- Patriarcas e Profetas II. Os Patriarcas e a Promessa
Abraão em Canaã
Capítulo: 011 012013
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influência eloqüente em favor da verdadeira fé. Sua fidelidade para com Deus era inabalável, enquanto sua afabilidade e beneficência inspiravam confiança e amizade, e sua grandeza sem afetação impunha respeito e honra.
Não considerava sua religião como um tesouro precioso a ser guardado cuidadosamente, e unicamente desfrutado pelo seu possuidor. A verdadeira religião não pode assim ser tida; pois tal espírito é contrário aos princípios do evangelho. Enquanto Cristo habita no coração, é impossível esconder a luz de Sua presença, ou que aquela luz se enfraqueça. Ao contrário, tornar-se-á cada vez mais resplandecente, enquanto, dia após dia, os brilhantes raios do Sol da justiça dissipam as névoas do egoísmo e do pecado que envolvem a alma.
O povo de Deus são os Seus representantes na Terra, e é Seu desígnio que eles sejam luzes nas trevas morais deste mundo. Espalhados por todo o país, nas cidades, vilas e aldeias, são eles as testemunhas de Deus, os condutos pelos quais Ele comunicará a um mundo incrédulo o conhecimento de Sua vontade e as maravilhas de Sua graça. É Seu plano que todos os que são participantes da grande salvação, sejam para Ele missionários. A piedade dos cristãos constitui a norma pela qual os mundanos julgam o evangelho. Provações pacientemente suportadas, bênçãos recebidas com agradecimento, mansidão, bondade, misericórdia, e amor, manifestados habitualmente, são as luzes que resplandecem no caráter perante o mundo, revelando o contraste com as trevas que vêm do egoísmo do coração natural.
Rico na fé, nobre em generosidade, inabalável na obediência, e humilde na simplicidade de sua vida peregrina, Abraão era também sábio em diplomacia, e corajoso e hábil na guerra. Apesar de saber-se que ele era ensinador de uma nova religião, três régios irmãos, governadores das planícies dos amorreus, na qual ele habitava, manifestaram sua amizade, convidando-o a entrar em aliança com eles para maior segurança; pois o país estava cheio de violência e opressão. Uma ocasião logo se apresentou para ele aproveitar-se desta aliança.
Quedorlaomer, rei de Elão, tinha invadido Canaã catorze anos antes, e a tornara sua tributária. Vários dos príncipes revoltaram-se agora, e o rei elamita, com quatro aliados, de novo marchou contra o país para os reduzir à submissão. Cinco reis de Canaã uniram suas forças, e enfrentaram os invasores no vale de Sidim, mas tão-somente para serem completamente derrotados.