#rpsp #primeiroDeus “O teu primeiro estado, na verdade, terá sido pequeno, mas o seu último crescerá sobremaneira” (v.7). Acusado injustamente por Elifaz, Jó externou o seu sofrimento e expôs diante de Deus a sua queixa. Não bastasse todo o mal que o afligia, teve de suportar mais palavras de acusação. Além de reprovar a réplica de Jó, Bildade insinuou que a morte dos filhos de Jó foi consequência de seus próprios pecados e colocou em dúvida a sua pureza e retidão. O estado de Jó era visto como um castigo, já que a prosperidade e o sucesso eram intimamente relacionados a uma vida de integridade diante de Deus. No verso sete, contudo, mesmo sem saber, Bildade profetizou a sorte final de Jó. Podemos dizer que os amigos de Jó eram adeptos da teologia da prosperidade. Eles não podiam conceber a ideia de que o íntegro passasse por tanto sofrimento não fosse pela culpa de algum pecado. Foi por contemplar a prosperidade dos ímpios que o salmista Asafe quase endureceu o coração. O contraste entre as dificuldades de Israel e a tranquilidade dos pagãos despertou lhe a inveja que o destruiria, não fosse a misericórdia de Deus em lhe revelar o resultado final: “até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles” (Sl.73:17). Bildade foi insensato ao questionar a integridade de seu amigo enfermo. Na verdade, ele e seus amigos, e até o próprio Jó, desconheciam sobre a batalha espiritual que cerca cada ser humano. Uma vida próspera e tranquila pode se tornar em laço pior do que uma vida atribulada. Aquele que sonda os corações sabe exatamente o que dar e o que tirar da vida daqueles que O temem e O buscam. Portanto, os “nossos dias sobre a terra” (v.9) não podem ser medidos pelo que possuímos e sim pelo que somos. A essência de Jó foi ignorada pelos olhos que só enxergam a aparência, mas foi nAquele que vê o coração, que ele depôs as suas feridas. Sabem, amados, nós julgamos e somos julgados com muita facilidade. Nossas orações são repletas de formalismos enquanto nosso coração implode pela necessidade de ser revelado. O pecado trouxe sobre este mundo a maldição da injustiça, mas nós precisamos aprender a viver cada dia pela fé, confiantes na justiça divina, e andar na presença do Senhor com sinceridade. Não houve e nem haverá neste mundo injustiça maior do que aquela que pendurou o nosso Salvador numa cruz. A Sua vida de humilde serviço e amor abnegado era um contraste com a próspera condição dos líderes religiosos. E acusado pelos pecados que nunca cometeu, foi condenado, crucificado e morto. Mas Jesus não Se importava com a prosperidade passageira. Olhando para o futuro, não via a hora de alegrar Se com “o fruto do penoso trabalho de Sua alma” (Is.53:11). Assim como a tristeza de Jó tornou se em triunfo, uma gloriosa vitória final nos foi garantida na cruz. Que independente de nossa condição aqui nesta Terra e do que julgam a nosso respeito, olhemos “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb.12:2). Vigiemos e oremos! Bom dia, servos de Deus! Rosana Garcia Barros
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