Dizem que a Bíblia é uma narrativa sobre duas cidades, Jerusalém e Babilônia. Enquanto Jerusalém representa a cidade de Deus e o povo da aliança em toda a Bíblia (Sl 102:21; Is 52:9; 65:19; Ap 3:12), Babilônia representa a opressão, violência, falsa religião e completa rebelião contra Deus. Pense, por exemplo, na torre de Babel (Gn 11:9). A palavra hebraica para “Babel” é a mesma para o reino de “Babilônia”. Em 1 Pedro 5:13, o apóstolo enviou saudações da igreja que se encontrava em “Babilônia”, geralmente entendida não como as ruínas do antigo reino localizado hoje no Iraque, mas como a própria cidade de Roma, que em breve se tornaria a opressora da igreja. “Babilônia” é um título interessante à luz da função de Roma apresentada no livro do Apocalipse. Não há dúvida de que o poder representado por Babilônia, conforme a descrição no livro do Apocalipse, é extremamente corrupto, estendendo essa influência corruptora por todo o mundo, em maior ou menor grau. A expressão “vinho da fúria da sua prostituição” (Ap 14:8) é claramente uma referência à falsa doutrina, ao falso ensino, às práticas corruptas e às consequências dessas coisas. Babilônia é uma força maligna que se espalhou a “todas as nações” (Ap 18:3). Portanto, todos devem tomar cuidado para que também não sejam corrompidos.