- Patriarcas e Profetas VII. O Reino Unido
A Rebelião de Absalão
Capítulo: 071 072073
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"Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. Mas Tu, Senhor, és um escudo para mim, A minha glória, e o que exalta a minha cabeça. Com a minha voz clamei ao Senhor, Ele ouviu-me desde o Seu santo monte. Eu me deitei e dormi; Acordei, porque o Senhor me sustentou. Não terei medo de dez milhares de pessoas Que se puseram contra mim ao meu redor. … A salvação vem do Senhor; Sobre o Teu povo seja a Tua bênção.
Davi e todo o seu grupo – guerreiros e estadistas, velhos e jovens, mulheres e crianças – nas trevas da noite atravessaram o rio profundo e correntoso. "Pela luz da manhã nem ainda faltava um só que não passasse o Jordão." II Sam. 17:22.
Davi e sua força recuaram a Maanaim, que tinha sido a sede real de Isbosete. Esta era uma cidade poderosamente fortificada, rodeada de uma região montanhosa, favorável à retirada em caso de guerra. O território era bem provido, e o povo era amigo da causa de Davi. Ali muitos partidários se uniram a ele, enquanto abastados chefes de tribos vizinhas traziam abundantes presentes de provisões, e outros suprimentos necessários.
O conselho de Husai conseguira seu objetivo, obtendo para Davi oportunidade para escapar; mas o príncipe, precipitado e impetuoso, não pôde por muito tempo ser restringido, e logo se pôs em perseguição de seu pai. "E Absalão passou o Jordão, ele e todo o homem de Israel com ele." II Sam. 17:24. Absalão constituiu comandante-geral de suas forças a Amasa, filho de Abigail, irmã de Davi. Seu exército era grande, mas indisciplinado, e mal preparado para competir com os soldados experimentados de seu pai.
Davi dividiu suas forças em três batalhões sob o comando de Joabe, Abisai, e Itai, o geteu. Tinha sido seu propósito conduzir ele mesmo seu exército ao campo; mas contra isto os oficiais do exército, os conselheiros e o povo veemente protestaram. "Não sairás", disseram, "porque, se formos obrigados a fugir, não porão o coração em nós; e, ainda que metade de nós morra, não