#rpsp #primeiroDeus “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!” (v.2). As peregrinações que os judeus realizavam para ir ao templo em Jerusalém eram feitas com muitos cânticos espirituais. Movidos pela ansiedade por estar na Casa de Deus, as viagens, mesmo longas, eram alegres e, ao mesmo tempo, provocavam um profundo senso de reverência e autoexame da consciência. Ou, pelo menos, deveriam ser assim; jornadas que revelassem, de maneira inconfundível, qual era o destino final. Este Salmo compartilhado, atribuído aos filhos de Corá, apresenta a singular peregrinação de um verdadeiro adorador. De quem não ia a Jerusalém por causa do templo, mas por causa do Senhor do templo. A presença do “Deus vivo” (v.2) era o motivo de sua jornada. Ele admirava a função privilegiada dos cantores levitas, que louvavam a Deus no tabernáculo continuamente (v.4). Fortalecido em Deus e íntegro em fazer a Sua vontade (v.5), fazia do “vale árido” “um manancial” (v.6), do sofrimento uma oportunidade de crescimento. E sob a bênção da “primeira chuva” (v.6), chuva temporã, seguia “de força em força”, até aparecer “diante de Deus em Sião” (v.7). A exortação a seguir do apóstolo Pedro, aponta para a nossa responsabilidade e missão durante o tempo de nossa peregrinação na Terra: “Amados, exorto vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios” (1Pe.2:11 12). Para que isso aconteça e fique muito claro diante do mundo para que direção estamos caminhando, precisamos andar como os “que andam retamente” (v.11). Não com presunção, mas com confiança no Senhor (v.12), “escudo nosso” (v.9). O Senhor dos Exércitos está preparando um povo que prefere estar à porta de Sua casa do que “permanecer nas tendas da perversidade” (v.10). Ele está cobrindo um remanescente com as bênçãos diárias do Espírito Santo e conduzindo o “de força em força” (v.7) até que do alto receba a poderosa chuva serôdia. Filhos que não se vangloriam por conquistas pessoais, mas que “exultam pelo Deus vivo” (v.2), e “em cujo coração se encontram os caminhos aplanados” (v.5). Um povo que rejeitou os tesouros corruptíveis e adquiriu os tesouros do Céu: “ouro refinado pelo fogo, vestiduras brancas e colírio” (Ap.3:18). Como tem sido a nossa peregrinação nos últimos instantes deste mundo? Encare o Salmo de hoje como um chamado do Senhor à verdadeira adoração. Tão perto como estamos de chegar em Casa, de aparecer “diante de Deus em Sião” (v.7), que possamos permitir que o Espírito Santo continue guiando os nossos passos, então, “quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele” (Is.30:21). E o caminho é Jesus Cristo (Jo.14:6)! Vigiemos e oremos! Feliz semana, peregrinos a caminho de Sião! Rosana Garcia Barros