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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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rebelião de Saul, foi tomado de indignação pelo fato de que aquele que fora tão altamente favorecido por Deus, transgredisse o mandamento do Céu, e levasse Israel ao pecado. Samuel não foi enganado pelo subterfúgio do rei. Com um misto de dor e indignação, declarou: "Espera, e te declararei o que o Senhor me disse esta noite. … Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel? e o Senhor te ungiu rei sobre Israel." Repetiu a ordem do Senhor com relação a Amaleque, e perguntou os motivos da desobediência do rei.

Saul persistiu na justificação de si mesmo: "Antes dei ouvidos à voz do Senhor, e caminhei no caminho pelo qual o Senhor me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas destruí totalmente. Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao Senhor teu Deus em Gilgal."

Com severas e solenes palavras o profeta varreu o refúgio de mentiras, e pronunciou a irrevogável sentença: "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, Ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei."

Ao ouvir o rei esta terrível sentença, exclamou: "Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do Senhor e as tuas palavras; porque temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz." Aterrorizado pela acusação do profeta, Saul reconheceu a sua falta, que antes pertinazmente negara; mas ainda persistia em lançar a culpa ao povo, declarando que pecara por medo deles.

Não era a tristeza pelo pecado, mas o temor pelo castigo ao mesmo, o que influía no rei de Israel, ao rogar ele a Samuel: "Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado; e volta comigo, para que adore ao Senhor." I Sam. 15:16, 17, 20-25. Se Saul tivesse tido o verdadeiro arrependimento, teria feito confissão pública de seu pecado; era, porém, sua maior ansiedade manter a autoridade, e conservar a fidelidade do povo. Desejava a honra da presença de Samuel a fim de fortalecer sua própria influência junto à nação. "Não tornarei contigo", foi a resposta do profeta; "porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, já te rejeitou o Senhor, para que não sejas rei sobre

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