“Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam” (v.21). Acompanhado de Seus discípulos, Jesus andava “de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus” (v.1). Sua jornada também era acompanhada de “algumas mulheres” (v.2) que, movidas por profunda gratidão, “Lhe prestavam assistência com os seus bens” (v.3). Mas “de todas as cidades” (v.4) milhares de pessoas iam ter com Jesus a fim de ouvirem Sua sabedoria e de serem por Ele curadas. Quando falava por meio de parábolas, a ênfase era dada ao reino de Deus quanto à forma de perdê lo ou de alcançá lo. A todo discípulo Seu, Jesus lhe dá a “conhecer os mistérios do reino de Deus” (v.10) e o que era difícil de se compreender, Ele o revela. Pois “os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança” (v.15). É interessante notar que o verbo ouvir é constantemente usado por Jesus. Na explicação da parábola do semeador, percebam que todos ouviram a palavra, mas apenas os que a ouviram “de bom e reto coração” (v.15) foram os que deram frutos. Também na parábola da candeia, Jesus encerra dizendo: “Vede, pois, como ouvis” (v.18). Isto é, preste atenção na forma como você está ouvindo! No episódio que se segue, Jesus não rejeitou a Sua família terrestre, mas a ampliou: “Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam” (v.21). A primeira ação, portanto, será sempre ouvir. Entretanto, é a reação ao que se ouve que define a que família pertencemos. Jesus foi bem claro ao afirmar que pertence à Sua família não os que apenas ouvem, mas os que ouvem e praticam o “assim diz o Senhor”. E isto não significa salvação por obras, amados, e sim, os frutos provenientes de uma vida cheia do Espírito Santo. Se nossas obras tivessem algum tipo de participação na salvação, certamente Jesus teria escolhido os mestres da Lei como Seus discípulos e não um grupo tão instável. Mas Ele provou o Seu amor para com a raça caída pisando no solo enegrecido pelo pecado e escolhendo para ter perto de si homens e mulheres que, aos olhos humanos, seriam totalmente indignos de segui Lo. Pois Aquele que lê os corações vê na mais atribulada alma a oportunidade de transformá la no mais lindo testemunho. Por isso que a Sua ordem ao ex endemoniado foi: “Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti” (v.39). E por ter ouvido a palavra de Jesus “de bom e reto coração” (v.15) foi que, prontamente, a obedeceu, indo “ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito” (v.39). O que temos feito da Palavra de Deus, amados? Qual tem sido a nossa reação diante de tudo o que, até hoje, temos ouvido? Fazemos parte de uma geração tão absorvida pelos barulhos deste mundo que parar para ouvir a voz de Deus tornou se algo monótono e praticamente impossível. Mas Jesus nos convida a ouvir a Sua voz e da mesma forma que Ele falou e a filha de Jairo ouviu e obedeceu, Ele deseja realizar um milagre em nossa vida. E neste exato momento, Ele nos diz: “Levanta te!” (v.54). E todo aquele que ouve a Sua voz “de bom e reto coração” imediatamente se levanta e torna se um inquestionável testemunho do Seu poder. Pois todos os que são restaurados por Jesus, “não [podem] ocultar se” (v.47). Ainda que a tempestade nos açoite, confiemos nAquele cuja voz tem o poder de transformá la em “bonança” (v.24). Que seja a nossa oração: “Ensina me, Senhor, o Teu caminho, e andarei na Tua verdade” (Sl.86:11). Vigiemos e oremos! Feliz sábado, família de Deus! Rosana Garcia Barros