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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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Logo se ouviu o rumor da batalha no acampamento de Israel. As sentinelas do rei referiram que havia grande confusão entre os filisteus, e que seu número estava decrescendo. Não se sabia, entretanto, que qualquer parte do exército hebreu houvesse deixado o acampamento. Feita a busca, verificou-se que ninguém estava ausente a não ser Jônatas e seu pajem de armas. Mas, vendo que os filisteus estavam sendo repelidos, Saul levou seu exército a unir-se ao assalto. Os hebreus que tinham desertado para o inimigo voltaram agora contra eles; grande número também saiu de seus esconderijos; e, fugindo os filisteus, destroçados, o exército de Saul infligiu terrível estrago nos fugitivos.

Decidido a tirar para si as maiores vantagens, o rei temerariamente proibiu a seus soldados tomarem alimento durante o dia todo, impondo a ordem por meio de uma solene imprecação: "Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos." I Sam. 14:24. A vitória já havia sido ganha, sem o conhecimento ou a cooperação de Saul; mas ele esperava distinguir-se pela completa destruição do exército vencido. A ordem para abstinência de alimento foi motivada pela ambição egoísta, e mostrou ser o rei indiferente às necessidades de seu povo quando estas estavam em conflito com seus desejos de exaltação própria. Confirmando esta proibição com um juramento solene, Saul se mostrou não somente temerário como também profano. As próprias palavras da imprecação dão prova de que o zelo de Saul era por si mesmo, e não pela honra de Deus. Ele declarou seu objetivo não ser que o Senhor fosse vingado de Seus inimigos, mas "que me vingue de meus inimigos".

A proibição teve como resultado levar o povo a transgredir o mandado de Deus. Eles tinham estado empenhados em guerra o dia todo, e desfaleciam pela falta de alimento; e apenas se passaram as horas da restrição, caíram sobre o despojo, e devoraram a carne com sangue, violando desta maneira a lei que proibia comer sangue.

Durante o dia de batalha, Jônatas, que não tinha ouvido acerca da ordem do rei, ignorantemente transgrediu comendo um pouco de mel quando passava através de um bosque. Saul teve conhecimento disto à tarde. Havia declarado que a violação deste edito seria punida com a morte; e, embora Jônatas não tivesse sido culpado de pecado voluntário, embora Deus lhe tivesse miraculosamente preservado a vida, e houvesse operado por meio dele, o rei declarou que a sentença devia ser executada. Poupar

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