- Profetas e Reis V. Na Terra dos Pagãos
O Vigia Invisível
Capítulo: 042 043044
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templo que estava em Jerusalém, para que bebessem por eles". O rei queria provar que nada era demasiado sagrado para que suas mãos tocassem. "Então trouxeram os vasos de ouro... e beberam por eles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas. Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, e de prata, de cobre, de ferro, de madeira, e de pedra." Dan. 5:2-4.
Mal imaginava Belsazar que havia uma Testemunha celestial de sua grosseira idolatria; que um divino Vigia, incógnito, olhava a cena de profanação, ouvia a sacrílega hilariedade, contemplava a idolatria. Mas logo o Hóspede não convidado fez sentir a Sua presença. Quando a orgia ia alta, uma pálida mão apareceu, e traçou na parede do palácio caracteres que luziam como fogo – palavras que, embora desconhecidas ao vasto auditório, eram um sinal de condenação ao rei, agora ferido em sua consciência, e seus hóspedes.
Cessou a ruidosa festa, enquanto homens e mulheres, possuídos de terror, observavam a mão traçando os misteriosos caracteres. Perante eles passaram-se, como numa visão panorâmica, as obras de suas vidas más; parecia-lhes estarem citados ante o tribunal do eterno Deus, cujo poder eles acabavam de desafiar. Onde apenas poucos momentos antes havia hilariedade e ditos blasfemos, viam-se agora faces pálidas e exclamações de terror. Quando Deus faz os homens temer, eles não podem ocultar a intensidade desse terror.
Belsazar era o mais aterrorizado de todos eles. Era ele que, sobre todos os demais, tinha sido responsável pela rebelião contra Deus, que nessa noite alcançara o seu apogeu no domínio babilônico. Na presença da