- Patriarcas e Profetas IV. A Longa Jornada
A Morte de Moisés
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Satanás que foi sua obra de tentar Israel à murmuração e à rebelião o que esgotara a longânima paciência de seu dirigente, e em um momento de descuido o surpreendera no pecado pelo qual caíra sob o poder da morte. Mas Cristo remeteu tudo isto a Seu Pai, dizendo: "O Senhor te repreenda." Jud. 9. O Salvador não entrou em discussão com Seu adversário, mas naquele momento, ali mesmo, iniciou a obra de quebrar o poder desse adversário decaído, e de trazer o morto à vida. Ali estava uma prova que Satanás não podia contestar, relativa à supremacia do Filho de Deus. Tornou-se para sempre certa a ressurreição. Satanás foi despojado de sua presa; os justos mortos de novo viveriam.
Em conseqüência do pecado, Moisés viera sob o poder de Satanás. Em seus próprios méritos era o legítimo cativo da morte; mas foi ressurgido para a vida imortal, mantendo este título em nome do Redentor. Moisés saiu do túmulo glorificado, e ascendeu com seu Libertador à cidade de Deus.
Nunca, antes que fossem exemplificados no sacrifício de Cristo, foram a justiça e o amor de Deus mais notavelmente demonstrados do que em Seu trato com Moisés. Deus excluiu Moisés de Canaã, a fim de ensinar uma lição que jamais deveria ser esquecida – de que Ele exige estrita obediência, e de que os homens devem acautelar-se em não tomarem para si a glória que é devida a seu Criador. Ele não podia atender a oração de Moisés, de que lhe fosse dado partilhar da herança de Israel; mas não Se esqueceu de Seu servo, nem o abandonou. O Deus do Céu compreendia os sofrimentos que Moisés havia suportado; notara cada ato de serviço fiel durante aqueles longos anos de conflito e provações. No cume de Pisga, Deus chamou Moisés a uma herança infinitamente mais gloriosa do que a Canaã terrestre.
No monte da transfiguração Moisés estava presente com Elias, que fora trasladado. Foram enviados como portadores de luz e glória da parte do Pai a Seu Filho. E assim a oração de Moisés, proferida havia tantos séculos antes, finalmente se cumpriu. Estava ele na "boa montanha" (Deut. 3:25), dentro da herança de seu povo, dando testemunho dAquele em quem se centralizavam todas as promessas de Israel. Tal é a última cena revelada aos olhos mortais na história daquele homem tão altamente honrado pelo Céu.