- Patriarcas e Profetas V. A Conquista de Canaã
Dízimos e Ofertas
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reservou para Si uma porção especificada do tempo do homem e de seus meios, e ninguém poderia impunemente apropriar-se de qualquer dessas coisas para seus próprios interesses.
O dízimo era dedicado exclusivamente ao uso dos levitas, a tribo que fora separada para o serviço do santuário. Mas este não era de nenhuma maneira o limite das contribuições para os fins religiosos. O tabernáculo, bem como mais tarde o templo, foi construído inteiramente pelas ofertas voluntárias; e, a fim de prover para os necessários reparos e outras despesas, Moisés determinou que todas as vezes que o povo fosse recenseado, cada um deveria contribuir com meio siclo para "o serviço do tabernáculo". No tempo de Neemias fazia-se anualmente uma contribuição para este fim. Êxo. 30:12-16; II Reis 12:4 e 5; II Crôn. 24:4-13; Nee. 10:32 e 33. De tempos em tempos eram trazidas a Deus ofertas pelo pecado e ofertas de gratidão. Estas eram apresentadas em grande número nas festas anuais. E fazia-se pelos pobres a mais liberal provisão.
Mesmo antes que o dízimo pudesse ser reservado, tinha havido já um reconhecimento dos direitos de Deus. Aquilo que em primeiro lugar amadurecia dentre todos os produtos da terra, era-Lhe consagrado. A primeira lã, quando as ovelhas eram tosquiadas; o primeiro trigo quando este era trilhado, o primeiro óleo e o primeiro vinho, eram separados para Deus. Assim também o eram os primogênitos de todos os animais; e pagava-se um resgate pelo filho primogênito. As primícias deviam ser apresentadas diante do Senhor no santuário, e eram então dedicadas ao uso dos sacerdotes.
Assim, lembrava-se constantemente ao povo que Deus era o verdadeiro proprietário de seus campos, rebanhos e gado; que Ele lhes enviava a luz do Sol e a chuva para a semeadura e a ceifa, e que tudo que possuíam era de Sua criação, e Ele os fizera mordomos de Seus bens.
Reunindo-se no tabernáculo os homens de Israel, carregados com as primícias do campo, dos pomares e dos vinhedos, fazia-se um reconhecimento público da bondade de Deus. Quando o sacerdote aceitava o donativo, o ofertante, falando como que na presença de Jeová, dizia: "Siro [Arameu] miserável foi meu pai" (Deut. 26:5); e descrevia a permanência no Egito, e a aflição de que Deus livrara Israel "com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres." E dizia: "E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. E eis que agora eu trouxe