- Exaltai-O 6. Junho — Exaltai-o como o mestre por excelência
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Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Mateus 7:29.
Jesus parava em Cafarnaum entre Suas viagens de um lugar para outro, e ela chegou a ser conhecida por "Sua cidade". ...
Era uma grande via de comunicação. Gente de muitas terras passava pela cidade, ou ali parava para descansar em seu jornadear para lá e para cá. Aqui podia Jesus encontrar-Se com todas as nações e todas as classes, o rico e o grande, como o pobre e o humilde, e Suas lições seriam levadas a outros países e a muitos lares. Estimular-se-ia assim o exame das profecias, seria atraída a atenção para o Salvador, e Sua missão apresentada ao mundo.
Não obstante a ação do Sinédrio contra Jesus, o povo aguardava ansiosamente o desenvolvimento de Sua missão. Todo o Céu estava palpitante de interesse. Anjos Lhe preparavam caminho ao ministério, movendo o coração dos homens e atraindo-os ao Salvador.
O filho do nobre, a quem Jesus curara, era em Cafarnaum uma testemunha de Seu poder. E o oficial da corte e sua casa testificavam alegremente de sua fé. Ao saber-se que o próprio Mestre Se achava entre eles, toda a cidade se agitou. Multidões acorriam à Sua presença. No sábado o povo afluía à sinagoga de tal maneira que grande número tinha de voltar, por não conseguir entrada.
Todos quantos ouviam o Salvador "admiravam-se da Sua doutrina, porque a Sua palavra era com autoridade". Lucas 4:32.
Jesus nada tinha que ver com as várias dissensões existentes entre os judeus. Sua obra era apresentar a verdade. Suas palavras derramavam uma torrente de luz sobre os ensinos dos patriarcas e profetas, e as Escrituras chegavam aos homens como uma nova revelação. Nunca dantes haviam Seus ouvintes percebido tal profundeza de sentido na Palavra de Deus.
Jesus abordava o povo no mesmo terreno em que se encontrava, como alguém que lhes conhecia de perto as perplexidades. Tornava bela a verdade, apresentando-a da maneira mais positiva e simples. Sua linguagem era pura, refinada e clara como a água de uma fonte. A voz era como música aos ouvidos que haviam escutado o monótono tom dos rabis. Mas se bem que fosse simples o ensino, falava como alguém que tem autoridade. Essa característica punha Seu ensino em contraste com o de todos os outros. Os rabis falavam duvidosos e hesitantes, como se as Escrituras pudessem ser interpretadas significando uma coisa ou exatamente o contrário. Os ouvintes eram diariamente possuídos de uma incerteza cada vez maior. Mas Jesus ensinava as Escrituras com indubitável autoridade. Fosse qual fosse o assunto, era apresentado com poder, como se Suas Palavras não pudessem sofrer contestação. ... Em todos os temas, Deus era revelado. — O Desejado de Todas as Nações, 252-254.