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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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O Dilúvio
Capítulo: 006 007008
Pág. 96

de Deus. Pretendiam que seus ídolos eram representações da divindade, e que por meio deles o povo poderia obter uma concepção mais clara do Ser divino. Esta classe estava entre as principais a rejeitarem a pregação de Noé. Esforçando-se eles para representarem a Deus por meio de objetos materiais, cegavam a mente à Sua majestade e poder; deixavam de compenetrar-se da santidade de Seu caráter, ou da natureza sagrada e imutável de Seus mandamentos. Generalizando-se o pecado, pareceu cada vez menos maligno, e declararam finalmente que a lei divina não mais estava em vigor; que era contrário ao caráter de Deus castigar a transgressão; e negaram que Seus juízos viessem a cair sobre a Terra. Houvessem os homens daquela geração obedecido à lei divina, e teriam reconhecido a voz de Deus na advertência de Seu servo; sua mente, porém, se havia tornado tão cega pela rejeição da luz, que realmente criam ser a mensagem de Noé uma ilusão.

Não eram as multidões, ou a maioria, os que se encontravam do lado direito. O mundo se achava arregimentado contra a justiça de Deus e Suas leis, e Noé era considerado um fanático. Satanás, quando tentou Eva a desobedecer a Deus, disse-lhe: "Certamente não morrereis". Gên. 3:4. Grandes homens, mundanos e honrados, e homens sábios, repetiam o mesmo. "As ameaças de Deus", diziam eles, "têm por fim intimidar, e nunca se cumprirão. Não necessitais de estar alarmados. Tal acontecimento como a destruição do mundo por Deus, que o fez, e o castigo dos seres que Ele criou, nunca sucederá. Estai em paz; não temais. Noé é um fanático extravagante." O mundo divertia-se com a loucura do velho iludido. Em vez de humilhar o coração perante Deus, continuaram na desobediência e impiedade, como se Deus não lhes houvera falado por meio de Seu servo.

Mas Noé permanecia semelhante a uma rocha em meio da tempestade. Rodeado pelo desdém e ridículo popular, distinguia-se por sua santa integridade e fidelidade inabalável. Um poder assistia a suas palavras; pois era a voz de Deus ao homem por meio de Seu servo. A ligação com Deus tornava-o forte, na força do poder infinito, enquanto durante cento e vinte anos sua voz solene soou aos ouvidos daquela geração, com referência a acontecimentos que, tanto quanto poderia julgar a sabedoria humana, eram impossíveis.

O mundo antediluviano raciocinava que durante séculos as leis da Natureza tinham estado fixas. As estações, periódicas, tinham vindo em sua ordem. Até ali nunca havia caído a chuva; a terra

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