“…porque por três anos andaram no caminho de Davi e Salomão” (v.17). Israel foi dividido e as consequências dessa separação ainda causariam muito sofrimento ao povo de Deus. O fato do Senhor afirmar que Ele mesmo fez isso, não quer dizer que era de Sua vontade a divisão da nação eleita, mas que nossas más escolhas, aliadas à motivações egoístas, geram efeitos destrutivos. Apesar de saber que Adão e Eva pecariam, Deus prosseguiu com o Seu plano de criação porque, antes, já havia estabelecido o plano da salvação. O que nos diz que não era propósito de Deus que houvesse Israel do Norte e Israel do Sul, e sim que Ele permite que os nossos erros sigam seu curso a fim de nos dar provas incontestáveis de que obedecer à Palavra do Senhor é o melhor caminho a ser tomado, sempre. Jeroboão logo cuidou de esquecer se do Senhor e tratou de conduzir o povo para o mesmo abismo. Alguns de Israel, porém, resolveram continuar sendo fiéis a Deus, “os que de coração resolveram buscar o Senhor, Deus de Israel” (v.16), e, fizeram isso por três anos. Aceitar a Deus é fácil, amados. Difícil é permanecer nEle. Porque aceitar só requer um sim. Permanecer requer um sim a cada instante, a cada vitória e a cada dificuldade. Permanecer requer entrega diária e total dependência. Buscar ao Senhor de coração deve ser a nossa constante prioridade. De que adianta servir a Deus por três anos, ou dez, ou vinte, e terminar os dias sem Ele? O que nos deixa bem claro de que tudo o que fazemos, todas as nossas boas obras, nada disso nos torna merecedores da salvação. Não existe uma conta no Céu onde Deus vai registrando as nossas boas ações e se elas sobressaírem as más, então receberemos um ticket de entrada ao Paraíso. Ou permanecemos com Deus e confiamos em Sua graça, ou caímos no engano de que podemos fazer algo para nos salvar. Não podemos baixar a guarda das entradas da alma. Há um inimigo cruel e astuto, sempre ativo em sua obra de destruição. Olhemos para Jesus! Não desviemos os olhos, nem por um instante sequer, do Autor de nossa salvação. Mas se o mar de dificuldades nos fizer olhar em outra direção, como Pedro clamemos: “Salva me, Senhor!” (Mt.14:30). Somente através da comunhão diária e vida prática, poderemos receber do Alto o vigor espiritual para vivermos toda a nossa vida buscando ao Senhor de todo o nosso coração. Então, como Semaías, seremos chamados de homens e mulheres de Deus (v.2); e procederemos prudentemente (v.23) não apenas uma vez, mas permaneceremos crescendo pela graça de um Deus que não Se cansa de nos ensinar, como está escrito: “ensina ao justo, e ele crescerá em prudência” (Pv.9:9). Vigiemos e oremos! Bom dia, prudentes do Senhor! Rosana Garcia Barros