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O Lar Adventista
Livros 27
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Adaptados um ao outro

Não há em muitas famílias aquela polidez cristã, aquela verdadeira cortesia, deferência e respeito mútuo que deveriam preparar os membros para se casarem e constituírem por sua vez famílias felizes. Em lugar da paciência, bondade, terna cortesia, e da simpatia e amor cristãos, há palavras ásperas, idéias em conflito e um espírito crítico e ditatorial. — The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886.

Freqüentemente dá-se o caso que pessoas, antes do casamento, tenham pouca oportunidade de se familiarizarem com os hábitos e disposições uma da outra, e, quanto ao que se refere à vida diária, são virtualmente estranhas quando no altar unem os seus interesses. Muitos acham, demasiado tarde, que não se adaptam um ao outro, e a desgraça por toda a vida é o resultado de sua união. Freqüentes vezes a esposa e os filhos sofrem pela indolência e incapacidade, ou pelos hábitos viciosos do marido e pai. — Patriarcas e Profetas, 189.

O mundo está cheio de miséria e pecado em conseqüência de maus casamentos. Em muitos casos leva apenas alguns meses para o marido e a mulher reconhecerem que suas disposições não poderão nunca unir-se; e o resultado é que prevalece no lar a discórdia, quando ali só deveriam existir o amor e a harmonia celeste.

Por meio de dissensões sobre assuntos triviais, cultiva-se um espírito de amargura. Francos desacordos e brigas trazem inexprimível miséria para o lar, e separam os que deveriam achar-se unidos nos laços de amor. Assim, milhares se têm sacrificado, alma e corpo, por meio de casamentos imprudentes, tendo enveredado pelo caminho da perdição. — Mensagens aos Jovens, 453.

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Contínua divergência num lar dividido

A felicidade e a prosperidade da vida de casados dependem da união dos cônjuges. Como pode a mente carnal se harmonizar com o espírito semelhante ao de Cristo? Um semeia na carne, pensando e agindo em harmonia com os impulsos do próprio coração; o outro semeia no Espírito, busca reprimir o egoísmo, vencer as inclinações, e viver em obediência ao Mestre, a quem professa servir. Existe portanto, eterna diferença de gostos, inclinações e desígnios. A menos que o crente, mediante sua firme adesão aos princípios, conquiste o impenitente, há de, como é o mais comum, ficar desanimado, e vender seus princípios religiosos pela desvaliosa companhia de um ente que não tem ligação com o Céu. — Testemunhos Selectos 1:577.

Casamentos arruinados pela incompatibilidade

Muitos casamentos só podem produzir misérias; e no entanto o espírito dos jovens corre por esse trilho, porque Satanás os leva ali, fazendo-os crer que precisam casar para serem felizes, quando é certo que não possuem a habilidade para controlar-se ou sustentar a família. Os que não estão dispostos a adaptar-se ao temperamento um do outro, bem como a abandonar desagradáveis divergências e controvérsias, não devem dar o passo. Mas este é um dos tentadores enganos dos últimos dias, e por ele milhares são arruinados para esta vida e a futura. — Testimonies for the Church 5:122, 123.

Frutos do amor cego

Cada faculdade dos que ficam afetados por esta contagiosa enfermidade — o amor cego — é posta em sujeição a ele. Eles parecem ser desprovidos de bom senso, e sua conduta é desagradável a todos que a contemplam. ... No caso de muitos o clímax da enfermidade é alcançado num casamento imaturo, e quando termina a lua-de-mel e

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o enfeitiçante poder do primeiro amor passa, um ou ambos os parceiros despertam para a sua verdadeira situação. Compreendem então que estão mal ajustados, mas unidos por toda a vida. Ligados um ao outro pelos mais solenes votos, olham com o coração desalentado para a miserável vida que têm de levar. Toca-lhes então fazer o melhor de sua situação, mas muitos não o fazem. Provam-se falsos aos seus votos matrimoniais, ou tornam tão pesado o jugo que persistiram em pôr sobre o próprio pescoço, que muitos põem covardemente um fim à existência. — Testimonies for the Church 5:110, 111.

Deve daí por diante ser o estudo vitalício de ambos, marido e mulher, como evitar tudo que produza desavença, para conservar intactos os votos do casamento. — Testimonies for the Church 5:122.

Uma advertência

O Sr. A tem uma natureza tal que Satanás maneja com maravilhoso sucesso. Este caso é um dos que deviam ensinar ao jovem uma lição com respeito ao casamento. Sua esposa seguiu os sentimentos e os impulsos, e não a razão e juízo, na escolha do companheiro. Foi o seu casamento o resultado de verdadeiro amor? Não, não foi; foi o resultado do impulso — paixão cega e não santificada. Nenhum dos dois estava afinal preparado para as responsabilidades da vida de casados. Quando o enlevo da nova ordem de coisas passou, e um tomou maior conhecimento do outro, tornou-se mais forte o seu amor, mais profunda sua afeição e sua vida mais unida em beleza e harmonia? Exatamente o oposto. Os piores traços do seu caráter intensificaram com o exercício; e em vez de sua vida de casados ser de felicidade, tem sido de crescente perturbação. — Testimonies for the Church 5:121, 122.

Durante anos, tenho recebido cartas de diferentes pessoas que contraíram casamento infeliz, e as revoltantes histórias que me apresentaram são suficientes para oprimir o coração. Não é coisa

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