A igreja são pessoas, mas não qualquer tipo de pessoas. A igreja é o povo de Deus, os que pertencem a Ele, que O reclamam como seu Pai e Salvador, que foram redimidos por Cristo e que Lhe obedecem. Essa imagem ressalta o conceito de que Deus tem um povo na Terra desde a introdução do plano da salvação, e que existe uma continuidade entre Israel, no Antigo Testamento, e a igreja, no Novo. Desde os dias de Adão, dos patriarcas que viveram antes e após o Dilúvio, e de Abraão, Deus fez uma aliança com Seu povo para que ele representasse Seu amor, misericórdia e justiça para o mundo. O povo de Deus é chamado de “geração eleita”, “sacerdócio real” e “nação santa”. Esses termos indicam que Seu povo foi separado para um propósito especial: “Anunciar as grandezas Daquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9, NVI). Isso também é um eco de uma descrição do caráter gracioso de Deus, representado em Êxodo 34:6, 7. “O Senhor comprou a igreja como Sua propriedade exclusiva a fim de que seus membros reflitam os preciosos atributos do caráter divino e proclamem a misericórdia a todas as pessoas” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 614). Podemos nos perguntar: Qual país hoje merece o rótulo de “nação santa” (outra imagem da igreja)? Nenhum! As nações e etnias são compostas por pessoas que não merecem o amor nem a graça de Deus. E, embora a Bíblia nos chame a ser um povo santo, ela também ensina que a escolha e o estabelecimento de Israel como povo foram fundamentados em Seu amor, não em nenhum mérito humano. A formação do povo de Deus foi um ato de amorosa criação e, apesar do pecado e da apostasia em escala nacional, Deus manteve Sua promessa a Abraão de que, por meio da semente dele, Cristo, Ele salvaria Seu povo. Assim como a eleição do povo de Deus foi um ato de Sua graça, a salvação também é. Esse tema relembra nossas raízes comuns no imerecido favor de Deus.