“Abraão, pois, gerou a Isaque. Os filhos de Isaque: Esaú e Israel” (v.34). Considerada por muitos como uma leitura dispensável, a genealogia bíblica possui um teor significativamente importante. É certo que encontramos nomes bem diferentes e que por vezes tornam a lista de descendentes um verdadeiro desafio trava línguas. Mas naqueles nomes, especialmente na descendência de Adão, o significado de cada um revela que o homem pode até rabiscar na “agenda” de Deus, mas jamais poderá mudar o fato de que Deus nos ama “com amor eterno” (Jr.31:3) e que tem data marcada para nos levar de volta ao paraíso. De Adão a Edom (ou Esaú), do Éden à terra do inimigo, podemos perceber a linha decrescente do ser humano após a queda. Ao iniciar as crônicas dos reis de Israel com a genealogia original, o Senhor deixou mais uma evidência de que Seus propósitos não podem ser frustrados e que as interferências humanas ou malignas não são capazes de limitar o que Ele desde o princípio designou. Então, a genealogia continua, e confirma o relato de Enoque (Gn.5:24), o relato do dilúvio (Gn.7), o chamado de Abraão (Gn.12), o surgimento do povo de Israel (Gn.35), e assim por diante. Eu lhe convido a rever o comentário do capítulo 5 do livro de Gênesis, e maravilhar se de que Deus sonha com a nossa redenção desde o começo. No curso da história, muitos desses nomes decidiram por se desviar do plano original divino, deixando de cumprir o devido propósito para o qual foram chamados. O pecado de Cam, por exemplo, causou uma ruptura considerável na família de Noé, e este filho do fiel porta voz antediluviano, gerou os piores inimigos de Israel. Esaú, que é Edom, trocou a bênção do Senhor pela satisfação própria e também gerou inimigos do povo de Deus. Entendendo que a genealogia não se trata apenas de uma coleção de nomes diferentes, mas de uma forma a mais do Senhor declarar o Seu amor relacional por cada pessoa, cumpre a nós a escolha de corresponder a esse amor e nele viver, ou de rejeitá lo e ignorá lo. Pode até ser que o nosso nome carregue um significado depreciativo. Pode ser que ele revele o que há de pior em nós, como o foi com Jacó. Mas o mesmo Deus que mudou o nome de Jacó para Israel, é o Deus que deseja mudar a nossa história mortal em vida eterna. Portanto, não deixem de examinar os capítulos que se seguem. Eles não confirmam apenas a descendência de Israel, como também que nós somos filhos do Criador que, desde a fundação do mundo, já nos designou “um nome novo” (Ap.2:17). Vigiemos e oremos! Bom dia, filhos de Deus! Rosana Garcia Barros