“Tinha ele um filho cujo nome era Saul, moço e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo o povo” (v.2). “Havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis… homem de bens” (v.1). Ele tinha um filho chamado Saul, que a Bíblia relata como sendo tanto o mais belo quanto o maior em estatura de todo o Israel. Recebendo ordens de seu pai para ir em busca de umas jumentas extraviadas, Saul percorreu um longo caminho com um dos servos da casa de seu pai. Frustradas as suas expectativas e preocupado com o tempo ausente de casa, decidiu voltar. Mas o moço que com ele estava o persuadiu a procurar ali “um homem de Deus… muito estimado” (v.6), a fim de saber o caminho que deveriam seguir. Este homem era Samuel. Um dia antes, o Senhor já havia revelado a Samuel sobre a chegada de Saul e sobre o propósito de consagrá lo príncipe sobre Israel. Samuel levou Saul e o moço para comerem com ele, e acalmou o coração de Saul a respeito das jumentas, garantindo que já as haviam encontrado. E, mais do que isso, lhe proferiu estas palavras: “E para quem está reservado tudo o que é precioso em Israel? Não é para ti e para toda a casa de teu pai?” (v.20). Certamente, estas palavras e o fato do profeta ter lhe dado “lugar de honra entre os convidados” (v.22), deixou Saul bem confuso. No dia seguinte, Samuel disse a Saul que despedisse o seu servo e que esperasse, porque ele lhe revelaria “a palavra de Deus” (v.27). Israel pediu um rei e, apesar das consequências desastrosas que resultariam dessa decisão, não hesitaram em desafiar a autoridade do Senhor. E Deus daria ao povo exatamente o que pediu, à imagem e à semelhança dos reis das demais nações. Notem que Saul era filho de um homem rico, além de possuir uma beleza incomparável e um porte físico invejável. Percebem o quadro do governante perfeito? Se houvesse um concurso de beleza masculina em Israel, certamente Saul seria o “mister Israel”. Saul, portanto, era uma daquelas pessoas cuja presença intimidava. Onde chegava, se destacava. Eis o rei perfeito… aos olhos humanos! Porém, quando Samuel proferiu a Saul aquelas palavras de ânimo e de bênção, no verso 20, eis a resposta de Saul no verso seguinte: “Porventura, não sou benjamita, da menor das tribos de Israel? E a minha família, a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, pois, me falas com tais palavras?” (v.21). Percebemos aqui o que estava além da aparência. Saul revelou humildade. As palavras de Samuel lhe foram estranhas, apesar de toda a atenção que provocava. Por onde passava, os olhares se voltavam para a sua beleza estonteante e altura imponente. Mas, dentro do coração, revelou virtude maior do que a exterior. Como sua história teria sido diferente se não tivesse permitido que o orgulho o dominasse! Todos sofremos nem que seja um pouco dessa síndrome de Israel. Temos prazer na contemplação do belo. Julgamos pela aparência. Olhamos, avaliamos e assinamos a sentença, tirando conclusões com base em nossa visão limitada. O Senhor nos convida a olhar para Ele e para a Sua Palavra. Quando olhamos para o Céu antes de olhar para as pessoas, conseguimos contemplar em nosso próximo a imagem do Criador, o alvo do amor de Cristo, que deve ser alvo do nosso amor também. E, com a visão do Céu, andaremos como Jesus andou, viveremos como Jesus viveu, amaremos como Ele amou! Não se iluda pelo vislumbre das coisas deste mundo, mas permita que a terna mão de Cristo toque seus olhos e os mantenha a contemplar os Seus. Saul tinha beleza, altura e riqueza transitórios. Jesus tem uma eternidade de bênçãos a nos oferecer. Se abrires a porta do teu coração para Jesus, Ele abrirá os teus olhos e “a alegria do coração [será] banquete contínuo” (Pv.15:15). Vigiemos e oremos! Bom dia, reflexos de Cristo! Rosana Garcia Barros
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Muito bem, estamos de volta para mais um comentário de mais um trecho da Bíblia. Acompanhando o no...
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