avatar
O Lar Adventista
Livros 34
Autor: Ellen White
Compartilhar InstalarEnglish
Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

Ler Audio pdf epub mobi EWG CPB

Pág. 372

Dinheiro: Bênção ou maldição

O dinheiro não é necessariamente uma maldição; ele é de grande valor porque se corretamente usado, pode fazer bem na salvação de almas, em bênçãos a outros que são mais pobres do que nós mesmos. Mediante uso inadequado ou desavisado, ... o dinheiro se tornará um laço para o seu possuidor. Aquele que emprega o dinheiro na satisfação do orgulho e ambição o torna uma maldição em vez de uma bênção. O dinheiro é uma prova constante das afeições. Quem quer que adquira mais do que o suficiente para suas necessidades reais deve buscar sabedoria e graça para conhecer o próprio coração e guardá-lo diligentemente, para que não tenha necessidade imaginárias e se torne mordomos infiel, usando com prodigalidade o capital que o Senhor lhe confiou.

Quando amamos a Deus acima de tudo, as coisas temporais ocuparão seu lugar certo em nossas afeições. Se humilde e ferventemente buscarmos conhecimento e habilidade para fazermos reto uso dos bens do Senhor, receberemos sabedoria do alto. Quando o coração se inclina para suas próprias tendências e preferências, quando é acariciado o pensamento de que o dinheiro pode conferir felicidade sem o favor de Deus, então o dinheiro torna-se um tirano, governando o homem; recebe sua confiança e estima e é adorado como um deus. Honra, verdade, retidão e justiça são sacrificados sobre seu altar. Os mandamentos da Palavra de Deus são postos de lado e os costumes e usos do mundo, ordenados pelo rei Mamom, tornam-se um poder controlador. — Carta 8, 1889.

Buscar a segurança do lar próprio

Se as leis dadas por Deus tivessem continuado a ser praticadas, quão diferente seria a presente condição do mundo, tanto moral,

Pág. 373

como temporal e espiritualmente. Egoísmo e exaltação próprios não seriam manifestados como agora, mas cada um manifestaria bondosa consideração pela felicidade e bem-estar de outros. ... Em vez das classes mais pobres serem postas sob o tacão dos ricos, em vez de terem o cérebro de outro para pensar e planejar por eles em coisas temporais e espirituais, teriam alguma oportunidade para independência de pensamento e ação.

O senso de ser possuidor do lar próprio haveria de inspirá-los com um forte desejo de progresso. Adquiririam logo habilidade em planejar e idear por si mesmos; seus filhos seriam educados em hábitos de diligência e economia, e o intelecto seria grandemente fortalecido. Haveriam de sentir que são homens, não escravos, e seriam capazes de reconquistar em grande medida o respeito pessoal e independência moral perdidos. — Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 165, 166.

Educai nosso povo para que saia das cidades para o campo, onde podem obter um pedaço de terra e estabelecer um lar para si mesmos e para os filhos. — The General Conference Bulletin, 6 de Abril de 1903.

Cuidado quanto a vender a propriedade

Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. Dizem que os apelos no sentido de meios lhes tocam a alma, e querem fazer alguma coisa pelo Mestre que tudo tem feito por eles. A esses, eu diria: "Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever." — Testemunhos Selectos 2:330.

Deus não requer agora as casas nas quais Seu povo necessita morar; mas se os que têm em abundância não ouvem Sua voz, desprendendo-se do mundo e sacrificando-se por Deus, Ele os passará por alto e convidará os que estão desejosos de fazer alguma coisa

Pág. 374

por Jesus, mesmo que seja vender suas casas para ajudar as necessidades da Causa. — The Review and Herald, 16 de Setembro de 1884.

Independência digna de louvor

Há um tipo de independência digno de louvor. Desejar levar a própria carga e não comer o pão da dependência é correto. É uma ambição nobre e generosa que dita o desejo de manutenção própria. São necessários hábitos de diligência e modéstia. — Testimonies for the Church 2:308.

Equilibrar o orçamento

Muitos, muitíssimos, não se têm educado o bastante para manter suas despesas nos limites de seus rendimentos. Não aprendem a ajustar-se a circunstâncias, e tomam e tornam a tomar empréstimos, sobrecarregando-se de débitos, e conseqüentemente ficam desencorajados. — The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893.

Manter um registro das despesas

Hábitos de condescendência egoísta, ou falta de tino e habilidade da parte da esposa e mãe, podem ser uma causa constante de escassez de fundos; e todavia essa mãe talvez julgue estar fazendo o melhor que pode, pois nunca foi ensinada a restringir suas necessidades e de seus filhos, e nunca adquiriu habilidade e tino nos negócios domésticos. Daí, uma família pode requerer para sua manutenção duas vezes tanto quanto bastaria para outra do mesmo tamanho.

