- Patriarcas e Profetas II. Os Patriarcas e a Promessa
Abraão em Canaã
Capítulo: 011 012013
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Grande parte do exército foi trucidada; e os que escaparam fugiram para as montanhas em busca de segurança. Os vitoriosos saquearam as cidades da planície, e partiram com rico despojo e muitos cativos, entre os quais se encontrava Ló com sua família.
Abraão, habitando em paz nos carvalhais de Manre, soube por um dos fugitivos a história da batalha, e a calamidade que sobreviera ao sobrinho. Não alimentara qualquer lembrança desagradável da ingratidão de Ló. Despertou-se toda a sua afeição por ele, e decidiu que devia ser libertado. Procurando antes de tudo o conselho divino, Abraão preparou-se para a guerra. Do seu próprio acampamento convocou trezentos e dezoito servos adestrados, homens ensinados no temor de Deus, no serviço de seu senhor, e no uso das armas. Seus aliados, Manre, Escol e Aner, uniram-se a ele com os seus grupos, e juntos partiram em perseguição dos invasores. Os elamitas e seus aliados tinham-se acampado em Dã, na fronteira ao Norte de Canaã. Entusiasmados pela vitória, e não tendo receio de um assalto por parte de seus adversários vencidos, entregaram-se à orgia. O patriarca dividiu suas forças de modo a aproximar-se por diversas direções, e veio sobre o acampamento à noite. Seu ataque, tão vigoroso e inesperado, resultou em uma rápida vitória. O rei de Elão foi morto, e suas forças, tomadas de pânico foram postas em fuga. Ló e sua família, com todos os prisioneiros e seus bens, foram recuperados, e um rico despojo caiu nas mãos dos vitoriosos. A Abraão, abaixo de Deus, foi devido o triunfo. O adorador de Jeová não somente havia prestado um grande serviço ao país, mas mostrara-se ser um homem de valor. Viu-se que a justiça não é covardia, e que a religião de Abraão tornava-o corajoso ao manter o direito e defender os oprimidos. Seu heróico ato deu-lhe uma dilatada influência entre as tribos circunvizinhas. À sua volta, o rei de Sodoma saiu com seu séquito para honrar o vencedor. Rogou-lhe que tomasse os bens, pedindo tão-somente que os prisioneiros fossem restituídos. Pelos usos da guerra, o despojo pertencia aos vencedores; mas Abraão não empreendera esta expedição com o intuito de lucros, e recusou-se a tirar vantagem daquele que fora infeliz, estipulando apenas que seus aliados recebessem a parte a que tinham direito.
Poucos, sendo submetidos a tal prova, ter-se-iam mostrado tão nobres como Abraão. Poucos teriam resistido à tentação de adquirir