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O Lar Adventista
Livros 26
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Princípios orientadores na escolha de local

Ao escolhermos uma residência, Deus quer que consideremos antes de tudo as influências morais e religiosas que nos rodearão, a nós e a nossas famílias. — Patriarcas e Profetas, 169.

Devemos escolher a convivência mais favorável ao nosso progresso espiritual, aproveitando-nos de todo auxílio ao nosso alcance; pois Satanás porá muitos obstáculos, a fim de tornar nossa marcha em direção ao Céu o mais espinhosa possível. Talvez sejamos colocados em posições difíceis, pois muitos não podem ter um ambiente tal como desejariam; não deveríamos, porém, nos expor voluntariamente a influências desfavoráveis ao desenvolvimento do caráter cristão. Quando o dever nos chama a assim fazer, cumpre-nos ser redobradamente vigilantes e dados à oração, de maneira que, mediante a graça de Cristo, possamos permanecer acima da corrupção. — Mensagens aos Jovens, 419.

O evangelho... ensina-nos a estimar as coisas em seu justo valor, e a dedicar o melhor de nosso esforço às de maior valia — as que hão de permanecer. Precisam desta lição aqueles sobre quem repousa a responsabilidade de escolher o lar. Não devem deixar-se afastar do alvo mais elevado. ...

Ao procurar-se a localização para um lar, permita-se que este propósito dirija a escolha. Não sejais dominados pelo desejo da riqueza, pelos ditames da moda ou os costumes da sociedade. Considerai o que melhor contribuirá para a simplicidade, pureza, saúde e valor real. ...

Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e

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desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaça das cidades, e aspirai o ar celeste e revigorador. — A Ciência do Bom Viver, 363, 366, 367.

O primeiro lar

O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares, ao saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela mão do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu orgulho, deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se com as obras de suas mãos; mas Deus colocou Adão em um jardim. Esta era a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores e tapete de relva viva, era o seu pavimento; e os ramos folhudos das formosas árvores eram o seu teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos — obra do grande e magistral Artífice. No ambiente em que vivia o santo par havia uma lição para todos os tempos, a lição de que a verdadeira felicidade é encontrada, não na satisfação do orgulho e luxo, mas na comunhão com Deus mediante Suas obras criadas. Se os homens dessem menos atenção às coisas artificiais, e cultivassem maior simplicidade, estariam em muito melhores condições de corresponderem com o propósito de Deus em Sua criação. O orgulho e a ambição nunca se satisfazem; aqueles, porém, que são verdadeiramente sábios encontrarão um prazer real e enobrecedor nas fontes de alegria que Deus colocou ao alcance de todos. — Patriarcas e Profetas, 49, 50.

O lar que Deus escolheu para seu filho

Jesus veio a este mundo a fim de realizar a maior obra jamais efetuada entre os homens. Veio como embaixador de Deus, para nos mostrar a maneira de viver de modo a conseguir na vida os

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melhores resultados. Quais foram as condições escolhidas pelo Pai infinito para Seu Filho? Uma habitação isolada nas colinas da Galiléia; um lar mantido pelo trabalho honesto e respeitável; vida de simplicidade; luta diária com as dificuldades e provações; abnegação, economia e serviço paciente, feito com contentamento; a hora de estudo junto de Sua mãe, com o rolo aberto das Escrituras; a serenidade da alvorada ou do crepúsculo no verdor do vale; o sagrado ministério da natureza; o estudo da criação e da providência; a comunhão da alma com Deus: tais foram as condições e oportunidades dos primeiros anos da vida de Jesus. — A Ciência do Bom Viver, 365, 366.

Lares rurais na terra prometida

Na terra prometida, a disciplina começada no deserto continuou sob circunstâncias favoráveis à formação de bons hábitos. O povo não se aglomerava nas cidades, porém cada família possuía sua própria terra, garantindo a todos as saudáveis bênçãos da vida natural, não pervertida. — A Ciência do Bom Viver, 280.

Influência do lar no caráter de João

João Batista, o precursor de Cristo, recebeu dos pais sua primeira educação. A maior parte de sua vida ele a passou no deserto. ... Foi escolha de João preferir aos prazeres e luxo da vida da cidade a severa disciplina do deserto. Aqui o ambiente era favorável aos hábitos de simplicidade e abnegação. Não perturbado pelo clamor do mundo, podia estudar as lições da natureza, da revelação e da providência. ... Desde a meninice, sua missão estava diante de si, e ele aceitou o santo encargo. Para ele a solidão do deserto era uma grata oportunidade de escapar da sociedade em que a suspeita, a incredulidade e a impureza tinham praticamente dominado tudo. Ele desconfiava do seu poder de resistir à tentação e fugia ao constante contato do pecado, não viesse ele a perder o senso de sua excessiva malignidade. — Testimonies for the Church 8:221.

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Outros grandes homens criados em lares rurais

O mesmo acontece com a maioria dos melhores e mais nobres homens de todos os séculos. Lede a história de Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi e Eliseu. Estudai a vida dos homens de épocas posteriores, que mais honrosamente ocuparam posições de confiança e responsabilidade.

Quantos deles não foram criados num lar campestre! Pouco conheciam de luxo. Não gastaram o tempo da juventude em diversões. Muitos deles foram obrigados a lutar com a pobreza e privações. Aprenderam primeiramente a trabalhar, e sua vida ativa ao ar livre, deu-lhes elasticidade e vigor a todas as faculdades. Forçados a contar unicamente com os próprios recursos, aprenderam a combater as dificuldades, a vencer os obstáculos, e adquiriram ânimo e perseverança. Abrigados, por assim dizer, das más companhias, satisfaziam-se com os prazeres naturais, com uma camaradagem sã. Eram simples nos gostos e de hábitos moderados. Regiam-se por princípios, e cresciam puros, robustos e leais. Ao terem que dedicar-se a um meio de vida, levavam para esse trabalho vigor físico e mental, boa disposição de espírito, capacidade de conhecer e executar planos, e firmeza para resistir ao mal, o que os tornava no mundo uma força positiva para o bem. — A Ciência do Bom Viver, 366.

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