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Conselhos sobre Mordomia
Livros 21
Autor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Os irmãos observadores do sábado que passam a responsabilidade de sua mordomia para as mãos das esposas, enquanto eles mesmos estão em condições de assumi-la, são insensatos, e ao transferi-la desagradam a Deus. A mordomia do marido não pode ser transferida para a esposa. No entanto se tenta às vezes tal coisa, com grande prejuízo para ambos.

Às vezes o marido crente tem transferido sua propriedade para a companheira descrente, esperando assim satisfazê-la, desarmar-lhe a oposição, e finalmente induzi-la a crer na verdade. Mas isso não é nem mais nem menos uma tentativa de comprar a paz, ou subornar a esposa para crer na verdade. Os meios que Deus emprestou para levar avante Sua causa transfere o marido para alguém que nenhuma simpatia tem para com a verdade; que contas tal mordomo prestará quando o grande Mestre exigir o que é Seu com os juros?

Pais crentes têm, freqüentemente, transferido sua propriedade para filhos descrentes, tirando assim toda a possibilidade de darem a Deus o que Lhe pertence. Ao assim fazerem, alijam-se da responsabilidade que Deus sobre eles colocou e põem nas fileiras do inimigo meios que Deus lhes confiou para Lhe serem devolvidos ao serem empregados em Sua causa quando deles o requerer.

Não é o plano de Deus que os pais que estão em condições de dirigir seus próprios negócios entreguem o controle de sua propriedade, ainda mesmo a filhos que sejam da mesma fé. Raramente possuem eles a dedicação

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à causa de Deus que deveriam ter, e não têm passado pela escola da adversidade e da aflição, de modo a terem a mais elevada consideração pelo tesouro eterno e menos estima aos tesouros terrenos. Os meios colocados nas mãos de tais pessoas tornam-se o maior dos males. É para eles uma tentação dedicar sua afeição ao que é terreno, confiar na propriedade, e achar que eles pouco mais necessitam além disso. Ao ficarem de posse dos meios que não adquiriram com seus próprios esforços, dificilmente os usam sabiamente.

O marido que transfere sua propriedade para a esposa, abre para ela uma larga porta de tentação, quer seja ela crente ou descrente. Se é crente, e de natureza mesquinha, inclinada ao egoísmo e a adquirir, a luta será muito maior para ela ao ter de manejar a mordomia do marido e a sua própria. Para se poder salvar, deve vencer todos esses maus traços que lhe são peculiares e imitar o caráter do seu divino Senhor, buscando a oportunidade de fazer bem aos outros e amando os outros como Cristo nos amou. Deve cultivar o precioso dom do amor que nosso Salvador possuía em tão grande escala. Sua vida era caracterizada por nobre e desinteressada benevolência. Toda a Sua vida não teve a mancha de um único ato egoísta.

Sejam quais forem os motivos do marido, pôs ele uma terrível pedra de tropeço no caminho da esposa, a lhe embaraçar a obra de vencer. E se a transferência for feita para os filhos, podem seguir-se os mesmos maus resultados. Deus lê seus motivos. Se ele for egoísta e tiver feito a transferência para encobrir sua cobiça e se escusar de fazer qualquer coisa para o avanço da causa, seguir-se-á certamente a maldição do Céu.

Deus lê os propósitos e intenções do coração, e prova os motivos dos filhos dos homens. Pode ser que Seu assinalado e visível desagrado não se manifeste como no caso de Ananias e Safira, contudo, no fim, o

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castigo não será de modo algum mais leve do que o que lhes foi infligido. Procurando enganar os homens, estavam mentindo a Deus. "A alma que pecar, essa morrerá." Ezeq. 18:4. ...

Os que se gabam de poderem transferir sua responsabilidade sobre a esposa ou os filhos, estão sendo enganados pelo inimigo. A transferência de propriedade não lhes diminuirá a responsabilidade. Eles são responsáveis pelos meios que os Céus puseram sob os seus cuidados, e de modo algum se podem eximir de sua responsabilidade, enquanto delas não se desobrigarem por haverem devolvido a Deus o que Ele lhes confiou. Testimonies, vol. 1, págs. 528-530.

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