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Filhas de Deus
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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dos sofrimentos do Filho. Com dor testemunhava as provações que Lhe sobrevinham na infância e juventude. Por justificar o que sabia ser direito em Seu procedimento, via-se ela própria em situações difíceis. Considerava as relações domésticas, e a terna solicitude da mãe em torno dos filhos, de vital importância na formação do caráter. Os filhos e filhas de José sabiam isto e, prevalecendo-se de sua ansiedade, procuravam corrigir as atitudes de Jesus segundo norma deles. — O Desejado de Todas as Nações, 90.

A vida de Cristo foi assinalada pelo respeito e o amor à Sua mãe. O Desejado de Todas as Nações, 90. Ela argumentava muitas vezes com Jesus, e insistia em que Se conformasse com os desejos de Seus irmãos. Os irmãos não podiam persuadi-Lo a mudar Seus hábitos de vida, no contemplar as obras de Deus, manifestar simpatia e ternura para com os pobres, os sofredores, os desafortunados, e ao buscar aliviar os sofrimentos dos homens ou mesmo dos mudos animais. Quando os sacerdotes e mestres procuravam Maria para persuadi-la a forçar Jesus a demonstrar lealdade às suas cerimônias e tradições, ela se sentia muito perturbada. Mas a paz e a confiança lhe vinham ao turbado coração quando seu Filho apresentava as cristalinas declarações das Escrituras em apoio ao Seu proceder. — The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1896.

Desde o dia em que ouvira o anúncio do anjo, no lar de Nazaré, entesourara Maria todo sinal de que Jesus era o Messias. Sua doce e abnegada existência assegurava-lhe que Ele não podia ser outro senão o Enviado de Deus. Todavia, também lhe sobrevinham dúvidas e decepções, e ela anelara o tempo em que Sua glória se houvesse de manifestar. A morte a separara de José, que com ela partilhara do mistério do nascimento de Jesus. Não havia agora ninguém mais a quem pudesse confiar suas esperanças e temores. Os dois meses anteriores tinham sido muito dolorosos. Fora separada de Jesus, em cuja simpatia encontrava conforto; ponderava as palavras de Simeão: “Uma espada traspassará também a tua própria alma” (Lucas 2:35); recordava os três dias de angústia quando julgava Jesus para sempre perdido para ela; e era com ansiedade de coração que Lhe aguardava o regresso. — O Desejado de Todas as Nações, 145.

A mãe, viúva, havia lamentado os sofrimentos que Jesus suportara em Sua solidão. Sua missão messiânica causava-lhe profunda tristeza, bem como alegria. Então, por estranho que lhe parecesse, ela O encontra na festa das bodas, o mesmo filho terno e serviçal, e, contudo, não o mesmo, pois Seu semblante mudara; ela vê os vestígios da feroz luta no deserto da tentação e a evidência da celestial missão em Suas expressões e na dignidade de Sua presença. Vê que Ele está acompanhado por um grupo de homens moços, que o tratam com reverência, chamando-o de Mestre. Esses companheiros contam a Maria as coisas maravilhosas que testemunharam, não só por ocasião do batismo, como em numerosas outras ocasiões, e concluem declarando: “Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno”. — The Spirit of Prophecy 2:100.

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