“E o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me tenho comprazido.” Lucas 3:22. COMO VIMOS NA SEMANA PASSADA, Lucas apresenta uma lista de grandes dignitários históricos com o objetivo, assim o cremos, de mostrar que o seu relato acerca de Jesus e de João Batista é tão real e tão histórico como foram os homens importantes que refere. Há, porém, uma outra razão essencial para mencionar estes homens, importantes pelo seu poder e pela sua influência. É contrastá los com o homem humilde do deserto, João Batista, o mensageiro escolhido por Deus, que devia “preparar o caminho” para o acontecimento mais significativo de toda a história humana até àquela data a vinda de Jesus, o Redentor do mundo. É muito interessante Deus não ter escolhido qualquer dos “grandes” homens do mundo para anunciarem o Messias, mas, em vez desses, um dos mais “humildes”. Os investigadores têm colocado todos esses personagens históricos num conjunto e têm nos apontado uma data próxima de 27 ou 28 d.C. como sendo a data do começo do ministério de João Batista e do de Jesus. Foi dentro do período histórico desses luminares do Império Romano que Jesus foi batizado e recebeu a graça divina, vinda do Céu, de ser anunciado como o “Filho amado” de Deus (Lucas 3:22). Lucas assinala e demonstra este facto logo no início, ainda antes de apresentar aos seus Leitores “em ordem a narração dos factos” que se incluíram na missão e no ministério de Jesus Cristo.