado de um agradável lago, ou num formoso bosque, onde o cenário da natureza é belo. Devem prover-se com alimentos simples, saudáveis, os melhores frutos e cereais, e estender a mesa à sombra de alguma árvore ou sob a cúpula do céu. A viagem, o exercício e o cenário ativarão o apetite, e poderão eles deliciar-se com uma refeição que fará inveja aos reis.

Pág. 502

Nessas ocasiões pais e filhos devem sentir-se livres de cuidados, de trabalhos e perplexidades. Devem os pais tornar-se crianças com seus filhos, tornando tudo para eles tão agradável quanto possível. Seja o dia todo dedicado à recreação. Exercícios ao ar livre para aqueles cujo trabalho tem sido dentro de portas e sedentário será benéfico à saúde. Todos os que podem devem considerar um dever seguir este procedimento. Nada há a perder, mas muito a ganhar. Eles podem retornar a suas ocupações com nova vida e novo ânimo para empenhar-se em seu trabalho com zelo, sendo melhor preparados para resistir a enfermidades. — Testimonies for the Church 1:514, 515.

Felicidade nos encantos da natureza

Não penseis que Deus deseja que nos abstenhamos de tudo que é para nossa felicidade aqui. Tudo que Ele requer de nós é que deixemos aquilo que não é para nosso bem.

Esse Deus que plantou as nobres árvores e as revestiu de rica folhagem, e deu-nos os brilhantes e belos matizes das flores, e cuja mão e amorável operação vemos em todo o reino da natureza, não deseja fazer-nos infelizes; não é Seu propósito que não tenhamos gosto ou prazer nessas coisas. É Seu desejo que nós as desfrutemos, que sejamos felizes ante os encantos da natureza, que são de Sua própria criação. — The Review and Herald, 25 de Maio de 1886.

Reuniões sociais

Reuniões para intercâmbio social tornam-se proveitosas e instrutivas no mais alto grau quando os que se reúnem têm o amor de Deus vibrando no coração, quando se reúnem para trocar idéias com respeito à Palavra de Deus ou para considerar métodos para o progresso da obra e fazer o bem aos semelhantes. Quando o Espírito Santo é considerado como hóspede bem-vindo nessas reuniões,

Pág. 503

quando nada é dito ou feito que O faça afastar-Se entristecido, então Deus é honrado e os que se reúnem são refrigerados e fortalecidos. — The Youth’s Instructor, 4 de Fevereiro de 1897.

As nossas reuniões devem ser dirigidas de tal maneira, e nossa conduta aí deve ser tal que, ao voltarmos para casa, possamos ter uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não havermos ferido ou, de algum modo, causado algum dano àqueles com quem estivemos em contato, ou exercido sobre eles qualquer nociva influência. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337.

Jesus participava de cenas de inocente felicidade

Jesus reprovava a condescendência própria em todas as suas formas, todavia era de natureza sociável. Aceitava a hospitalidade de todas as classes, visitando a casa de ricos e pobres, instruídos e ignorantes, procurando elevar-lhes os pensamentos das coisas comuns da vida, para as espirituais e eternas. Não consentia com o desperdício, e nem uma sombra de mundana leviandade Lhe manchou a conduta; todavia, achava prazer em cenas de inocente felicidade, e sancionava, com Sua presença, as reuniões sociais. Um casamento judaico era ocasião impressionante, e sua alegria não desagradava ao Filho do homem. ... Ao espírito de Jesus, a alegria das bodas apontava ao regozijo daquele dia em que levará Sua esposa para o lar do Pai, e os remidos juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro. — O Desejado de Todas as Nações, 150, 151.

Seu exemplo na conversação e na conduta

Quando convidado, ao iniciar Suas atividades, para um banquete ou festa oferecidos por algum fariseu ou publicano, Ele aceitava o convite. ... Mas nessas ocasiões Cristo dominava a conversação à mesa e dava muitas lições preciosas. E os que estavam presentes ouviam-nO: pois não havia Ele curado os seus doentes,

Pág. 504

confortado os tristes dentre eles, tomado nos braços os seus filhos, e os abençoado? Publicanos e pecadores eram atraídos a Ele, e quando falava, tinha a atenção deles sobre Si.

Cristo ensinou os Seus discípulos como conduzir-se quando em companhia de outros. Ensinou-lhes pelo exemplo que ao assistir a qualquer reunião pública, não precisavam desejar dizer alguma coisa. Sua conversação diferia profunda e decididamente daquilo que tinha sido ouvido em festas no passado. Cada palavra que proferia era para os Seus ouvintes um cheiro de vida para vida, e eles ouviam-nO com submissa atenção, como se desejosos de ouvir com um determinado propósito. — Manuscrito 19, 1899.

Ellen G. White e uma agradável reunião social

Ao final de minha longa jornada pelo leste, cheguei a meu lar em tempo de passar as vésperas de Ano Novo em Healdsburg. O salão do colégio havia sido preparado para uma reunião da Escola Sabatina. Ciprestes entrelaçados, folhas de outono, pinheirinhos e flores haviam sido arrumados com gosto; e um grande sino de folhas pendia da arcada da porta para a entrada do salão. A árvore estava bem carregada de donativos, os quais deviam ser usados em benefício dos pobres e ajudar a comprar um sino. ... Nesta ocasião nada foi dito ou feito que sobrecarregasse a consciência de alguém.

Um dos presentes me disse: "Irmã White, que pensa disto? Está em harmonia com nossa fé?" Respondi-lhe: "Com a minha fé está." — The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884.

Atrair a juventude com poder salvador

Deus gostaria que cada lar e cada igreja exercesse um poder salvador para atrair as crianças dos sedutores prazeres do mundo e das

Disponível também pela CPB