“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (v.25). Último capítulo do livro de Juízes, e seu último versículo resume bem essa fase de Israel: desorientada. O que atesta que todos os episódios horríveis que lemos neste livro foram consequências de suas más escolhas. E, mais uma vez, o povo tomou decisões sem consultar a Deus. Eles deram as costas ao Rei dos reis e Senhor dos senhores! Quando estudamos o Pentateuco, em cada um dos estatutos e leis, percebemos um cuidado especial de Deus a fim de que o povo fizesse diferença entre o santo e o profano, entre o limpo e o imundo, buscando assim a santificação. Através de uma vida de obediência, Israel revelaria ao mundo o caráter de Deus. Em Sua oração sacerdotal, declarou Jesus: “Santifica os na verdade, a Tua Palavra é a verdade” (Jo.17:17). A intercessão de Cristo por Seus filhos define bem o papel que os sacerdotes de Israel negligenciaram. Como líderes espirituais da nação, deveriam conduzi la à verdadeira adoração e santificação. Cristo, como o nosso Sumo Sacerdote, resumiu perfeitamente, em Sua oração em João 17, o que deveria ter sido promovido no antigo Israel, mas não o foi. Há uma sequência lógica, na oração de Cristo de que Seus seguidores O conheçam, escutem a Sua voz, sejam santificados por Sua Palavra e vivam a unidade cristã. Percebem? Existe uma senda bem ordenada para alcançar o objetivo da unidade: “a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em nós” (Jo.17:21). Todo aquele que se aproxima de Deus com o coração sincero e contrito torna se um promotor da unidade, um reparador de brechas. Mas todo o que conserva um coração endurecido, mais cedo ou mais tarde revela a sua natureza bruta e separatista. Israel estava fazendo guerra entre si. E devido à atitude estúpida de um levita, quase toda uma tribo foi dizimada. Nos juramentos dos filhos de Israel percebemos como levavam mais a sério o cumprimento de seus votos, de fazer juízo, do que de demonstrar misericórdia. Apesar de terem cometido um quase genocídio, ainda restaram alguns filhos de Benjamim. Então, Israel usou de sutilezas para conceder esposas para eles. Confuso, não? Mas tudo o que acontece sem a bênção de Deus é assim: uma confusão! E como explicar o verso 15? “Então, o povo teve compaixão de Benjamim, porquanto o Senhor tinha feito brecha nas tribos de Israel”. E agora? Foi Deus o causador da divisão das tribos? De forma alguma! Deus não causou, Deus permitiu. Porque a nossa vontade é o único lugar em que Deus não interfere, a menos que o permitamos. Israel provocou as próprias brechas, se envolvendo em guerras civis desnecessárias, causando o desequilíbrio da nação. Apesar de compreender 12 tribos, Israel era um só povo, que deveria estar sob o senhorio de um só Deus. Assim deveria ter sido o antigo Israel. Assim deve ser o Israel de Deus, conforme Cristo orou: “…a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade” (Jo.17:23). Israel representa o corpo de Cristo. Cada tribo tinha a sua função, cada tribo tinha a sua importância, cada tribo era essencial nos planos de Deus. Mas o povo resolveu agir da forma que lhe fosse mais conveniente, e não da forma que Deus havia orientado. Quantos não têm agido do mesmo modo; pensando estar fazendo o que é certo, quando, na verdade, estão fazendo uma tremenda confusão! Fazem o que têm vontade de fazer, e pronto. E o resultado de tamanha insensatez se resume nas palavras de pesar dos filhos de Israel: “Disseram: Ah, Senhor, Deus de Israel, por que sucedeu isto em Israel, que, hoje, lhe falte uma tribo?” (v.3). Deus quer o teu coração para que nele possa estabelecer o Seu trono. Lembrem se que Jesus não orou pelo mundo: “Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus” (Jo.17:9). E quem são estes? Jesus mesmo nos diz: “eram Teus, Tu mos confiaste, e eles têm guardado a Tua Palavra” (Jo.17:6). O fato de ter Deus amado o mundo de forma tão intensa a ponto de dar o Seu único Filho (Jo.3:16), não significa que todos herdarão a salvação. Pois todos são convidados às bodas do Cordeiro, contudo, somos convidados, e não intimados. Jesus bate à porta do coração, Ele não a força. A minha oração e o meu desejo é que todos possamos compreender que entregar o coração a Deus envolve dependência e renúncia. E, que como o apóstolo Paulo, possamos dizer do íntimo de nosso ser: “logo, não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl.2:20). Que Jesus reine soberano em nosso coração, e estaremos tão ligados uns aos outros como Ele e o Pai são um. Feliz sábado, nação feliz cujo Deus é o Senhor! Rosana Garcia Barros
Jz 21 Mentiras, artimanhas, assassinatos, raptos... Essa é a vida quando o Rei não está presente....
Infelizmente, o livro dos Juízes termina com uma declaração muito triste. Escuta só: “Naqueles...
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