#rpsp? #primeiroDeus? #reavivadospsp? “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (v.9). Cada capítulo deste livro é uma continuação do anterior, culminando na mensagem mais importante de Hebreus: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb.13:8). Ao fazer menção ao descanso “no sétimo dia” (v.4), o autor volveu o olhar dos judeus para o sábado que o Senhor instituiu ao concluir a criação, e não no Sinai. Além de representar a imutabilidade da Lei de Deus, as tábuas de pedra também representavam a dureza de coração de um povo que havia esquecido do seu Deus. Houvessem eles crido em Deus e se mantido fiéis aos Seus mandamentos imutáveis, e não teria sido necessário esculpi los em pedras. O “descanso de Deus” (v.10) é a recompensa que Ele dá ao homem pelas obras que Ele mesmo realiza e a oportunidade de exercer a fé nAquele que nos mantém. Quando Adão e Eva cessavam suas tarefas no Éden à cada sábado, experimentavam com deleite observar, na companhia de seu Criador, uma flor a desabrochar, uma fruta amadurecer, um animalzinho a nascer, uma semente a brotar, e percebiam que tudo aquilo não acontecia pelo trabalho de suas mãos, mas unicamente pelas mãos do soberano Provedor. Suas mentes se voltavam para o Senhor, e uniam suas vozes as dos anjos em louvor ao Verbo que tudo criara e mantinha. Era o próprio Jesus que andava com eles no jardim e os instruía em perfeita sabedoria. Após a queda, afastados deste contato face a face com Cristo, o sábado tornou se um alívio aos fardos do trabalho fatigante de cada semana. Imagino o quanto o casal edênico lembrava de como aquele dia era observado no Éden e glorificavam a Deus por Sua misericórdia em mantê lo como um sinal de que um dia eles estariam no Éden restaurado adorando ao Senhor “de um sábado a outro” (Is.66:23). O convite de Jesus à humanidade tem uma íntima ligação com o sábado que Ele criou “por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc.2:27). Ele diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt.11:28 29). Percebam que logo após essas palavras, Jesus mostrou aos fariseus o verdadeiro significado do descanso sabático, como um dia de misericórdia e não de sacrifícios, e que Ele é o “Senhor do sábado” (Mt.12:8). O sábado vem até nós como uma bênção da criação que o pecado não pôde destruir. É Jesus nos chamando para irmos até Ele, recebendo alívio e conforto de nossas labutas semanais e dEle aprendendo neste dia de especial comunhão com Ele. Apenas dois adultos de todo o povo de Israel que saiu do Egito entraram em Canaã, porque confiaram na boa mão do Senhor e foram obedientes. Apenas um remanescente restará de todos os povos, e línguas, e nações da Terra, que irá perseverar até o fim em confiar no Senhor e entrará na Canaã celestial: “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap.14:12). Em todo o tempo Deus ensinou ao Seu povo que descansar nEle não se trata de uma obediência pesada, mas leve e motivada pelo amor. Infelizmente, Israel falhou em compreender que diante dele, a cada sábado, estava Aquele que caminhava no Éden com nossos primeiros pais. Hoje é o tempo da oportunidade que nos resta para aceitarmos este descanso. “Esforcemo nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência” (v.11). “Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer Se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (v.15). Jesus observou o sábado com Seus discípulos da mesma forma que O fazia com Adão e Eva, ao colher os frutos da terra e proporcionar lhes momentos de deleite físico, de renovação mental e de enriquecimento espiritual. Em nossas mãos está a Palavra de Deus, que “é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes […] e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (v.12). E em toda ela não encontramos um só versículo em que o Senhor revogue o que Ele mesmo instituiu desde a criação do mundo. Como também não há um versículo sequer que indique outro dia como substituto do santo sábado. Quando descansamos em Cristo, Aquele que, no sábado, descansou na tumba fria, e nEle depositamos toda a nossa confiança, O obedecemos “com alegria e não gemendo” (Hb.13:17). Portanto, “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (v.7). Assim como o sábado não é um dia de holocaustos, mas de misericórdia (Mt.12:7), “acheguemo nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (v.16). Vigiemos e oremos! Bom dia, aqueles que descansam em Jesus! Rosana Garcia Barros