Todos devem aprender a tomar notas de suas despesas. Alguns o negligenciam como não sendo coisa essencial; é um erro, porém. Todas as despesas devem ser anotadas com exatidão. — Obreiros Evangélicos, 460.

Males da prodigalidade

O Senhor foi servido apresentar perante mim os males que resultam dos hábitos de prodigalidade, a fim de que eu pudesse

Pág. 375

admoestar os pais a que ensinem a seus filhos a estrita economia. Ensinai-lhes que o dinheiro gasto naquilo de que não necessitam é desviado de seu uso legítimo. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 63.

Se tendes hábitos extravagantes, atalhai-os de vez em vossa vida. A menos que façais isto, estareis despreparados para a eternidade. Hábitos de economia, diligência e sobriedade são melhor legado para vossos filhos do que um rico dote.

Somos peregrinos e estrangeiros na Terra. Não gastemos nossos recursos na satisfação de desejos que Deus teria de reprimir. Representemos convenientemente nossa fé pela restrição de nossas necessidades. — The Review and Herald, 24 de Dezembro de 1903.

Um pai reprovado por extravagância

Não sabes como usar o dinheiro economicamente e não aprendeste a limitar tuas necessidades às tuas rendas. ... Tens irreprimível desejo de ganhar dinheiro, a fim de poderes usá-lo livremente segundo te dite tua inclinação, e teu ensino e exemplo têm-se provado uma maldição para teus filhos. Quão pouco cuidam eles de princípio! Esquecem-se cada vez mais de Deus, cada vez temem menos Seu desprazer, menos paciência para se restringirem. Quanto mais facilmente é o dinheiro ganho, menos gratidão se manifesta. — Carta 8, 1889.

Uma família que gastava mais do que ganhava

Cuida para que tuas despesas não vão além de tua renda. Contém teus desejos.

É uma grande pena que tua esposa seja tão semelhante a ti mesmo em matéria de gastos, de maneira que não te pode ser um auxílio neste sentido, vigiando os pequenos gastos a fim de evitar maior vazão. Gastos desnecessários são constantemente feitos na tua direção da família. Tua esposa estima ver os filhos vestidos de maneira além dos seus meios, e em virtude disto, são cultivados

Pág. 376

em teus filhos gostos e hábitos que os farão fúteis e orgulhosos. Se pudésseis aprender a lição da economia e ver o perigo que representa para vós mesmo, para teus filhos e para a causa de Deus o livre uso destes meios, obterias uma experiência essencial à perfeição de teu caráter cristão. A não ser que obtenhas tal experiência, teus filhos levarão o modelo de uma educação defeituosa pelo resto da vida. ...

Eu não te aconselharia a acumular meios, pois isto te seria muito difícil, mas poderia aconselhar-te a que gastes teu dinheiro com cuidado e que teu exemplo diário ensine lições de simplicidade, abnegação e economia a teus filhos. Eles precisam ser educados por preceito e exemplo. — Carta 23, 1888.

Uma família convidada à abnegação

Foi-me mostrado que vós outros, meu irmão e minha irmã, tendes muito que aprender. Não tendes vivido dentro de vossos recursos. Não aprendestes a economizar. Se ganhais elevado salário, não sabeis como fazê-lo render o máximo possível. Consultais o gosto e o apetite em vez da prudência. Às vezes gastais dinheiro em certa qualidade de alimento que vossos irmãos não podem pensar em saborear. O dinheiro sai de vosso bolso com muita facilidade. ... A abnegação é uma lição que ambos ainda necessitais aprender. — Testimonies for the Church 2:431, 432.

Os pais devem aprender a viver dentro de seus recursos. Devem cultivar nos filhos a abnegação, ensinando-os por preceito e exemplo. Devem tornar suas necessidades poucas e simples, a fim de que haja tempo para progresso mental e cultura espiritual. — The Review and Herald, 24 de Junho de 1890.

Prodigalidade não é expressão de amor

Não ensineis vossos filhos a pensarem que vosso amor a eles deva manifestar-se pela satisfação do seu orgulho, prodigalidade e amor à ostentação. Não há tempo agora para idear maneiras de

Pág. 377

gastar o dinheiro. Empregai as vossas faculdades inventivas para tratar de economizá-lo. — Testemunhos Selectos 3:73.

Economia e generosidade

A tendência natural da juventude neste século é negligenciar e desprezar a economia e confundi-la com mesquinhez e estreiteza. Mas a economia é consciente com os mais amplos e liberais pontos de vista e sentimentos; não pode haver verdadeira generosidade onde a economia não é praticada. Ninguém deve pensar ser indigno estudar economia e o melhor meio de cuidar dos fragmentos. — Testimonies for the Church 5:400.

