“Porém Gideão lhes disse: Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o Senhor vos dominará” (v.23). Após a vitória sobre os midianitas, Gideão ainda teve que aplacar a insatisfação dos efraimitas, que sentiram se excluídos da batalha. Mas ao colocar a sua linhagem como sendo menor do que “os rabiscos de Efraim” (v.2), Gideão conseguiu aplacar lhes a ira. Começava a surgir um tímido espírito de divisão entre as tribos de Israel que despontaria na futura divisão da nação. “Cansados mas ainda perseguindo” (v.4), Gideão e seu exército de trezentos homens precisavam de provisão de alimento, o que lhes foi negado duas vezes. Gideão “deu severa lição aos homens de Sucote” (v.16) e, ao descobrir que os reis dos midianitas que estavam em seu poder haviam matado seus irmãos, “dispôs se, pois, Gideão, e matou a Zeba e a Salmuna” (v.21). Vendo os filhos de Israel que Gideão liderava com valentia e acumulava conquistas, desejaram, através dele, dar início a uma sucessão de reis em Israel. Tal pedido demonstrava o total descaso e distanciamento do povo para com Deus, atribuindo a um homem a vitória do Senhor. Israel ainda não havia compreendido que o homem é apenas instrumento e que o efetuar vem de Deus. Almejaram uma monarquia terrena assim como viam nos povos cananeus. Mas a resposta de Gideão frustrou lhes os propósitos na direção de levantar quem quer que fosse para liderá los: “Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o Senhor vos dominará” (v.23). Gideão não aceitou tal pedido, contudo, sua atitude posterior revelou um coração ainda dividido. Mesmo que não houvesse a intenção de tornar aquela estola de ouro um objeto de adoração, ele não consultou ao Senhor. Agindo por conta própria, lançou sobre si mesmo, sua família e todo o povo uma armadilha que novamente faria de Israel uma nação prostituída. Obscurecidos os olhos da fé, e seu desejo pelo visível e palpável tornou se tão grande quanto o de seus inimigos. Hoje, líderes religiosos têm sido aclamados como senhores, e Deus, tratado como um curandeiro ou banqueiro que abre as portas do cofre sem reservas. As pessoas têm seguido líderes que prometem curas e uma vida financeira abundante. E em meio a uma geração doente física e financeiramente, quem não deseja saúde e prosperidade? É errado desejar tais coisas? De modo algum. Mas é errado ir em busca de Deus apenas movido por estas coisas. Estamos buscando ao Senhor ou as bênçãos que Ele pode nos oferecer? Israel pensou: ‘Vamos seguir este homem (Gideão) pois ele é bem sucedido em tudo o que faz!’ E multidões igualmente têm trocado o “Assim diz o Senhor” pelo “assim diz o pastor”, como bem pontua o teólogo Leandro Quadros. Temos a Palavra de Deus como a nossa regra de fé e prática, amados! Enquanto Gideão era guiado pelas palavras do Senhor, prosperou. Mas quando tomou decisões sem consultá Lo, teve de sofrer os prejuízos. Como diz a letra da canção: “No trono do viver só existe lugar pra um, lugar de quem governa todo o ser. No trono do viver só pode haver um senhor, se forem dois, um será amado e outro rejeitado” (Arautos do Rei). Que o Senhor reine soberano em seu coração! Bom dia, servos do Rei dos reis e Senhor dos senhores! Rosana Garcia Barros
As características de Gideão eram as seguintes. Em Juízes 6:15, você encontra a Humildade de Gid...
“Porém Gideão lhes disse: Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós...