#rpsp #PrimeiroDeus #reavivadospsp “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim” (v.22). O primeiro sentimento negativo experimentado pelo casal edênico, pelo menos aquele que ficou mais evidente após o pecado, foi o medo. Vestidos em roupas descartáveis e camufladas, Adão e sua mulher escutaram a voz de Deus, pela primeira vez, sob a ótica do mal. Até então, em cada entardecer, a chegada do Criador em Seu mundo recém criado era um momento de grande alegria e expectativa. O pecado, porém, despertou no homem a percepção da separação de Deus causada pela queda. Foi ali, entre as maravilhas do Éden, que nossos primeiros pais começaram a experimentar os resultados da desobediência e, no chamado da misericórdia, “Onde estás?” (Gn.3:9), a maravilhosa graça de um Deus que desceu para cobrir nossa nudez com vestes de justiça. Jeremias e todo o Judá sentiram na pele as consequências advindas da desobediência. O profeta tornou se um recado vivo para o povo e seu sofrimento aumentava à medida em que os juízos eram derramados. Mas foi ao trazer à memória o que lhe dava esperança que o profeta declarou: “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nEle” (v.24). As misericórdias de Deus “renovam se cada manhã” (v.23) independente de nós mesmos. Eu penso que não estamos distantes da realidade de Jeremias, das aflições que nos abatem o espírito, mas o Senhor “não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (v.33). Creio que há motivos de aperfeiçoamento de caráter envolvidos em cada provação e em cada momento de aflição. Nossas queixas não devem nos fazer apontar na direção alheia, mas ser direcionadas para uma transformação pessoal: “Queixe se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo los e voltemos para o Senhor” (v.39 40). Que dias difíceis estamos vivendo, amados! Mas é tempo de ficarmos nos queixando pelos cantos e questionando a Deus? Não! É tempo de lembrarmos do grande sacrifício feito pelo nosso Redentor, de tudo o que Ele suportou e da morte ignominiosa que enfrentou por mim e por você. É tempo de aguardarmos “a salvação do Senhor, e isso, em silêncio” (v.26). É tempo de usarmos a nossa voz e a nossa vida somente para indicar aos nossos semelhantes Aquele que é o caminho, a verdade e a vida (Jo.14:6). Enquanto estamos aqui, os nossos “olhos choram, não cessam, e não há descanso, até que o Senhor atenda e veja do Céu” (v.49 50). O Espírito Santo, porém, está maturando o Seu povo, e ainda que em meio aos açoites de um mundo em decadência, Ele nos diz: “Não temas” (v.57). Ao vermos todas as coisas se cumprindo como nos advertiu o nosso bom Salvador, como Jó em seu terrível sofrimento, saiam de nossos lábios e de nosso coração as palavras da bendita esperança: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim Se levantará sobre a Terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê Lo ei por mim mesmo, os meus olhos O verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim” (Jó 19:25 27). E, naquele grande Dia, não nos esconderemos, mas, revestidos das vestes da justiça de Cristo, contemplaremos a Sua linda face e viveremos com Ele para sempre. Aleluia! “Vem, Senhor Jesus!” (Ap.22:20). Vigiemos e oremos! Feliz semana, alvos das infinitas misericórdias de Deus! Rosana Garcia Barros