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Os frutos do arrependimento, 7 de Julho

Capítulo: 188 189190

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Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Mateus 23:27.

Quando João estava pregando no deserto da Judéia, e os fariseus e saduceus foram ao seu batismo, esse intrépido pregador de justiça disse-lhes: "Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, fruto dignos de arrependimento." Mateus 3:7, 8. Indo ter com João, esses homens não foram impelidos por motivos corretos. Eram corruptos em princípios e prática; não compreendiam, porém, sua verdadeira condição. Cheios de orgulho e ambição, não hesitariam em lançar mão de qualquer meio que os habilitasse a exaltar o próprio eu e fortalecer sua influência entre o povo. E o batismo ministrado por esse jovem mestre popular poderia, pensavam eles, ajudá-los a cumprir esses desígnios de maneira mais bem-sucedida.

Seus motivos não eram desconhecidos a João, e ele enfrentou-os com a penetrante indagação: "Quem vos induziu a fugir da ira vindoura?" Mateus 3:7. Caso houvessem ouvido a voz de Deus falando a seu coração, teriam evidenciado esse fato produzindo frutos dignos do arrependimento. Não se via tal fruto. Tinham ouvido a advertência como se fosse meramente a voz do homem. Ficaram encantados com o poder e a ousadia com que João falava; mas o Espírito de Deus não conferiu convicção ao seu coração, e, como resultado inevitável, a palavra proferida não produziu fruto para a vida eterna.

Ninguém está mais distante do reino dos Céus do que os formalistas virtuosos aos seus próprios olhos, que talvez estejam cheios de orgulho por suas próprias consecuções, embora se achem inteiramente destituídos do Espírito de Cristo e sejam dominados pela inveja, pelo ciúme e pelo amor do louvor e da popularidade. Pertencem à classe que João chamou de raça de víboras, filhos do maligno. Servem à causa de Satanás de maneira mais eficaz do que o devasso mais vil; pois este último não disfarça seu verdadeiro caráter; ele manifesta o que realmente é.

Nada menos do que uma vida reformada — frutos dignos do arrependimento — satisfará às exigências de Deus. Sem esse fruto, nossa profissão de fé é destituída de valor. — The Signs of the Times, 7 de Julho de 1887.