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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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Na pessoa de Saul Deus dera a Israel um rei segundo o coração deles, conforme Samuel dissera quando o reino se confirmou a Saul, em Gilgal: "Vedes aí o rei que elegestes, e que pedistes." I Sam. 12:13. Garboso em sua aparência pessoal, de nobre estatura e porte principesco, seu parecer estava de acordo com as concepções que tinham da dignidade real; e seu valor pessoal e sua habilidade para dirigir exércitos eram qualidades que consideravam mais bem calculadas para conseguirem o respeito e a honra de outras nações. Pouca solicitude experimentavam quanto a possuir o seu rei aquelas qualidades mais elevadas que unicamente poderiam habilitá-lo a governar com justiça e eqüidade. Não pediram alguém que tivesse a verdadeira nobreza de caráter, que possuísse o amor e o temor de Deus. Não procuraram o conselho de Deus quanto às qualidades que um governante deveria possuir, a fim de preservar o caráter distintivo e santo deles como Seu povo escolhido. Não estavam a procurar o caminho de Deus, mas o seu próprio caminho. Portanto Deus lhes deu um rei tal como desejavam – rei este cujo caráter era o reflexo do deles. Seus corações não estavam em submissão a Deus, e seu rei também não era dominado pela graça divina. Sob o governo deste rei, obteriam a experiência necessária para poderem ver seu erro, e voltarem à sua fidelidade para com Deus.

Contudo, tendo o Senhor posto sobre Saul a responsabilidade do reino, não o deixou entregue a si mesmo. Fez com que o Espírito Santo repousasse sobre Saul para revelar-lhe suas fraquezas, e sua necessidade de graça divina; e, se Saul tivesse depositado confiança em Deus, teria Deus estado com ele. Enquanto sua vontade foi dirigida pela vontade de Deus, enquanto se entregou à disciplina de Seu Espírito, Deus pôde coroar de êxito os seus esforços. Mas, quando Saul preferiu agir independentemente de Deus, o Senhor não mais pôde ser seu guia, e foi obrigado a pô-lo de parte. Então Ele chamou ao trono "um homem segundo o Seu coração" (I Sam. 13:14); não um que fosse irrepreensível em seu caráter, mas que, em vez de confiar em si, confiaria em Deus, e seria guiado por Seu Espírito; que, ao pecar, sujeitar-se-ia à reprovação e correção.

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