Economia exagerada

Deus não é honrado quando o corpo é negligenciado ou maltratado, ficando assim incapaz para Seu serviço. Cuidar do corpo proporcionando-lhe comida saborosa e revigorante, é um dos principais deveres dos pais de família. É muito melhor usar roupas e mobília menos caras, do que restringir a provisão de alimento.

Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isto não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família.

Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. — A Ciência do Bom Viver, 322.

Nossa economia nunca deveria ser daquela espécie que leve a alimentar os alunos de modo deficiente. Eles devem ter abundância de alimento saudável. Ajuntem, porém, os encarregados da cozinha as sobras, para que nada se perca. — Testemunhos Selectos 2:468.

Pág. 378

Economia não significa mesquinhez, mas prudente dispêndio de recursos, porque há grande obra a ser feita. — Carta 151, 1899.

Prover conforto que alivie a carga da esposa

A família do irmão E vive de acordo com os princípios da mais estrita economia. ... O irmão E decidiu por questão de consciência não construir um depósito de lenha e uma cozinha convenientes para sua grande família, porque não se sentia livre em investir meios em conveniências pessoais, quando a causa de Deus necessitava de dinheiro para ir avante. Procurei mostrar-lhe que era necessário tanto para a saúde como para a moral dos filhos que ele tornasse o lar prazeroso e provesse meios de conforto que aliviassem os trabalhos de sua esposa. — Carta 9, 1888.

Dinheiro para uso pessoal da esposa

Deveis ajudar-vos mutuamente. Não consideres uma virtude amarrar bem amarrado o cordão da bolsa, recusando dar dinheiro a tua esposa. — Carta 65, 1904.

Deves conceder a tua esposa certa soma semanalmente e deixá-la empregar esse dinheiro como bem entender. Não lhe tens dado oportunidade de exercer o seu tato ou gosto, porque não tens uma idéia exata da posição que uma esposa deve ocupar. Tua esposa tem um espírito excelente e bem equilibrado. — Carta 47, 1904.

Dá a tua esposa uma parte do dinheiro que recebes. Permite que ela tenha esta parte como sua, e deixa-a usá-la como desejar. Devia ter-lhe sido permitido usar os recursos que ganhou como melhor parecesse ao seu juízo. Se ela tivesse tido certa soma para usar como lhe parecesse bem, sem ser criticada, grande peso teria sido tirado de sua mente. — Carta 157, 1903.

Pág. 379

Buscar conforto e saúde

O irmão P não tem feito uso prudente dos recursos. O sábio discernimento não o tem influenciado tanto quanto as vozes e desejos de seus filhos. Não dá o devido valor aos recursos que em mãos, nem os despende prudentemente com as coisas mais necessárias que precisa para conforto e saúde. A família inteira está necessitando melhorar neste aspecto. Muitas coisas são necessárias na família para comodidade e conforto. A falta de apreciar ordem e método na organização dos assuntos familiares leva à destruição e contribui para a improdutividade. — Testimonies for the Church 2:699.

Não podemos tornar o coração mais puro e mais santo por vestir de saco o corpo ou desprover o lar de tudo que satisfaz ao conforto, gosto e conveniência. — The Review and Herald, 16 de Maio de 1882.

Deus não requer que Seu povo se prive do que é realmente necessário a sua saúde e conforto, mas não aprova a dissipação, extravagância e exibicionismo. — The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893.

Aprender a quando economizar e quando gastar

Deves procurar saber quando poupar e quando gastar. Não podemos ser seguidores de Cristo a menos que neguemos o eu e exaltemos a cruz. Devemos pagar honesta e pontualmente; pega os pontos caídos; conserta o fio corrido e sabe exatamente o que pode ser chamado propriamente teu. Deves cortar todos pequenos valores gastos para a satisfação própria. Deves anotar o que é usado simplesmente para satisfazer o gosto e cultivar um apetite pervertido, epicurista. O dinheiro gasto em guloseimas inúteis pode ser usado para acrescentar confortos e utilidades substanciais a teu lar. Não deves ser avarento, mas honesto contigo mesmo e com teus irmãos. A avareza é um abuso das beneficências de Deus. O esbanjamento

Pág. 380

é também um abuso. Os pequenos desperdícios que julgas indignos de considerar entram no cômputo final. — Carta 11, 1888.

O coração rendido será guiado

Não é necessário especificar aqui como a economia pode ser praticada em cada particular. Aqueles cujo coração estiver inteiramente rendido a Deus, e que tomem Sua Palavra como guia, saberão como conduzir-se em todos os deveres da vida. Aprenderão de Jesus, que é manso e humilde de coração; e em cultivando a mansidão de Cristo, fecharão a porta contra inumeráveis tentações. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 63.

Disponível também pela CPB